O final de semana chega sem qualquer decisão oficial sobre a troca de comando no Palácio Rio Madeira/CPA. A única novidade no centro do poder foi na sexta, quando um grupo de professores grevistas invadiu o andar da Secretaria de Educação, tentando fazer pressão para que seja aceito pagar à categoria aquilo que o Governo diz que não tem como pagar. É um beco sem saída para o Sintero, ao menos pelo que se sabe até agora. Confúcio Moura não estava na Capital. Volta nesta segunda, com uma informação que, ao menos por enquanto, é apenas dele: o dia em que vai renunciar para entrar na disputa ao Senado e passar o comando para Daniel Pereira. Em todo o final de semana, de sexta até este domingo, a troca de Governador era o principal assunto em todos os encontros políticos. PDT, DEM e PP fizeram encontros estaduais e, nas rodas de conversas, era esse o tema. Confúcio não confidenciou ainda, a não ser a alguns poucos, da família e amigos muito íntimos, quais serão seus próximos passos e quando eles serão dados. Faltam, a partir deste domingo, exatos 13 dias para que a decisão final seja tomada. O 7 de abril marca o último dia do calendário para que Confúcio deixe o poder, para se habilitar a ser candidato. Até lá, o calendário vai voar, mas muita água ainda vai passar embaixo da ponte. Tudo pode acontecer, mas, ao menos pelo que se ouve nos bastidores, os acordos estariam todos fechados para que o Governador saia para disputar o Senado e Daniel assuma. Continuará assim?
Esta segunda-feira, dia 26, contudo, pode ser o dia em que as coisas começarão a ficarem mais claras. Em dois eventos importantes, marcados para o Palácio do Governo, a questão da saída de Confúcio e a posse de Daniel Pereira certamente estarão na pauta. Na primeira delas, pela manhã, reunião de todos secretários de Estado. Na cabeceira da mesa, o chefe Confúcio Moura. O evento pode marcar não só a primeira reunião de toda a equipe de comando do Estado para 2018, como também ser a última sob o comando do atual Governador. É muito provável que nela Confúcio se despeça da equipe e anuncie sua saída. Já à tarde, outro momento importante. Vão se reunir, também no Palácio, os chefes dos poderes, que compõem o Colegiado do Estado, criado também neste governo. Confúcio, o presidente do TJ, desembargador Walter Waltenberg e o presidente da Assembleia, Maurão de Carvalho, além de representantes de outros poderes, se reúnem para discutir as questões mais importantes de Rondônia no momento, Também deve ser a última participação de Confúcio neste tipo de evento. Ou seja, a semana que vem promete. Notícia é que não vai faltar...
PACOTE DE GREVES
Enquanto isso, pelo menos sete sindicatos de servidores, afora o Sintero, andam pressionando o Governo em busca de tirar alguma casquinha, melhorando as condições de seus associados. A corrida se explica: qualquer aumento, vantagem ou benefício pode ser concedido ao funcionalismo apenas até 7 de abril. Depois disso, só seis meses após a eleição de outubro, ou seja, daqui a um ano. Nos últimos dias, as negociações foram intensas, em reuniões que, obviamente, não foram divulgadas ao público. Para se ter uma ideia, pelo menos três sindicatos representantes os servidores da saúde estadual chegaram a ensaiar uma greve, também com uma pauta de reivindicações bastante complexa, mas, pelo que se soube, o diálogo está aberto e não havia, ao menos até o fim de semana, risco maior de que também esta categoria paralisasse. Já sobre a greve dos professores, aliás, é acintosa a posição do Sintero em descumprir decisões judiciais e no sentido de tentar criar factoides que vitimizem alguns professores, para serem usados como cavalo de batalha, na luta da categoria. Tudo isso pode acabar saindo caro para a entidade classista. Como tudo leva a crer que não haverá acordo até 7 de abril e depois disso é legalmente impossível qualquer concessão pelo Governo, como o Sintero sairá dessa saia justa? Cenas dos próximos capítulos na semana que vem, que vai chegar fervendo...
SURPRESA: TEMER É CANDIDATO
Ele tem uma aprovação que não ultrapassa os 7 por cento, nos melhores cenários. Outas pesquisas juram que esse percentual não passa de 4 por cento. Mas Michel Temer acha que, mesmo assim, tem cacife para pensar numa candidatura à Presidência da República. Legalmente, ele pode concorrer à reeleição, mas, mesmo com muitos índices positivos que tem conseguido conquistar, principalmente na economia, sua imagem perante o eleitor brasileiro ainda é muito ruim. Mas Temer é um otimista. Disse, em entrevista exclusiva à revista IstoÉ!, que circula neste final de semana, que decidiu sim, disputar mais um mandato. Não é fake. A notícia está publicada em alguns dos principais sites do país. Temer afirma que está deixando um legado para o país e lista conquistas como o teto de gastos, a reforma trabalhista, a queda dos juros e da inflação a níveis historicamente nunca alcançados e até a não aprovada reforma da Previdência, como bagagem política para tentar enfrentar as urnas. Até há pouco, o Presidente afirmava que após terminar seu atual mandato, iria para casa, cuidar da família e deixaria de vez a política. Ele afirma que mudou de ideia quando viu que sua biografia de 30 anos de vida pública pode ser maculada por adversários, na campanha política que se avizinha, sem que ele possa se defender. Ou seja, Michel Temer está no páreo.
