SENTAR NO LUGAR DO MOTORISTA RESOLVE OS PROBLEMAS DOS ÔNIBUS?
O coordenador de trânsito da Semtran de Porto Velho, Everton Kempe (foto), certamente tem boas intenções. Quer mostrar serviço e deve ter carta branca dos seus chefes. Até por isso, deveria agir com todo o cuidado, tem que dar exemplo e seus atos tem que se basear no bom senso. Não pode agir como um brutamontes, não pode brigar, não pode exagerar e nem ser truculento. Porque tem a lei ao seu lado e para fazê-la cumprir não há necessidade de gritos ou atos teatrais. Tem que ter moderação. É um servidor ocupando um cargo de confiança, numa área difícil e se exige que tenha a estrutura pessoal e emocional para a função. Ele está trabalhando e querendo mostrar que é durão contra o sistema de transporte coletivo. Só que, numa ação esta semana, extrapolou. Bateu boca com motorista e cobradora de um coletivo, mandou passageiros descerem, tomou o coletivo para si e saiu dirigindo, como se pudesse e estivesse autorizado a fazer isso. Recolheu o ônibus alegando que ele circulava irregularmente. Mas o fez de forma exagerada. Uma autoridade não bate boca com trabalhadores, não os tira do local de trabalho no grito, não assume o comando de um coletivo e sai pelas ruas dirigindo, como se fosse dono do veículo e da verdade.
O caso acabou na polícia. Everton diz que agiu dentro das suas atribuições e que todos os ônibus da Capital estão rodando irregularmente, porque há oito anos não seriam vistoriados. Os empresários do setor negam completamente essa versão. Mas o episódio dantesco tem que servir de exemplo. Everton quer trabalhar e fazer as coisas certas? Então, que o faça. Chame quem de direito, quando for apreender um coletivo ou qualquer outro veículo que ele fiscaliza. Afora isso, estará extrapolando. E daí, não importa sua boa intenção, vai sempre estar sem razão.
CONDENADO - A condenação do senador Ivo Cassol teve comemorações dos seus adversários, que são muitos e poderosos, mas também tristeza e preocupação dos seus muitos admiradores e amigos. O caso de Rolim de Moura, em que Cassol foi acusado de fraudar licitações – o que lhe custou a condenação e perda dos direitos políticos – sempre foi contestado pelo então prefeito. Durante muitos anos, ele sempre se defendeu, dizendo que jamais violara qualquer critério justo de licitação. O Supremo, contudo, não deu atenção à sua defesa. Só deu à acusação. Daí, a condenação por unanimidade.
LUTA PELO MANDATO - Ainda cabem recursos, mas ficou muito difícil para Cassol. Suas chances de disputar o governo, praticamente se reduziram a zero. Ele ainda vai lutar durante longo tempo, usando todas as possibilidades legais, mas sua principal batalha neste momento será para não perder seu mandato no Senado. Não será fácil, porque a partir de agora o PT vai partir com tudo, porque quer a vaga para Fátima Cleide, que hoje está fora de qualquer possibilidade de chegar ao cargo pelo voto popular. Enfim, Cassol terá dias duros pela frente. Precisará de força e coragem, porque os obstáculos serão enormes.
COMPARAÇÃO IDIOTA - Nas rede sociais e principalmente no facebook, alguns idiotas, mal informados, postam fotos comparando a ditadura militar dos anos 60 e 70 (violenta contra os opositores) com a detenção de vândalos e canalhas que se infiltram nos movimentos sociais decentes. Quem tem a petulância de fazer esse tipo de comparação, se não é um desinformado e burro, claramente é mal intencionado. Não dá para comparar o sofrimento dos que combateram a ditadura com bandidos vândalos. Os primeiros sofreram por seus ideais. Os vândalos são apenas vagabundos, que não merecem respeito algum.
VOLTOU ÀS GRADES - Dos 70 mandados de prisão emitidos pela Justiça, durante a Operação Apocalipse, pelo menos dez ainda não foram cumpridos. Os suspeitos escafederam-se, tomaram Doril. Nesta semana, mais um fato inusitado ocorreu. A dançarina Ana Cristina, que tinha sido liberada por um habeas corpus, voltou à prisão. O Judiciário considerou que ela não cumpriu as exigências para continuar livre. Ana Cristina saiu do Estado. Estava proibida. E voltou para a cadeia.
SÓ 22 MÉDICOS - Por enquanto, o programa Mais Médicos, lançado pelo Governo Federal, teve resultados pífios, até pelo enorme e orquestrado boicote que os profissionais brasileiros fizeram a ele. Dos 18 mil inscritos inicialmente, pouco mais de mil confirmaram suas inscrições. Mesmo com um salário inicial de 10 mil reais garantidos pela União. Para Rondônia, apenas 22 médicos se inscreveram, 12 dos quais para Ji-Paraná. Muito pouco. O governo agora avisa que vai importar médicos.
RONDONIENSE PODEROSO - Não é para qualquer um. O senador rondoniense Valdir Raupp foi eleito para sexta vez consecutiva, como um dos 100 políticos mais influentes do país. Eleestá na lista de 2013 dos parlamentares mais influentes do Congresso Nacional , segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar(DIAP). A lista inclui 61 deputados federais e 39 senadores. Raupp é o presidente nacional do PMDB de fato, desde que Michel temer se afastou do cargo para assumir a vice-presidência da República.
PERGUNTINHA - Qual a surpresa desagradável que nos espera nos meios políticos para esta próxima semana que se aproxima?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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