sábado, 2 de novembro de 2013

DIA DE FINADOS - Perda de Entes Queridos

PERDA DE ENTES QUERIDOS
A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos.  A Maçonaria instrui os seus adeptos para que enfrentem a morte como fato normal.
A criatura que não tenha uma visão espiritualista da vida,  compreensivelmente entra em desespero quando a morte lhe visita a família, roubando a presença de um ente querido. Admitindo ser a morte o fim de tudo, revolta-se contra a separação que considera permanente, definitiva, irrecuperável! Constitui-se, sem dúvida, tal quadro, uma dor muito intensa, tanto maior quanto forem os laços de amor que uniam aqueles corações...
Todavia a Maçonaria traz-nos um abençoado consolo nestas horas em que ninguém está livre de enfrentar. A morte não representa o término de tudo. Separa-se o Espírito do corpo e é até compreensível que, em nome da saudade, sejam vertidas lágrimas, sobretudo quando se rememoram os momentos felizes, os dias venturosos que foram vividos junto àqueles entes amados!
No entanto, a vida prossegue por toda a Eternidade. A morte é como se um pássaro fugisse da gaiola. Regressa o Espírito à sua pátria de origem, retorna à sua verdadeira esfera. Não podemos impedir, então, neste transe, que o nosso coração se encha de saudade e em nossos olhos as lágrimas se aflorem. Temos sentimentos. Entretanto, recordemos deles nos instantes de uma alegria, de uma vitória diante de alguma dificuldade, de euforia no dia de seu aniversário, porque a reminiscência destes lances agradáveis, cheios de vitalidade, será para eles (e para nós também) como que um tônico revitalizador. A rememoração de circunstâncias doridas e de aflições, apenas reativará neles e em nós, de igual maneira, uma sensação frustrante de desânimo. Assim, se queremos beneficiá-los, vamos recordar aqueles dias feitos de sol de satisfação e de contentamento na vida comum.
Os entes queridos prosseguem em sua trajetória de seres imortais.  Jamais supor que estejam onde os seus corpos forem depositados. Não... Ali ficou apenas a veste que foi usada, necessária, sim, mas apenas durante alguns anos. O dono daquela vestimenta encontra-se, agora, noutra dimensão, no convívio de antigos companheiros. Se emitirmos pensamentos de inconformação ou mesmo de saudade mesclada de angústia, de revolta oculta, estaremos dificultando-lhes a marcha evolutiva no Grande Além. Ao contrário, se os imaginarmos em seus melhores momentos da vida orgânica, que se findou, tal procedimento de fé em Deus leva a eles os elementos necessários para a rápida readaptação ao novo ambiente em que se encontram agora. Assim, sentimos de perto a Bondade de Deus.  Aceitamos mais facilmente a pregação da imortalidade da alma. Confiemos no Grande Arquiteto do Universo!
Mantenhamos acesa a esperança na misericórdia de Deus. Avancemos no caminho do Bem na certeza inabalável de que a morte não é o ponto final de nossas relações afetuosas com os familiares, Irmãos e amigos que nos antecederam na grande viagem de regresso ao mundo espiritual!
                                                 O NASCER PARA O ALÉM... Padre Juca
Há quem morra todos os dias.
Morre no orgulho, na ignorância, na fraqueza.
Morre um dia, mas nasce outro.
Morre a semente, mas nasce a flor.
Morre o homem para o mundo, mas nasce para Deus.
 Assim, em toda morte, deve haver uma nova vida.
Esta é a esperança do ser humano que crê em Deus.
Triste é ver gente morrendo por antecipação...
De desgosto, de tristeza, de solidão.
Pessoas fumando, bebendo, acabando com a vida.
Essa gente empurrando a vida.
Gritando, perdendo-se.
Gente que vai morrendo um pouco, a cada dia que passa.
 E a lembrança de nossos mortos, despertando, em nós, o desejo de abraçá-los outra vez.
Essa vontade de rasgar o infinito para descobri-los.
De retroceder no tempo e segurar a vida.
Ausência: - porque não há formas para se tocar.
Presença: - porque se pode sentir.
Essa lágrima cristalizada, distante e intocável.
Essa saudade machucando o coração.
Esse infinito rolando sobre a nossa pequenez.
Esse céu azul e misterioso.
 Ah! Aqueles que já partiram!
Aqueles que viveram entre nós.
Que encheram de sorrisos e de paz a nossa vida.
Foram para o além deixando este vazio inconsolável.
Que a gente, às vezes, disfarça para esquecer.
Deles guardamos até os mais simples gestos.
Sentimos, quando mergulhados em oração, o ruído de seus passos e o som de suas vozes.
A lembrança dos dias alegres.
Daquela mão nos amparando.
Daquela lágrima que vimos correr.
Da vontade de ficar quando era hora de partir.
Essa vontade de rever aquele rosto.
Esse arrependimento de não ter dado maiores alegrias.
Essa prece que diz tudo.
Esse soluço que morre na garganta...
E...
Há tanta gente morrendo a cada dia, sem partir.
Esta saudade do tamanho do infinito caindo sobre nós.
Esta lembrança dos que já foram para a eternidade.
Meu Deus!
Que ausência tão cheia de presença!
Que morte tão cheia de esperança e de vida!
Fonte: Irmão Valdemar Sansão


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