sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Opinião de Primeira - É BOM SE PREPARAR, DR. HILDON! AGORA A COISA VAI PEGAR...

Prepare-se, dr. Hildon! Inicia-se uma nova caminhada em sua vida, que poderá consagrá-lo e elevá-lo à condição de uma grande liderança ou, no oposto, repetir a sina dos últimos que comandaram a Prefeitura de Porto Velho, num prédio que se transformou em esquife político para seus últimos Prefeitos ocupantes. Ao assumir, o senhor poderá conseguirá avaliar, agora sem a emoção e os sonhos de uma campanha recheada de promessas, que estará a frente de uma Capital de Estado, com mais de meio milhão de habitantes, que, ao contrário do que seria o comum, andou para trás, ao invés de ir para a frente. Quando andar como Prefeito – e não mais como candidato – pelos bairros da sua cidade; quando a ver as ruas esburacadas; quando sentir na pele a poeira do calor e o barro do inverno; quando ver que faltam remédios nos postos; quando souber que muitas mães temem ir à Maternidade, pelo mau atendimento de alguns poucos médicos; quando olhar para obras que nunca chegam ao fim; quando ver o esgoto a céu aberto e sentir o fedor, o senhor terá a realidade ante seus olhos. Acabou a campanha, que é um festival de promessas e boas intenções e começou a vida real, que é um chute, com toda a força, nas partes baixas. Mas as más notícias não param por aí. Tem outro fator que precisa ser considerado e que explica o porquê muitas coisas não acontecem nessa Porto Velho centenária. 
A verdade é que a torcida para que seu governo não dê certo é muito grande. Vem de forças que torcem pelo pior, para poderem se manter no entorno do poder. Não importa se um eventual fracasso piore a cidade e a vida das pessoas. Tais forças querem é se dar bem, não importa quem se dê mal, mesmo que seja o povo. Portanto, dr. Hildon, comece com o espírito de quem sabe o que e quem vai enfrentar. E tenha o povão sempre do seu lado. Porque se depender de forças políticas tradicionais, o seu futuro como Prefeito será tão funesto como o foram as últimas passagens dos seus últimos antecessores. 

OS SUPERPODEROSOS
Tem coisas que nós, leigos, não compreendemos mesmo! Os superpoderes dados aos conselheiros dos Tribunais de Contas, por exemplo, é uma dessas coisas inacreditáveis que existem nesse país, onde cada autoridade quer mandar mais que a outra e, pior, sob a proteção de leis, muitas delas esdrúxulas e frontalmente contrárias aos interesses da população. Há quem use tais superpoderes (não há kryptonita que acabe com eles) para suspender obras, interromper processos licitatórios e impor decisões em nome de uma pretensa defesa do erário público. Na maioria dos casos é necessária mesmo a intervenção do tribunal, deve-se destacar. Mas há  também decisões surpreendentes e incompreensíveis. O caso mais típico em Porto Velho foi a suspensão das obras da implantação do sistema de água, abortada pelo TCU  sob suspeita de superfaturamento e que, anos depois, ficou constatado que nada tinha acontecido de errado. Ou no Espaço Alternativo, atrasado por longo ano e meio, por decisão do TCE/RO. 

A DEZ MINUTOS...
Nessa quarta, ocorreu mais uma dessas medidas que, os pobres coitados que não têm acesso a todas as informações, ficamos sem saber o que realmente aconteceu. Depois de longo tempo do anúncio de uma concorrência para contratação de empresas para o transporte coletivo na Capital, amplamente divulgada e que seria realizada nesse 16 de novembro, faltando dez minutos para o início do certame, ele foi suspenso por decisão do conselheiro Wilber Coimbra, do TCE. A alegação foi uma série de irregularidades no edital. O estranho é que a  medida só foi anunciada alguns minutos antes do início da disputa, quando eventuais erros do edital, se realmente os houver, não tinham, é claro, como serem corrigidos. Caso a ordem do TCE fosse descumprida, não a Prefeitura, mas o secretário da Semtran teria que pagar uma multa de 100 mil reais por dia. Não é muito superpoder para uma só autoridade? Será então que os conselheiros dos tribunais de contas vieram do Planeta Krypton, para salvar todos nós, pobres humanos, da roubalheira e da desonestidade? É um caso a se pensar...

A VIDA SEM VALOR
A morte do menino Josué, de três anos, com uma doença raríssima e que precisava de tratamento fora do Estado, deixou a comunidade rondoniense de luto. Sua chance de viver empacou, também, na brutal burocracia, infernal e desumana, que domina o serviço público brasileiro. São tantos obstáculos, tantas exigências, tantos documentos que, ao final, a vida, mesmo de uma criança, se torna apenas um mero detalhe. Quando o responsável toma uma atitude para salvar alguém (como o fez o então secretário de saúde do Estado, Miguel Sena, que mandou comprar medicamentos sem cumprir todas as exigências legais, para não permitir que doentes ficassem sem eles), acaba sendo condenado pela Justiça, porque as leis estão acima da vida e da morte. Mas há outra verdade também: se o menino fosse filho de algum governante, de algum deputado, de algum juiz ou membro do Ministério Público, ele já teria sido transferido há muito tempo e estaria salvo. Mas, como era pobre, tornou-se, apenas, mais um número, na tremenda injustiça que esse país comete contra seu povo. 

MOSQUINI COMEMORA
O deputado federal Lúcio Mosquini, eleito pela região de Jaru, sua cidade, anda que é só sorrisos, nos últimos dias. O motivo? A realização de um projeto que ele prometeu ainda quando era diretor geral do DER e que nesse sábado, dia 19, se tornará realidade. Mosquini está comemorando a inauguração da ponte de concreto sobre o rio Jaru, que liga Theobroma ao distrito de Bom Jesus. Com uma extensão de 121 metros, ao custo de 2 milhões e 600 mil reais, com recursos federais e estaduais, a ponte que será entregue pelo governador Confúcio Moura e demais autoridades do Estado, representa uma grande conquista para milhares de pessoas que vivem nos dois importantes distritos de Jaru. E ainda atenderá os municípios de Theobroma, Vale do Anari, Jaru e até Machadinho D' Oeste.  Mosquini, que tem realizado um trabalho importante para seu Estado, mas principalmente para a região que o elegeu, era só alegria nessa semana, distribuindo convites nas redes sociais e por sua assessoria, para que a comunidade participe e prestigie a inauguração. 

SEM CADEIRA
O recém eleito vice-prefeito de Porto Velho, Edgar do Boi, teve uma derrota importante nessa semana, na Assembleia Legislativa. Presidente regional do PSDC, ele viu perdida a única cadeira de seu partido, no parlamento estadual. Depois de uma série de rusgas, que acabou num confronto político, o deputado Ezequiel Júnior, eleito pela sigla, conseguiu, na Justiça, autorização para deixar o partido, sem perder seu mandato. Ezequiel alegou que estava sem espaço no partido e que suas atividades estavam sendo prejudicadas. Culpou diretamente o presidente Edgar do Boi. O TRE acatou o pedido e o jovem parlamentar foi liberado para prosseguir seu mandato, sem o PSDC. Ele ainda não anunciou para que partido irá. O PSDC já perdera, no ano passado, outra liderança importante, a então deputada Glaucione Rodrigues, hoje eleita prefeita de Cacoal. 

PERGUNTINHA
Alguém aí ainda acredita que os donos de postos de combustível vão acabar com o cartel da gasolina e aplicar a diminuição no preço final do produto, conforme determinou o governo federal?

Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.


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