terça-feira, 6 de março de 2018

Nova Harley-Davidson Fat Bob é imponente e tem força de sobra

Seja com o motor Milwaukee-Eight 107, ou 114, motocicleta da centenária marca norte-americana está mais agressiva que nunca



Essa foi, de longe, a motocicleta que mais chamou a minha atenção e despertou curiosidade no Salão Duas Rodas 2017. A nova Fat Bob passou por uma reformulação drástica em seu visual, algo que lhe fez muitíssimo bem. Agora ela conta com um estilo único, mais imponente e agressivo que nunca, com acabamentos premium e o potente motor Milwaukee-Eight nas configurações 107 (1.745 cm³) e 114 (1.868 cm³). Seu preço? A partir de R$ 59.980 (preço sugerido para a versão 107; e a partir de R$ 67.480 para a versão 114).
O modelo ficou 15 kg mais leve em relação ao anterior. Sua suspensão dianteira ficou mais firme, com garfos dianteiros invertidos de 43 mm. A balança transfere o movimento da roda traseira para a nova suspensão monoamortecida, com o amortecedor escondido sob o assento. Com essa configuração, a motocicleta copia muito bem as irregularidades do solo. O console embutido no tanque conta com painel de cinco polegadas que integra todos os indicadores, incluindo o nível de combustível, e é de fácil visualização. 

Deixando seu visual ainda mais interessante, outros detalhes que muito me agradaram, estão o escape duplo (2-1-2 em aço inox), com acabamento personalizado, e os pneus, sendo o dianteiro de 150 mm e o traseiro de 180 mm. Assim, a Harley-Davidson fez com que a Fat Bob ficasse pronta para enfrentar um verdadeiro “Apocalipse Zumbi”, com seu exclusivo farol retangular, em LED, que dividiu opiniões


Outro ponto importante, e que merece destaque, diz respeito aos freios, especialmente na dianteira, com belos discos duplos, que param com tranquilidade e segurança os 16 quilos de torque do motor de 1.868 cm³ (precisamente 16,01 kgf.m a 3.250 rpm). Um dos poucos pontos negativos fica por conta do seu tanque de combustível, com capacidade para apenas 13,6 litros. Porém, rodando em teste na cidade e na estrada, enrolando o cabo com gosto pelas rodoviasexperimentando as acelerações e retomadas mais que vigorosasproporcionadas pelo motor Milwaukee-Eight 114, obtivemos um consumo médio de 18,5 km/L. Impressionante. Ao completar o tanque da Fat Bob, o computador de bordo sugere uma autonomia de 270 km, ou seja, uma média de 19,85 km/L, mostrando que não ficamos tão fora do esperado pela Harley-Davidson.
motocicleta tem poder de sobra para encarar a estrada com muito conforto, com cêmbio de seis velocidades, proporcionando uma boa posição de pilotagem, com o guidão bem disposto, contando com ajuste de inclinação. É importante lembrar que a motocicleta vibra muito menos que sua antecessora devido ao novo sistema de contra-balanceadores internos. O mesmo podemos dizer sobre o aquecimento, que melhorou consideravelmente, tornando a pilotagem ainda mais gostosa, até mesmo em ambiente urbano. Ponto positivo para a Harley-Davidson.
Apesar de seu tamanho e dos grandes pneus, a Harley-Davidson Fat Bob mostrou-se muito boa de curva, ainda mais se lembrarmos que trata-se de uma moto custom de 306 kg. Sua ciclística mais “agressiva” compensa um pouco o largo pneu de 150 mm na dianteira e deixa a Fat Bob precisa também nas entradas de curvas. Isso sem falar do assento, muito confortável, tanto para o piloto como para o garupa. Os novos materiais do banco proporcionam um ajuste melhorado para uma gama mais ampla de pilotos e também garantem maior conforto para viagens de longas distâncias. Eles são mais confortáveis, já que o novo design facilita o alcance do piloto ao chão.

