terça-feira, 9 de julho de 2013

OPINIÃO DE PRIMEIRA

E OS DIREITOS HUMANOS DA JUÍZA BRUTALMENTE ASSASSINADA?
 
O abuso contra as pessoas de bem, mesmo baseado  nas leis, um dia ainda vai se virar contra juízes, que, ignorando a violência e o sangue que corre país afora, contra o brasileiro trabalhador e honesto, continuam dando sentenças em defesa dos direitos dos assassinos cruéis e irrecuperáveis. Os exemplos são imensos. Um deles, ocorrido esta semana, envolve indiretamente Rondônia e mostra muito bem as decisões direcionadas aos direitos humanos, mesmo de criminosos que pareçam mais animais, daquelas feras que não podem conviver em sociedade. Um juiz do Rio de Janeiro mandou transferir do presídio federal de Porto Velho, os facínoras, que, covardemente, organizaram e coordenaram o assassinato de uma juíza. O grupo de oficiais e policiais militares, que estava na mira da magistrada, se organizou para matar uma pobre mulher indefesa. E a trucidaram com tantos tiros, que ela ficou desfigurada, estraçalhada.
 
Agora, um magistrado, colega dela e ele também, vítima em potencial, mandou de volta para um presídio do Rio, os líderes do covarde e sangrento crime. Alegou, em sua decisão, que não estava sendo dado o amplo direito de defesa aos canalhas. Piorou ainda: disse que para os advogados de defesa virem a Porto Velho, é mais difícil do que voar para a Europa. Por enquanto, o povo está indo às ruas por causa dos políticos. Quando não suportar mais sentenças como essas, se mobilizará. Contra a violência que domina suas vidas. E com a complacência de decisões como as que mandou de volta, para onde eles podem se reorganizar e até mandar matar mais gente, esses covardes, bandidos irrecuperáveis. Tomara que Sua Excelência, que esqueceu da vítima, não entre na mira da quadrilha. Ele não teria chance nenhuma, a exemplo da sua colega Patrícia Acioly. Ela está morta. E não tem mais direitos.
 
 CADEIA E DROGAS
 A Operação Apocalipse continua. Até ontem, foram 52 prisões e apreendido dinheiro e cartões de mais de meio milhões de reais. O caso ainda vai longe e será dividido em duas partes. Numa delas, com o envolvimento de alguns políticos, que se beneficiaram do esquema para se eleger. O outro, é muito mais grave, é do  tráfico internacional de drogas. Nesse, tem também políticos envolvidos. Um dos nomes maios enrolados na Operação é o do vereador Jair Montes. E, ainda, aparecerão os que são inocentes. Nem todos os nominados serão condenados, é claro.
 
ANA NA MIRA
 Dessa vez, as chances da deputada Ana da Oito escapar da cassação do seu mandato são pequenas. Há um clima ruim para ela, mais uma vez denunciada. Agora, envolvida até o pescoço, segundo a polícia, com os quadrilheiros que ajudavam a eleger políticos para depois repartir o mandato com eles. Na Assembleia, não se ouviu, nos últimos dias, nos bastidores, uma só voz em defesa da parlamentar. Pelo contrário. A sensação é que, nesta nova e séria denúncia que ela responde, as chances de sobreviver com mandato são muito perto do zero.
 
MAIS DOIS
 Outro caso complicado é o do deputado Adriano Boiadeiro, de Nova Brasilândia, que recém assumiu seu mandato. Inclusive porque um dos chefes do grupo criminoso estava lotado em seu gabinete. Outro caso que ainda pode complicar é o de Cláudio Carvalho, embora alguns deputados ainda não tenham ideia exata do envolvimento dele no caso. Jean Oliveira teria menos chances de cassação e Hermínio Coelho praticamente nenhuma.
 
OITO SESSÕES
 Já na Câmara de Vereadores, a tendência inicial é de que os três presos - Marcelo Reis, Eduardo da Milla e Jair Montes - acabem sendo alvo de comissão processante para cassação de seus mandatos. Pelo Regimento Interno, o presidente Alan Queiroz tem que esperar oito sessões para convocar os suplentes. Como o trio deve ficar detido por um período que supere esse número de sessões, será substituído. Logo depois, pode começar o processo de cassação dos mandatos. Isso se as coisas ocorrem normalmente. Senão, pode ainda dar pizza...
 
DE ENLOUQUECER
 O que está acontecendo com essa gente? Na cavalgada da exposição de Ji-Paraná, no final de semana, que tinha tudo para ser um espetáculo, a violência tomou conta. Uma dezena de esfaqueados, pessoas atropeladas, uma jovem morta durante o trajeto, bebedeiras sem fim, crianças deixadas de lado por pais irresponsáveis. Uma tristeza e uma sucessão de maldades impressionante, gerida principalmente pelo exagero no consumo de álcool. Quase 200 PMs e Bombeiros foram insuficientes para controlar a turba furiosa. Inacreditável!
 
VENDETTA
 Um grupo pequeno de advogados - à frente o ex-presidente da OAB, Hélio Vieira - aproveitou a Operação Apocalipse para praticar ou uma vendetta, contra o presidente da Assembleia, Hermínio Coelho. Sem o aval da entidade, cujo presidente agora é o jovem Andrey Cavalcante, o pequeno grupo lavou a calçada do prédio da ALE. Vingando-se do que Hermínio fez na OAB, quando Hélio comandava a entidade e foi alvo de denúncias pesadas. Como foi uma ação isolada, pessoal, ela não teve repercussão. Nem perto da que teve quando Hermínio, de vassoura em punho, lavou a calçada da OAB, ano passado.
 
PERGUNTINHA
 Não é uma pena que o Congresso tenha decidido, finalmente, trabalhar duro justamente a poucos dias do início do recesso de julho? 
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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