Os obstáculos serão imensos. Primeiro, localizar uma área e pagar por ela um preço justo. Depois, conseguir autorizações de órgãos ambientais. Mais ainda: buscar certidões para um plano de impacto de trânsito. Afora isso, superar todos os obstáculos que o Tribunal de Contas do Estado tem colocado, quando fiscaliza obras em Rondônia. Tem que contar também com o apoio irrestrito do governo do futuro prefeito Hildon Chaves. Se tudo isso der certo, no ano que vem começa a construção da nova rodoviária de Porto Velho. O local, é claro, está sendo mantido no mais absoluto sigilo, porque senão os preços de áreas disponíveis onde ela será construída e em seu entorno dispararão. Todo o mundo quer a nova rodoviária, mas ninguém quer abrir mão de nada. Pelo contrário. Querem é faturar em cima. Os interesses da coletividade que vão pros quintos dos infernos, no raciocínio dessa gente que não vive para a sociedade, mas apenas se aproveita dela. Enfim, o secretário da Fazenda do Estado, Vagner Garcia de Freitas, já recebeu ordem direta do governador Confúcio Moura para destinar, no orçamento do ano que vem, os recursos para construção da nova rodoviária da Capital. A obra, ficará sob a responsabilidade do DER e ainda não há mais detalhes sobre ela.
O 2017 que chega daqui a pouco, terá, contudo, menos investimentos em obras do que o Estado teve nesse ano. A queda de arrecadação é uma realidade e o governo tem conseguido, a duras penas, manter seus pagamentos em dia, com relação ao funcionalismo e aos fornecedores. O que está definido são recursos para o término de ao menos duas obras que se arrastam há muito tempo. A mais antiga delas, o Anel Rodoviário de Ji-Paraná, que está há duas décadas na fila de espera para ser concluído, fica pronto em 2017 e todos os recursos necessários já existem. O mesmo ocorre com o Espaço Alternativo em Porto Velho. Pontes e manutenção de estradas estão no orçamento, mas muito pouco mais que isso. O ano que vem, último do governo Confúcio Moura, continuará sendo de cintos apertados.
GARÇON E AS OBRAS
Por falar em obras, está sendo importante a ação do deputado federal Lindomar Garçon, hoje no PRB. Escolhido como presidente da Subcomissão da Câmara que analisa e tenta resolver os gargalos de obras paralisadas temporária ou definitivamente no país, ele tem buscando priorizar as de Rondônia e principalmente na Capital, Porto Velho. Garçon lembrou, por exemplo, o andamento das obras dos viadutos e o reinício da implantação do sistema de água potável como resultados também dessas ações da subcomissão que ele preside. O próximo passo, segundo o parlamentar, será acelerar o passo para que se consiga a liberação da sobras do Hospital de Urgência e Emergência, o Heuro, atoladas em problemas. Uma nova concorrência terá que ser feita, o que atrasou imensamente o projeto inicial. O sonho do governador Confúcio Moura era entregar a obra ainda em seu mandato. Não conseguirá.
RURAL SHOW EM MAIO
Em Ji-Paraná, sete meses antes do evento, já há um grande trabalho de preparação de mais uma edição da Rondônia Rural Show, a grande feira do agronegócio rondoniense. Mesmo com toda a crise nacional, a expectativa para a realização do evento, em maio do ano que vem, é de atrair dezenas de expositores e milhares de visitantes, com negócios que devem superar os 600 milhões de reais. Na última semana, houve nova reunião entre o prefeito Jesualdo Pires; o secretário da Agricultura, Evandro Padovani e José Paulo, outro representante da Seagri, além dos prefeitos de Urupá, Ministro Andreazza e a Prefeita de São Francisco do Guaporé. Entre os assuntos, a apresentação da nova e gigantesca área onde a feira será realizada em 2017. O evento, iniciado há poucos anos, se transformou no mais importante entre todos, de valorização do crescente agronegócio rondoniense, já tendo contornos de uma grande feira internacional.
PRESTÍGIO EM ALTA
A segunda visita do ministro dos Transportes a Porto Velho, em duas semanas, deixa claro o prestígio de membros da bancada federal, que o trouxeram para ver de perto as obras da ponte da Ponta do Abunã, ligando Rondônia ao Acre. Dois senadores – Valdir Raupp e Ivo Cassol – e o deputado federal Luiz Cláudio, amigo e companheiro de partido do ministro, estiveram na solenidade, dentre outras autoridades. O trio está entre as lideranças rondonienses com prestigio em alta junto ao governo federal. Quem também acompanhou o evento também foi o prefeito eleito Hildon Chaves, que pôde conversar novamente com Maurício Quintella. No encontro da divisa dos dois Estados, ficou ainda registrada a união das bancadas de Rondônia e Acre na batalha para que não faltem recursos para a importante obra. O ministro diz que a ponte não vai parar.
ATACANDO NAS RUAS
A moeda valiosa agora, para os pequenos criminosos, são os celulares. Eles atacam a qualquer hora, em qualquer lugar. Em plena luz do dia. Nos bairros e no centro. Armados, podem matar (porque sabe que matar nos os colocará na cadeia, caso não sejam presos em flagrante), atiram à queima roupa, se a vítima ameaçar alguma reação. Atacam principalmente mulheres, levando os celulares que depois vão parar nos presídios, para que lá de dentro seus comparsas organizem o crime aqui fora. Há dias em que esse tipo de ocorrência passa de uma dezena. Isso sem contar outras tantas que sequer são comunicadas, porque as vítimas sabem que nunca mais recuperarão seu bem. Muitos dos bandidos que roubam a mão armada são menores, inimputáveis, mesmo que cometam os mais brutais crimes. Presos – e o são raramente, mas são – horas depois já estão nas ruas de novo, gozando com a cara da polícia. E, é claro, cometendo os mesmos crimes. Lamentável.
O ROUBO COMO META
Essa gente não aprende mesmo. Embora assistam todos os dias a prisão de corruptos e ladrões do dinheiro público, eles continuam tentando roubar, roubar e roubar. Nessa semana, o escândalo chegou na pequena Alto Paraíso. Lá, funcionários da Prefeitura abasteciam seus carros particulares, de graça, colocando a despesa na conta do pobre pagador de impostos. Usavam placas de viaturas oficiais do município, para cobrir a roubalheira. Uma denúncia anônima levou a polícia e pegar alguns dos envolvidos em flagrante. Parece algo pequeno, mas não é. Torna-se um simbolismo, porque deixa claro que em qualquer lugar desse país, em qualquer comunidade, não importa seu tamanho, há gente canalha, tentando levar vantagem e roubar o que é de toda a sociedade. Cadeia neles!
PERGUNTINHA
De onde será que sairiam os 5 milhões de reais que um homem que se diz pobre e simples, como Antony Garotinho, teria oferecido para subornar um magistrado no Rio, caso não fosse para a cadeia?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário