Conheça as diferenças técnicas entre cada modelo da família, que começa na 400 e tem sua expressão máxima na 1000
Difícil encontrar alguém que não associe a palavra “ninja” à velocidade. É um nome tão forte que até quem não conhece muito sobre motos reconhece: é uma esportiva.
Esse ícone da Kawasaki surgiu em 1984 batizando o modelo GPZ 900R nos Estados Unidos, era a moto mais rápida da época. Depois vieram modelos cada vez mais rápidos, e as Ninja nunca pararam de avançar lançando novas tecnologias, alcançando novos patamares de potência e de velocidade.
Na família 2020 a Kawasaki tem modelos da Ninja que trazem essa esportividade para diferentes faixas de cilindrada. São motos de rua, mas que também podem divertir muito na estrada e nos circuitos no final de semana, se você quiser encarar um track day. São elas Ninja 400, Ninja ZX-6R, Ninja ZX-10R e Ninja ZX-10R SE.
Ninja 400
A 400 é a porta de entrada da família Ninja, uma esportiva compacta e leve que entrega a maior potência nessa categoria de motos de 300 a 400 centímetros cúbicos. Produz 48 cv a 10.000 rpm e 3,9 kgf.m a 8.000 rpm no corpinho compacto, que entrega bastante diversão dentro da cidade.
Embaixo da carenagem esportiva com faróis e lanterna de LED – apesar de ser o modelo de entrada – estão 2 cilindros com 4 válvulas, comando duplo e refrigeração líquida. E um câmbio de 6 marchas para extrair tudo desse motor que alcança mais de 12 mil rotações por minuto.
A Kawasaki também instalou na Ninja 400 uma embreagem assistida, que é mais leve no acionamento, e do tipo deslizante, como nas outras Ninja de alta cilindrada. Esse sistema foi criado nas competições para evitar que a roda traseira trave nas reduções de marcha mais rápidas, antes de uma curva, por exemplo. Assim o piloto fica no controle da trajetória o tempo inteiro.
O freio tem um disco ventilado de 310 mm de diâmetro com visual recortado, como nas irmãs maiores. As pinças são de 2 pistões com ABS nas duas rodas. No chassi tubular de aço as suspensões instaladas são um garfo de 41 mm de diâmetro com 120 mm de curso e amortecedor ajustável na pré-carga com 130 mm de curso.
Arremata o conjunto da Ninja 400 um painel completo com dados exibidos no display LCD e só o conta-giros analógico, toque que agrada qualquer fã de velocidade. Na tela são mostrados velocidade, marcha engatada, temperatura do líquido de arrefecimento, temperatura externa, relógio, hodômetros total e dois parciais, nível de gasolina, autonomia restante, indicador de pilotagem econômica, consumos médio e instantâneo.
Ninja ZX-6R 636
O próximo degrau na família de esportivas Ninja é a ZX-6R 636, única da categoria no país. É a opção ideal para quem quer levar adrenalina e track days mais a sério, evoluindo com segurança na pilotagem esportiva. E por um preço bem mais acessível do que uma mil, que custa pelo menos 60% mais.
O motor de 4 cilindros e 636cc alcança 136 cv a 13.500 rpm e 7,2 kgf.m a 11.000 rpm numa estrutura quase tão compacta quanto a da Ninja 400. Uma esportiva fácil de pilotar, que reúne todas as qualidades do conjunto refinado de uma superbike.
No chassi perimetral de alumínio são montadas suspensões com os três tipos de ajustes, para se chegar ao funcionamento ideal. O garfo invertido tem 41 mm de diâmetro e 120 mm de curso, já o amortecedor com reservatório piggy-back tem 151 mm de curso. Ambos podem ter compressão, retorno e pré-carga da mola regulados para o peso do piloto e o tipo de pista.
Na roda dianteira, pinças de freio de 4 pistões fixadas de forma radial, que permitem menos movimentação do conjunto em relação aos discos de 310 mm nas frenagens. Portanto, mais precisão. As pinças são produzidas no chamado monobloco, uma peça única, e não duas metades como nos componentes mais comuns. É mais um recurso na busca por eficiência máxima e cada fração de segundo na pista.
