quarta-feira, 4 de setembro de 2013

OPINIÃO DE PRIMEIRA

A GRANDE LIÇÃO DO PROFESSOR COM CARA DE EMPREGADA DOMÉSTICA
Em homenagem às pessoas decentes; aos que não discriminam ninguém apenas por sua aparência ou eventual deficiência; aos que sabem que o que importa é o caráter, o espírito, o denodo, o respeito para com os outros seres, a coluna reproduz boa parte de um texto escrito pelo professor  Wilson Gomes, da Universidade Federal da Bahia. Ele responde, com altivez e grandeza, a uma postagem discriminatória de uma jornalista de Natal, que opinou nas redes sociais que as médicas cubanas, chegadas ao Brasil, parecem empregadas domésticas. Vale a pena ler:
Sim, Micheline Borges, as médicas cubanas, de fato, parecem-se com as suas empregadas domésticas. Eu também me pareço com a sua faxineira e a sua cozinheira. E, se me permite a comparação, Barack Obama também é cara dos garçons dos restaurantes que você deve frequentar, dos vendedores de coco na praia, da maioria dos presidiários brasileiros, dos desempregados e subempregados do país". Questiona, mais adiante, o professor: " seria legal se você se perguntasse por que é uma ilha de loiridão e alvura cercada de tantos pretos pobres por todos os lados. Será determinação do destino que estabelece que as pessoas não-brancas tenham que se tornar empregadas domésticas de michelines? Será prescrição do Oráculo de Apolo que pessoas com cara de micheline sejam jornalistas casadas com engenheiros?"
 Mais adiante: " Não, Micheline, eu não diria “coitada da nossa população” de pessoas com cara de empregadas domésticas porque serão atendidas por médicos com a mesma cara delas. Eu tenho pena é do coitado deste país, açoitado pela mentalidade-micheline, que resolve que o lugar de pessoas com cara de empregadas doméstica é na cozinha das suas casas, fazendo a limpeza ou picando cenoura para o jantar. Na falta de uma boa e velha senzala…”
 "DEAD LINE" - Para a Operação Apocalipse, esta quarta-feira é o último momento, a "dead line", para o fim das investigações e entrega de todo o material coletado ao Judiciário. A menos que a polícia tenha pedido no final da tarde desta terça mais uma ampliação do prazo, o que não indicava que iria acontecer, o 4 de setembro põe fim à etapa investigativa, na área policial. A partir de agora, nas questões legais, é tudo com o Ministério Público e com os juízes. Já nas questões políticas, as coisas são diferentes.
PRAGA DEVASTADORA - Há um e outro leitor que protestam contra a posição da coluna em relação à pré-candidata à Presidência da República, Marina Silva. Todas as opiniões aqui são respeitadas. A coluna reafirma a admiração por Marina por sua bela história de vida, transformando-se de uma menina miserável, numa liderança nacional, apenas por seus méritos e esforços. Mas, o outro lado da moeda também não pode ser esquecido, a não ser pelos apaixonados e pelos ecologistas de ar condicionado: Marina é a namoradinha das ONGs internacionais. E a grande maioria das ONGs internacionais são uma praga devastadora para nosso país.
PORTAS ESCANCARADAS - Caso chegue à Presidência - o que é bem provável, pela fragilidade dos adversários, incluindo-se aí Dilma Rousseff - Marina vai escancarar as portas, principalmente da Amazônia, para que as ONGs determinem os rumos da região. Elas virão, levarão todas as nossas riquezas - e é apenas para isso que milhares delas funcionam só na Amazônia, já que não vão para regiões paupérrimas, como o Nordeste - sob lágrimas emocionadas da sua rainha. Marina pode chegar a Presidente, mas sem dúvida o Brasil sofrerá um atraso de décadas, se isso ocorrer.
NÃO IMPORTA O NOME - De vez em quando, vindas dos lados do Judiciário, decisões que pretendem defender esse ou aquele direito, nesse ou naquele caso, deixam claro que a interferência na mídia é sim uma tentativa de censura à imprensa, não importa o nome que se dê. Começa assim, impedindo de publicar isso ou aquilo, sugerindo que não se publique essa ou aquela informação ou, com ameaças de punições caso a orientação vinda "de cima" não seja cumprida...
ALICERCES DA DEMOCRACIA - Os próximos passos são óbvios.  Depois, impede-se que se denuncie alguém (o filho do ex-presidente Sarney não pode ser citado até hoje no Estado de São Paulo, por decisão da Justiça, que aplicou pura e simplesmente a censura a um dos maiores jornais do país) e por aí vai. A sociedade tem que ficar atenta. Censura é censura, venha de onde vier e não importa o apelido que tenha. A liberdade e expressão e a liberdade de imprensa (e o voto universal), são os únicos e verdadeiros alicerces da democracia.
A TURMA DA ELUANE - Mesmo com uma pequena equipe, enfrentando pesados problemas e, pior que tudo, o intenso e concentrado fogo amigo, de dentro do governo, a turma comandada pela secretária Eluane Martins, da Secel, tem o que comemorar em relação ao Arraial Flor do Maracujá. Os obstáculos enormes foram transpostos um a um, com grande esforço e muito trabalho, até que o Arraial, com tudo o que enfrentou e completamente fora de época, terminasse sendo um sucesso. Não fosse a turma da Secel, o evento poderia ter sido uma tragédia.
PERGUNTINHA - Por ilação, pode-se questionar também: além da presidente Dilma e seus ministros, o governo americano também tinha acesso a dados secretos da segurança nacional no Brasil?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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