Minha conclusão: a Harley-Davidson surpreendeu, de forma muito positiva, ao realizar uma verdadeira cirurgia plástica no modelo Fat Bob, conquistando novos adeptos. Os motores Milwaukee-Eight 107 (1.745cc) e Milwaukee-Eight 114 (1.868cc), o chassi redesenhado e a suspensão aprimorada deixam o modelo em um novo patamar. Pilotar esta moto, independente do motor que a equipa, transmite uma sensação incrível de prazer e liberdade.

FICHA TÉCNICA – HARLEY-DAVIDSON FAT BOB 114

MOTOR

  • MOTOR Milwaukee-Eight® 114
  • DIÂMETRO DO CILINDRO 102 mm
  • CURSO DO ÊMBOLO 114,3 mm
  • CILINDRADA 1.868 cc
  • TAXA DE COMPRESSÃO 10,5:1
  • SISTEMA DE COMBUSTÍVEL Injeção eletrônica de combustível por portas sequenciais (ESPFI)
  • ESCAPAMENTO Lado duplo 2-1-2, catalisador no cabeçote

DIMENSÕES

  • COMPRIMENTO 2.340 mm
  • ALTURA DO ASSENTO, SEM PESO 710 mm
  • DISTÂNCIA MÍNIMA DO CHÃO 120 mm
  • ÂNGULO DE INCLINAÇÃO (COLUNA DE DIREÇÃO) (GRAUS) 28
  • TRAIL 132 mm
  • DISTÂNCIA ENTRE OS EIXOS 1.615 mm
  • PNEU DIANTEIRO, ESPECIFICAÇÃO 150/80-16,71H,BW
  • PNEU TRASEIRO, ESPECIFICAÇÃO 180/70B16,77H,BW
  • CAPACIDADE DE COMBUSTÍVEL 13,6 l
  • CAPACIDADE DE ÓLEO (C/FILTRO) 4,7 l
  • PESO, CONFORME EXPEDIDO 296 kg
  • PESO, EM BOAS CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO 306 kg

DESEMPENHO

  • MÉTODO DE TESTE DO TORQUE DO MOTOR EC 134/2014
  • TORQUE DO MOTOR 157 Nm (16,01 kgf.m)
  • MOTOR E TORQUE (RPM) 3.250
  • ÂNGULO DE INCLINAÇÃO, DIREITA (GRAUS) 31
  • ÂNGULO DE INCLINAÇÃO, ESQUERDA (GRAUS) 32

ACIONAMENTO

  • ACIONAMENTO PRIMÁRIO Corrente, relação 34/46
  • RELAÇÃO DAS ENGRENAGENS - 1ª (GERAL) 9,311
  • RELAÇÃO DAS ENGRENAGENS - 2ª (GERAL) 6,454
  • RELAÇÃO DAS ENGRENAGENS - 3ª (GERAL) 4,793
  • RELAÇÃO DAS ENGRENAGENS - 4ª (GERAL) 3,882
  • RELAÇÃO DAS ENGRENAGENS - 5ª (GERAL) 3,307
  • RELAÇÃO DAS ENGRENAGENS - 6ª (GERAL) 2,79

CHASSI

  • RODA DIANTEIRA, TIPO Denim Black, estrutura de alumínio fundido com grafismos gravados a laser
  • RODAS, TIPO TRASEIRA Denim Black, estrutura de alumínio fundido com grafismos gravados a laser
  • FREIOS TIPO CÁLIPER Dianteiro fixado com 4 pistões e traseiro flutuante com 2 pistões

BATERIA

  • LUZES (DE ACORDO COM NORMAS NACIONAIS), LÂMPADAS INDICADORAS Farol alto, piscas, ponto-morto, baixa pressão de óleo, diagnóstico do motor, ABS (opcional), segurança, baixa tensão da bateria, baixo nível de combustível
  • MEDIDORES Tacômetro analógico de 4 polegadas com velocímetro, indicador de marcha, odômetro, nível de combustível, indicador de consumo de combustível e odômetro parcial digitais
Texto: Alexandre Ciszewski/MOTO.com.br
Fotos: Alexandre Ciszewski/MOTO.com.br e Divulgação/Victor François/HDBrasil

Fonte:
Equipe MOTO.com.br


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