quarta-feira, 21 de março de 2018

A DIMENSÃO DA SAUDADE

A composição do paraguaio Hermínio Gimenez e versão do paulista José Fortuna define bem o que por hora sentimos minha mãe, minha irmã e eu: - “Saudade, palavra triste quando se perde um grande amor / Na estrada longa da vida eu vou chorando a minha dor / Igual uma borboleta vagando triste por sobre a flor / Seu nome sempre em meus lábios irei chamando por onde for..” Ou melhor ainda: “Meu primeiro amor tão cedo acabou / Só a dor deixou neste peito meu / Meu primeiro amor foi como uma flor / Que desabrochou e logo morreu / Nesta solidão sem ter alegria / O que me alivia são meus tristes ais / São prantos de dor que dos olhos caem / É porque bem sei quem eu tanto amei não verei jamais...”.

E será sempre assim Zé! Nesta última terça-feira, dia 19 de março de 2018, foi seu aniversário de 80 anos de vida. De uma vida ceifada cruelmente aos seus 48 anos de idade. Você será sempre nossa lembrança mais doce e agradável, porque com o tempo fomos transformando dor em alegria. Alegria por tudo que você representou nessa vida. Alegria porque essa era sua essência. Incrível como muita gente se lembra de você. E todas as pessoas só ressaltam o ser humano alegre, sorridente, verdadeiro e amigo. Um verdadeiro conciliador do bom viver sempre aproximando as pessoas e mostrando o caminho da paz. Por esta razão, que por ora entendo que a eternidade de alguém quem se foi ganha morada na memória dos que ficaram. Há 80 anos nascia José Alves da Silva. Para quem tanto recebeu deste que era meu pai, hoje, vasculhar nas memórias fatiadas de sua presença traz cá para dentro uma avalanche de sentimentos. Quando a infinitude se estabelece em cada lembrança, torna o viver divino. Fazer-se presente mesmo estando distante é o grande legado.

Assim, sentimos felicidade em saber que, apesar da sua ausência, a presença é constante nas nossas existências. Celebramos e agradecemos por tudo que nos proporcionou em vida e, mesmo com o passar dos anos e de ausência, a sua imagem não se esvaiu.

Há oito décadas sua história se iniciava aos 48 anos se findou, aqui, na terra. Porém, Deus, em sua infinita bondade, nos concedeu a graça de herdar um pouco de toda sua grandiosidade. Em nome de toda família, obrigada pelos caminhos deixados. Neles erguemos pontes, trilhamos estradas, encontramos horizontes, tecemos nosso caminhar. E, vamos seguindo adiante, ora tropeçando e em outras nos reerguendo. Não existe outra fórmula: - A vida sempre segue por mais forte que seja a dor.

Por esta razão, daqui de onde ainda permanecemos: sua amada Rita, suas filhas Dil e Lu, segue um aceno embebido numa grande saudade e a certeza de que em um espaço-tempo adiante estaremos todos juntos e celebrando um lindo reencontro. Parabéns para você. Beijos, Zé.

Fonte: EDILEUSA REGINA PENA DA SILVA – professora doutora da UFMT – Câmpus de Rondonópolis.

A Professora Edileusa, é colaborado do Blog do Chaddad.

Um comentário:

Unknown disse...

Obrigada meu amigo.

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