Nessa busca por performance as duas alavancas da ZX-6R são ajustáveis, na distância em relação às manoplas, para facilitar o acionamento de acordo com o tamanho das mãos do piloto e o gosto pessoal.
Além dos componentes, a eletrônica da 636 ajuda bastante na pilotagem. Ela permite escolher entre dois mapas de entrega de potência e três níveis de intensidade do controle de tração, para impedir que o excesso de potência destracione o pneu traseiro. Então, dependendo da condição do asfalto e do nível de experiência do piloto, ela se adapta a uma maneira rápida e segura de acelerar.
Com o sistema quickshifter no câmbio as elevações de marcha podem ser feitas sem uso da embreagem, fica mais rápido e a perda de rotações do motor entre as marchas é minimizada.
Ninja ZX-10R
E para quem quer o máximo de tecnologia e potência numa esportiva de rua, a Kawasaki tem duas versões da ninja ZX-10R no Brasil. É o modelo campeão há cinco anos consecutivos no Campeonato Mundial de Superbike com o piloto Jonathan Rea.
Para a linha 2020 ela ganhou um novo comando de válvulas que aprimorou a atuação em altas rotações e agora a permite atingir regimes ainda maiores. A mudança rendeu um ganho de 3 cv, agora esse motor atinge 213 cv a 13.500 rpm e 11,7 kgf.m a 11.200 rpm.
Na superbike os componentes também chegam ao topo: o garfo invertido tem diâmetro maior de 43 mm, que reduz a torção durante a atuação, e 120 mm de curso. Foi desenvolvido nas pistas na moto campeã mundial antes de estrear no modelo de produção, com um reservatório de expansão externo. A ZX-10R também vem com amortecedor de direção eletrônico Öhlins e o amortecedor traseiro com 114 mm de curso. Tudo multiajustável.
Outro exemplo do conjunto refinado está nos discos de freio, que precisam acompanhar o aumento de velocidade alcançada pela mil, com 330 mm. As pinças de 4 pistões são Brembo M50.
Como expressão máxima de tecnologia da família Ninja para as pistas, a ZX-10R traz uma eletrônica embarcada que permite ajustar e assistir o piloto em dezenas de configurações para cada circuito, tipo de asfalto e estilo de pilotagem. Ela consegue um funcionamento ainda mais eficiente com ajuda da central inercial do tipo IMU, que monitora todos os ângulos de inclinação durante a pilotagem. Esses dados permitem que os assistentes eletrônicos se ajustem idealmente a cada situação.
São três modos de entrega de potência, que variam de 100% a uma limitação de até 60%. Além de três níveis de controle de tração, três níveis de controle de largada – para uma partida com máxima eficiência reduzindo as empinadas – e o quickshifter bidirecional, atuando nas elevações e reduções de marcha sem uso da embreagem.
Ainda existe um degrau acima para escalar na família Ninja. A ZX-10R SE (Special Edition) vem com rodas de alumínio forjado, mais leves, fornecidas pela Marchesini. E as suspensões eletrônicas se adaptam às condições da pista em tempo real.
A família de esportivas da Kawasaki tem opções para diferentes perfis de motociclista vivenciarem a experiência de ter uma Ninja, seja num misto de uso urbano diário, com mais adrenalina e velocidade nos finais de semana, ou com foco totalmente dedicado à pilotagem esportiva em estradas e circuitos.
E para quem busca mais conforto para viajar, mas gosta da estética da família Ninja, os modelos sport-touring Ninja 650, Ninja 1000 e Ninja H2 SX SE são as alternativas. Já modelos sobrealimentados por supercharger Ninja H2 e H2R (uso exclusivo em pistas fechadas) são vendidos apenas sob encomenda em lotes limitados, oferecidos em momentos específicos de cada ano.
Fonte: Revista Duas Rodas
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