De um lado, há os que acharam o tema bastante pertinente. De outro, os que consideraram uma forçação de barra. O assunto da redação da prova do Enem do final de semana,“Caminhos para combater a intolerância religiosal”, contudo, trouxe à tona uma questão que, se não é debatida nas ruas e nem está na pauta das principais preocupações nacionais, tem sido explorada vez ou outra nas redes sociais. E é interessante. A questão da intolerância religiosa, até há bem pouco, se resumia a conflitos de opiniões de católicos (que já foram mais de 90 por cento, no país) e as chamadas religiões africanas, como umbanda, quimbanda e eventualmente, contra os espíritas. A partir da multiplicação impressionante dos evangélicos, começaram sim a haver, embora sempre em número pequeno, alguns poucos confrontos, baseados na crença religiosa. É só lembrar a reação nacional quando um pastor da Igreja Universal chutou uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Ou as ameaças de alguns poucos católicos, de que os novos evangélicos iriam para o inferno... A questão toda é que não há o fundamentalismo religioso no Brasil – e nem na América Latina – nem perto da proporção que o há em outras regiões do Planeta, onde alguns grupos muçulmanos, por exemplo, estão em guerra eterna contra os judeus e todas as demais religiões. Por que, então, levantar essa questão como se ela fosse importante, numa prova que envolveu mais de oito milhões de jovens?
Estão certos, mas só até certo ponto, os que acham exagerado levantar uma questão que, ao menos até agora, jamais fez parte dos grandes problemas nacionais. Os que pensam ao contrário parecem ter melhores argumentos. Por que não começar a discutir agora, bem antes que haja realmente algum tipo de um confronto religioso, como todos nós devemos conviver com a multiplicidade de crenças? O caminho é o respeito e o respeito se conquista com muito debate, muita educação. Alguém aí quer um lugar melhor do que uma prova do Enem para se debater uma questão complexa como essa?
AS ESCOLHAS DE HILDON
Viadutos ainda não funcionando como deveriam, alagações, risco de temporais violentos, falta de segurança, criminalidade cada vez maior, obras inacabadas, obras abandonadas, risco da transmissão de doenças pelo aedes egypti, demissão de dezenas de cargos comissionados na administração Nazif e a ausência da iluminação natalina: os assuntos são tantos e tão complexos, que pouca gente está antenada na formação do novo governo municipal. O prefeito eleito Hildon Chaves deve retornar à cidade no final de semana e, certamente, já virá com alguns nomes na manga. Prometeu divulgar seu secretariado no início de dezembro e não deu espaço às especulações, avisando que qualquer nome que seja anunciado antes, não tem o aval dele e nem dele saiu a informação. Em outros tempos, a composição de uma nova equipe de governo estariam entre os principais assuntos da Capital. Mas, nesse momento em que a situação está tão complicada, Hildon está podendo agir com tranquilidade. Que o faça escolhendo um timaço, porque é o que Porto Velho está precisando....
JOGO DE XADREZ
Mais uma do frasista Roberto Jeferson: “na questão que envolve uma possível prisão de Lula, o Judiciário está agindo como num jogo de xadrez. Primeiro pegou os peões. Depois a Rainha. Agora, vai começar a fechar o cerco ao Rei!” Jeferson afirmou, em entrevista recente, que a Justiça não poderia mandar prender um líder popular como Lula, sem antes mostrar claramente ao país o quanto ele foi responsável por tudo o que aconteceu na Petrobras e em outras estratégias de desvios do dinheiro público, no país. Disse o presidente nacional do PTB que, primeiro, a imagem de Lula será desconstruída, em função da série de delitos que, segundo Jeferson, ele cometeu. Depois disso, ele “certamente acabará como José Dirceu, José Genoino e Palocci!”.Será que o político que denunciou o Mensalão e começou toda essa batalha contra os criminosos no poder, estará certo?
REAÇÃO NAS RUAS
As reações estão cada vez mais duras. A população, que não suporta mais ser refém da bandidagem, anda reagindo em vários pontos do país, já que a polícia não resolve e as leis protegem os criminosos. O que está acontecendo é uma espécie de revolta, por enquanto ainda em poucas ocorrências, mas a cada dia piorando em violência contra os criminosos. Na semana passada, quatro delas foram fuzilados num confronto com a polícia em Buritis, aqui mesmo em Rondônia. Dois dias depois, um PM que trabalha como motorista do Uber, nas horas vagas, reagiu a um assalto e matou três criminosos, em São Paulo. Todos os dias, assaltantes e ladrões têm sido pegos por populares e só não são linchados porque a polícia, a quem os bandidos perseguem e matam, os salva da turba enfurecida. Na semana passada, em Porto Velho, um criminoso que esfaqueou um idoso num assalto só não foi morto porque a PM chegou a tempo. A reação nas ruas está começando...
E AGORA, GUAJARÁ?
Ainda é apenas mais um passo, porque depende de uma decisão do Pleno, mas se dependesse do voto do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do TSE, Guajará Mirim já poderia se preparar para escolher outro prefeito. Antônio Bento do Nascimento foi eleito em outubro, mas sua eleição ficou sub judice, já que contra ele havia condenação em segunda instância. Eleito com 9.723 votos, Nascimento ainda corre o risco de não ser empossado, caso o Pleno do Tribunal confirme a decisão monocrático do ministro Maia Filho. O processo ainda deve ser arrastar por mais algumas semanas e quem sabe meses. Caso não haja decisão definitiva, o Prefeito eleito pode tomar posse, mas perderá o cargo, caso seja condenado mais à frente. Há quem diga que antes de fevereiro do ano que vem, os eleitores de Guajará terão que ir às urnas novamente. Obviamente que os partidários do eleito não acreditam nessa hipótese.
ONDE ESTAVAM?
Quase 30 por cento dos inscritos para as provas do Enem em Rondônia não compareceram aos dois dias do exame. Eram mais de 100 mil aptos para participarem e um pouco mais de 70 mil compareceram. Isso que aqui no Estado nenhum local de prova obrigou a transferência para dezembro, como ocorreu para mais de 271 mil estudantes país afora, por causa de meia dúzia de estudantes malucos, incentivados por professores e vagabundos de partidos esquerdistas, que prejudicaram toda essa multidão. Sem que ninguém fosse preso, punido ou fosse responsabilizado por esse absurdo. Aliás, continua a pergunta que não quer calar: onde estiveram o Ministério Público Federal e as autoridades do Judiciário, que permitiram que uns gatos pingados causassem danos a milhares e milhares de jovens?
PERGUNTINHA
Quando começaremos a compreender que, enquanto a gastança do governo central, estados e municípios não forem reduzidas ao que for arrecadado, nosso país não terá jeito?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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