Chatô - Depois de 20 anos, aguardando a sua conclusão, entre problemas de financiamento e jurídicos, o filme Chatô, o rei do Brasil, baseado na obra escrita pelo biógrafo Fernando Moraes, sobre a vida do jornalista paraibano Assis Chateaubriand, finalmente vai ser lançado em breve.
Jagunço - Caso o roteiro mantenha-se fiel à obra, o filme deverá ser um sucesso. Embora tenha sido uma pessoa contraditória na vida pessoal e beirado ao excêntrico na política, Chatô é responsável pela criação dos Diários Associados, da primeira TV no país, do Museu de Arte Moderna em São Paulo, entre outros feitos. Foi senador, embaixador na Inglaterra e o mais arrojado empresário de comunicação, antes do império Globo. Um genuíno nordestino que se regozijava das origens para atazanar os desafetos: transformou o gibão de couro (um vestuário rústico usado pelo vaqueiro nordestino para se proteger dos arbustos) numa comenda nacional e obrigava autoridades a posar nas fotos com a marmota feita de couro grosso.
Expansionista - O império de comunicação que criou alcançou todo o território nacional. Em Rondônia, por exemplo, Chateaubriand associou o jornal Alto Madeira, dos irmãos Tourinho, ao grupo de comunicação dos Diários Associados. Há registros do jornalista Euro Tourinho fotografado ao lado do jornalista paraibano em visita ao então ex-território. Um filme que merece ser assistido. Razão pela qual a obra de Fernando Moraes virou best seller. Além de ser uma leitura prazerosa sobre alguns aspectos do Estado Novo de Vargas.
Tarifa - Enquanto as empresas de transportes coletivos da capital buscam na justiça os meios para permanecerem explorando (literalmente) o sistema, além de aumento nas tarifas, a população, destinatária dos serviços, continua sendo servida de um transporte ruim, obsoleto e caro. É papo furado a justificativa de desequilíbrio das tarifas imposto pela municipalidade enquanto a frota não é totalmente renovada.
Caduco - O importante nesta querela jurídica é o interesse público e um sistema de transportes urbanos digno de uma população ávida por respeito. Ao suspender a liminar o Tribunal de Justiça permeia a concorrência entre as empresas. Da forma como está não pode ficar. Essas empresas exploram os serviços de transportes urbanos na capital anos seguidos e nunca demonstraram sinais de melhora no atendimento aos passageiros. É um contrato caduco, ótimo para os empresários e péssimo para o usuário. Agora é hora de ficar de olho nas empresas interessadas em entrar na concorrência, verificar a idoneidade e a capacidade financeira e técnica, além das relações políticas...
Nitro - Os diálogos telefônicos supostamente com a voz da chefe de gabinete do prefeito de Cacoal complicam a situação jurídica e política do padre Franco nos fatos investigados pela operação “Detalhes”, inclusive envolvendo outras figuras carimbadas da política municipal. A coluna teve acesso a parte do diálogo narrando o verdadeiro detalhe na relação dos agentes políticos de Cacoal com uma empreiteira e constatou que o conteúdo é nitroglicerina pura.
Alô - Aparelhos e linhas telefônicas supostamente utilizados indevidamente em campanha eleitoral podem causar danos irremediáveis. É o que está sendo minuciosamente averiguado nas perícias em andamento na Justiça Eleitoral. Informações ainda não confirmadas oficialmente sinalizam nesta direção. Um alô que pode custar mandatos. A ver!
BNDES - Empresários que pegaram empréstimos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) para investir na criação de emprego e renda e desviaram os recursos para outras atividades estão na mira dos órgãos de fiscalização. Uma caixa preta que começa a ser desvendada com desdobramentos incalculáveis. Haja barulho.
Esgoto - Qual o problema que emperra o processo das obras de esgotamento sanitário em Porto Velho, mesmo com recursos disponíveis em conta? A quem interessam essas obras? Que ingerência política há por traz desta questão (caso haja)? São perguntas que necessitam de respostas de nossas autoridades políticas. Enquanto os procedimentos administrativos ficam travados, a população da capital continua sem saneamento básico e vivendo em locais contaminados, o que aumentam os problemas de saúde. Está na hora de desobstruir esse esgoto...
Modal - Embora nossas autoridades estaduais permaneçam inertes em relação a nossa hidrovia como modal importante para a economia estadual e municipal, o Amazonas construiu no município de Humaitá um moderno porto que está em operação e poderá esvaziar o nosso. O porto de Porto Velho é obsoleto e nossa hidrovia do Rio Madeira de péssima navegabilidade. Sem investimentos em curto prazo a nossa hidrovia começa a perder espaço para a da cidade amazônica, o que significará prejuízos à economia estadual. Porto Velho possui um porto literalmente velho. Com a nova ponte sobre o rio e a recuperação da rodovia 319, os grãos embarcados no porto da capital migrarão para o porto amazônico. Uma questão de tempo já que nossas autoridades não fazem nada para reverter a situação.
Piada - Já virou piada entre os especialistas em modais a incapacidade de nossas autoridades em resolver os problemas estruturais do complexo portuário da capital. Além de obras em terra, é necessário dragar e sinalizar o canal. Nos períodos de chuvas o porto fecha por excesso de água (alagação) e durante a seca por falta dela o que provoca encalhe das balsas.
Transoceânica - O acordo comercial firmado entre Brasil e China pode viabilizar a construção da ferrovia transoceânica que parte do porto do Açu (RJ) com destino ao Peru. A mega ferrovia está projetada para cortar Rondônia (de Vilhena a Porto Velho). Além do Brasil, os asiáticos têm interesse econômico na via férrea que transportará produtos com frentes mais baratos. A princípio está orçada na bagatela de dez bilhões de reais. Isto sem os famosos aditivos. A notícia é um bálsamo num estado em que o agronegócio cresce independentemente de governos incompetentes.
Fonte: Jornalista Robson Oliveira
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