sexta-feira, 13 de setembro de 2013

OPINIÃO DE PRIMEIRA

UMA PEQUENA ILHA SEGURA, NUM MAR DE TRAGÉDIAS E TRISTEZAS
O maior programa social de que se tem notícia, o Bolsa Família, completa uma  década . Atende quase 43 milhões de brasileiros (um em cada cinco habitantes do país). Quando criado como Bolsa Escola, no governo FHC, no último ano em que ele estava na Presidência, os investimentos não superaram 3 bilhões e 500 milhões. Neste 2013, o Bolsa Família tem só números superlativos. O gasto com ele será na ordem de 22 bilhões e 500 milhões de reais até dezembro. É, além de um gigantesco programa social para atender os mais pobres - bancado com dinheiro de quem tem mais - é também um projeto polêmico, que divide opiniões. O governo se concentra nele, porque o considera a salvação de milhões de pobres e miseráveis. Os adversários denunciam que o Bolsa Família não passa de cooptação de votos dos eleitores pobres, porque os beneficiados temem perder o dinheiro que ganham, caso o poder mude de mãos. Também todos os dias se denunciam falcatruas, desvios dos recursos, gente que não deveria receber, mas que está no programa.
Há casos de rolos e falcatruas? Claro que há. Dando um "chute": mesmo que com todos os controles, uns 20%,  o que é um exagero,  fossem desviados, o que é comum no Brasil, ainda assim não se pode dizer que o programa, como um todo, é negativo. Mas há situações tenebrosas sim. Parentes de políticos, malandros, vagabundos, gente que não presta, estão sempre conseguindo burlar o programa, tirando a grana dos miseráveis. Como o Bolsa Família não tem um período limite,é outro erro, uma falha gritante. Mas, para os milhões de brasileiros que se não tivessem esse apoio, morreriam de fome, tudo isso não importa. O certo é que, para essa gente que nada tem, o Bolsa Família é uma pequena ilha de segurança, num mar de tristezas, tragédias e falta de oportunidades. 

 VEM MAIS POR AÍ! - Os comentários são intensos, a boataria não para. Alguma coisa pode ser  verdade. A segurança pública do Estado estaria preparando novas ações, algumas deles pesadas e à busca de nomes conhecidos, envolvidos em mais rolos. A Polícia Federal também estaria no fim da fase de investigações para realizar, em breve, mais uma daqueles operações que sacodem Rondônia. Nos dois casos, para quem conhece o meio, não há dúvida que alguma coisa está se formando. O que, ninguém sabe ainda...

AÍ VEM O PSD - Os partidos se mobilizam com mais força para 2014. O PMDB já se mexe pelas ruas, em busca da reeleição de Confúcio Moura.  O PDT se organiza. O PT ainda muito rachado, já tem pré-candidato ao governo, o deputado federal Padre Ton. O PP, embora sem  Cassol como candidato, mas como uma liderança política incontestável, reuniu quase duas mil pessoas em Rolim. E amanhã é a vez do PSD. Liderado por Moreira Mendes, o partido pode oficializar Hermínio Coelho e Alex Testoni  (se ele decidir entrar na briga), como seus pré-candidatos à sucessão estadual.
BARBÁRIE - Em pouco mais de uma semana, dois homossexuais foram assassinados brutalmente, em frias execuções. Seus corpos foram jogados em córregos, como se não fossem seres humanos. As autoridades têm obrigação de dar uma resposta urgente, prendendo o responsável, já que, pela forma como os dois crimes foram cometidos, há suspeita de que o foram pela mesma pessoa. Não se pode permitir que a barbárie tome conte de nossas vidas. A opção sexual não é crime. Cadeia para os matadores de gays!
GOLPE DA MOTO - Terá algum fundo de verdade o aviso dos Detrans, que circulam nas redes sociais, com depoimentos de motoristas que se dizem enganados? Em pequenos acidentes de trânsito, segundo as denúncias,  motoqueiros dizem que não sofreram nada e que não há necessidade de se chamar as autoridades de trânsito. Dias depois, o motorista é convocado à Delegacia, com denúncia de que teria abandonado feridos num acidente que causou. E o motoqueiro, que registrou a ocorrência, exige indenização. Portanto, é sempre bom chamar as autoridades ou a seguradora em qualquer circunstância.
ABOBRINHAS - No Senado, caminha, lentamente, uma espécie de mini reforma eleitoral. O rondoniense Valdir Raupp é um dos mais atuantes do grupo, até como presidente nacional do maior partido político do país. Há pequenos avanços, como diminuição de locais para propaganda eleitoral, menos cabos eleitorais  e outras abobrinhas. Na essência, pouca mudança. Continua a gastança, quem é mais votado pode nunca chegar ao Congresso e  o inútil cargo de suplente de senador não é extinto. Só para falar de algumas coisinhas realmente importantes...
IGNORÂNCIA E MISÉRIA - O uso da ignorância coletiva, as formas de tentar tornar líderes políticos como se deuses fossem e o culto à personalidade são muito comuns em regimes totalitários. Na América Latina, em pleno século 21, essas bobagens ainda são paixões das massas ignorantes. Na Venezuela, por exemplo, o aspirante a ditador Hugo Chávez, morto há pouco mais de seis meses, está sendo santificado pelo governo que o sucedeu. Os miseráveis - e quanto mais miseráveis, mais fáceis de cooptar com programas populistas - andam comparando Chávez a Jesus Cristo. Dá pra acreditar?
PERGUNTINHA - Será que esta sexta-feira 13 vai fazer jus à tradição e terminar com algum evento que mereça ser considerado tema para algum filme de terror?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

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