PLANOS CONTRA A VIOLÊNCIA
Foram mais de 5 mil ocorrências a menos em 2017 do que em 2016. No ano passado, foram registrados 508 assassinatos em Rondônia, 71 a menos do que no ano anterior. A criminalidade caiu em 7 por cento. Mas e daí? Hoje, a Polícia Militar, que fez o policiamento preventivo no Estado, tem pouco mais de cinco mil homens e mulheres nas ruas. Terá um acréscimo de quase 10 por cento deste efetivo, a partir do mês que vem, quando quase 300 novos PMs, que já fizeram o curso e estão prontos irão para as ruas e outros 230 começarão a ser preparados, para entrar no policiamento no final deste ano ou início de 2019. Nas atuais circunstâncias, terá a polícia condições reais de acabar com a criminalidade crescente? A PM está buscando alternativas para diminuir os índices de violência, combatendo o tráfico, o roubo de carros e recuperação dos que foram furtados; aumentar apreensão de armas de fogo; aumentar a caça aos foragidos da Justiça e ainda ampliar o número de Termos Circunstanciado de Ocorrência. Essas metas foram traçadas pelo comandante, o coronel Ênedy Dias, em encontros com os responsáveis por todos os batalhões da Capital e interior. A questão é:, com atual legislação, mesmo toda a boa vontade, planejamento e investimentos, se conseguirá representar resultados práticos para que os índices caiam muito mais?
DINHEIRO JOGADO FORA
Enquanto as questões políticas não se definem, até porque Daniel Pereira, que deve assumir o governo, não está satisfeito com os resultados e quer mudar todo o comando do setor, não se sabe se os planos da PM serão cumpridos. Além disso, é sempre bom destacar, que, na verdade, a segurança pública está em situação muito ruim em Rondônia, como o está no país inteiro. Veja-se, por exemplo, a guerra civil no Rio, onde nem a intervenção do Exército consegue impedir crimes brutais, continuados e cada vez em maior número. O Governo Federal vai investir 1 bilhão na segurança do Rio, fortuna que resolverá muito pouco, enquanto o atual Código Penal , protetor dos bandidos e contra os cidadãos de bem, se mantiver como está. Nem em Rondônia e em nenhum caso do país, a segurança vai melhorar com as atuais leis. Enquanto isso, gasta-se dinheiro, troca-se comandantes e secretários, chama-se o Exército, faz-se planos, faz-se discursos e tenta-se aqui e ali, mesmo sabendo que, na essência, a mudança principal não será feita. É apenas tempo e dinheiro jogados fora!
COMBINARAM COM O SIM?
Novidade na questão do táxi compartilhado. Durante seis meses, de forma provisória, os taxistas vão poder atuar na Capital, embora com algumas restrições que serão definidas em breve. Nesse período, duas coisas vão acontecer. Primeiro, a Prefeitura vai regulamentar os serviços de aplicativos, como o Uber e outros assemelhados. Com isso, há uma perspectiva de que muitos que hoje fazem transporte individual, não continuarão a manter o serviço, por falta de adequação às novas normas. É o que se comenta, ao menos entre os taxistas. A segunda ação será a criação de uma lei que regulamenta, por fim, o serviço de transporte compartilhado, o nome pomposo dado para o táxi lotação. Uma minuta do projeto foi encaminhado à Prefeitura pelo advogado dos taxistas, o ex secretário Breno Mendes. Essa minuta será estudada, adequada às legislações de trânsito e de transporte de passageiros e só então será encaminhada para votação na Câmara de Vereadores. Até aí, está tudo certo. Faltou apenas um detalhe: ninguém combinou nada com o Consórcio SIM, do transporte coletivo, que não aceita sequer falar sobre táxi compartilhado, que estaria causando enormes prejuízos ao sistema dos ônibus. Vamos ver no que vai dar!
A POPULAÇÃO REAGE
A cena é eivada de agressões. O vídeo se espalhou pela internet em poucos minutos, viralizando. Nele, várias pessoas, armadas de pedaços de fios, partiram para cima de um menor, dando uma surra que resultou em profundas marcas na pele do jovem. Os sulcos na pele foram acrescidos de manchas roxas causadas por socos e tapas, num ataque de fúria do populacho contra um ladrão. O caso aconteceu na última quinta, em Cacoal, no bairro Paineiras, onde o garoto vive roubando, para sustentar seu vício em drogas. Os moradores cansaram de pedir apoio à polícia. Nas poucas vezes em que policiais aparecerem, apenas perdiam seu tempo, levando o “dimenor” até a Delegacia, onde, minutos depois, ele era solto e voltava ao mesmo lugar, para continuar atacando casas e pessoas. Já em Porto Velho, dois vagabundos foram assaltar um estudante, em frente à Uniron. Não imaginavam que perto havia um policial armado, que lhes deu voz de prisão. Os bandidos reagiram e um foi morto. O outro conseguiu escapar. No local, o policial herói foi aplaudido. Nas redes sociais, centenas de mensagens desejando que o bandido tenha ido direto para o inferno e enaltecendo a reação do policial. Casos como esses estão se repetindo em Rondônia e em várias cidades brasileiras. O povo não aguenta mais tanto apoio ao crime e aos criminosos. Está respondendo no mesmo tom, já que as autoridades responsáveis continuam lavando suas mãos e deixando a população à mercê da bandidagem.
PERGUNTINHA
Se você morasse em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, também impediria a visita do ex Presidente Lula, como fizeram produtores rurais e parte da população ou deixaria, democraticamente, que ele entrasse na cidade e discursasse?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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