Quando começou o esquema de destruição dos Correios, então uma das duas instituições mais respeitadas do país (só perdia para os Bombeiros), ninguém imaginaria que uma estrutura daquele porte pudesse explodir. Foi lá dentro que começou um esquema sistemático de corrupção que, em pouco mais de uma década, colocou o país numa crise histórica e destruiu, praticamente, uma estatal que era, então, um orgulho nacional. Hoje, dá pena de ver como as coisas (não) estão funcionando. Afora o esforço dos seus trabalhadores, ganhando sempre salários miseráveis, parece que nada pode ser feito para que a empresa não sucumba. No país inteiro, o Correio está cada vez pior. Em Porto Velho - e é só um exemplo, para dar cor local – mais de 50 mil correspondências estão paradas ou atrasadas, demostrando a trágica situação de uma empresa que, até há menos de duas décadas, dava aos brasileiros a certeza de ter uma das melhores e mais qualificadas instituições do setor em todo o mundo, pela eficiência e credibilidade. Os servidores dos Correios nunca sofreram tanto, nunca ganharam tão mal, nunca foram tão desvalorizados como agora. Têm apenas o respeito da população, que sabe, com certeza, de que a culpa pelo trágico fim que parece se desenhar para a estatal, não traz culpa alguma dos carteiros e seus colegas.
Tudo começou em 2005, quando um alto funcionário dos Correios apareceu num vídeo, divulgado amplamente, recebendo propina para facilitar que uma empresa ganhasse uma licitação. Foi dali que começou a sair para a rua, a podridão que culminaria, anos depois, com as condenações do Mensalão. Desde então, os Correios foram afundando, porque o lamaçal da corrupção, na verdade, nunca foi interrompido. Só agora, depois que a podridão da roubalheira dos petistas e seus aliados cessou, é que as coisas começam a ser mostradas com mais clareza. E sabe-se, cada dia mais, que os Correios estão na UTI. As chances de sair dela, depois de tanta sacanagem e safadeza, são muito pequenas. Lamentável!
CACOL, DE BICICLETA!
Só para se ter ideia: o Sedex, que antes era um dos sistemas mais rápidos de entrega no país, virou também uma bagunça. Como não há mais transporte por avião para vários Estados, as correspondências são enviadas por caminhões, nas esburacadas e perigosas rodovias. Apenas um exemplo: um Sedex, para Cacoal, ao custo de 24 reais (incluindo o custo da pequena caixa onde a encomenda é acondicionada), pode levar até três dias úteis. Ou seja, andaria 150 km por dia; 6,5 quilômetros por hora. Alguém que fosse de bicicleta a Cacoal, poderia fazer esse percurso em menos tempo. Mas está assim a situação dos Correios. Há encomendas do Sedex que levam oito, dez dias e, incrível, há outras que não chegam nunca. Uma triste realidade, quando se tinha no Sedex, até há pouco tempo, confiança total de que, não importava a região do país, no máximo em 48 horas sua mercadoria estaria entregue nas mãos do destinatário.
COMÉRCIO NA BATALHA
Joana Joanora, presidente da CDL, que tem a difícil missão de substituir seu amigo de longa data, Edson Gazoni, falecido recentemente, quer um comércio ativo nessa época natalina, mesmo sem apoio da Prefeitura da Capital. Ela está incentivando os lojistas a decorarem suas casas comerciais e iluminarem o melhor possível, já que nas ruas não haverá iluminação natalina. Além disso, a CDL vai promover três domingões. O primeiro será na zona sul, dia 4 de dezembro. O segundo na zona leste, dia 11 e o terceiro na avenida Sete de Setembro, no dia 18. Serão momentos de festa e preços baixos, para atrair o consumidor, como já ocorreu em anos anteriores. Os comerciantes de Porto Velho – perto de 170 deles já estão participando dos eventos promocionais – estão trabalhando duro para não só enfrentar a crise, mas também superá-la. Mesmo sem qualquer apoio do município, que é parceiro só como arrecadador dos impostos. Uma pena!
PRESTÍGIO DA OAB
O prestígio da OAB rondoniense e de seu presidente, Andrey Cavalcante, foi comprovado mais uma vez, nessa semana, com o anúncio de que a OAB nacional programou para Porto Velho, no ano que vem, o 15º Encontro Nacional da Jovem Advocacia. É um evento dos mais importantes do país, na área do Direito. Serve para debater as demandas e expectativas dos advogados em início de carreira, bem como orientá-los para o mercado de trabalho. Andrey Cavalcante, comemorou a notícia e agradeceu a decisão do Conselho Federal em prestigiar o advogado rondoniense. “É uma escolha muito positiva, uma grande conquista para os advogados de Rondônia, especialmente os mais jovens. Estamos muito felizes e honrados com essa deferência, e vamos trabalhar para realizar um memorável evento”.
PISCINA NAS COSTAS?
Agora é forçação de barra! Tentativa absurda de acusar o ex Presidente Lula, apenas. Ora, se houve uma reforma no Palácio do Planalto, no governo dele e, algum tempo depois, foi reformada a piscina, o que ele tem de benefício nisso? Ué, a piscina do Planalto era do Lula? Ele, quando saiu do governo, pegou a dita cuja, colocou nas costas e levou para casa? São essas besteiras, essas tentativas exageradas de forçar acusações esdrúxulas contra Lula, que ajudam seus apoiadores (já são poucos, mas existem!), a protestar quando se anuncia denúncias sérias contra ele. É uma palhaçada do tamanho daquela que a que se prestou um policial federal, ao denunciar ligação criminosa do ministro Dias Tófoli com um envolvido no escândalo da Petrobras, porque o número de telefone do ministro estava na agenda do acusado. Essas ações, que cheiram mal, têm que acabar, sob pena de colocar sob suspeita também as investigações sérias!
NADA DE COMEMORAR!
Que ninguém se engane! A decisão em primeira instância da Justiça Federal, que proibiu a cobrança de bandeiras tarifárias nas contas de energia em Porto Velho, pode ser derrubada a qualquer momento. Nunca se pode acreditar que uma medida que respeite os direitos do contribuinte, seja mantida em todas as instâncias do Judiciário. As leis são feitas para pegar os otários pegadores dos impostos mais caros do mundo, para que também paguem os serviços mais caros possíveis. Veja-se por exemplo, algo desse momento. O governo determinou a redução do preço dos combustíveis. A gasolina teria que ficar pelo menos cinco por cento mais barata. O que aconteceu, na vida real? Todos os preços aumentaram ao consumidor. Portanto, nada de soltar fogos. Lá na frente, todos vamos é pagar mais. Infelizmente, é assim que sustentamos esse país que é um saco sem fundo de gastança!
PERGUNTINHA
Você tem ideia de como o país pode recupera os 36 bilhões de reais que deixou de produzir nessa terça, quando ocorreu mais um feriado nacional no meio da semana?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires - Porto Velho/RO
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