Ele vai! Confúcio Moura vai ser candidato ao Senado e deixa o governo no início de Abril. Não é uma notícia. É uma ilação, mas baseada em fatos reais. O Governador, que já tinha anunciado que ficaria até o final da sua administração, em 31 de dezembro, depois de um desentendimento com seu vice, Daniel Pereira, já está pensando em renunciar no início de abril. Isso ficou muito claro em suas primeiras declarações á imprensa, no final de semana, em Ariquemes. À primeira delas: “o senhor vai ficar no governo até o final do mandato?” deu a oportunidade para Confúcio responder com um simples sim, se realmente pensasse nessa direção. Não disse. Disse o seguinte, textualmente: “Essa pergunta eu não tenho como lhe responder, né? Tem ainda muitas forças na atmosfera e no Universo, que eu tenho que fazer o filtro delas, pra saber o que é mais conveniente para o Estado de Rondônia. Eu vou agir pensando no Estado!”. Ora, não é uma resposta típica, clara, transparente, de quem está com um pé fora do poder e o outro na pré candidatura ao Senado? Confúcio também saiu pela tangente em relação ao problema da gravação clandestina na Assembleia, dizendo que ele não tem nada a ver com o episódio e que o problema é lá de quem se envolveu no caso. À terceira pergunta, todas feitas pela repórter Janaina Motta, da SICTV de Ariquemes, Confúcio encheu seu vice, Daniel Pereira, de elogios. Perguntado sobre se houve rompimento de ambos, Confúcio quase ergueu uma estátua verbal ao seu companheiro de administração. Começou respondendo assim: “o Daniel Pereira foi o vice do sonho de qualquer governo!”. Foi mais longe: “trabalhamos juntos com imensa liberdade e ele realmente me representou muito bem. Confúcio comparou o desentendimento que teve com Daniel a um “contratempo, semelhante aos que existem nos casamentos”. Mas que “não há nada que não possa ser reconciliado!”
Finalmente, uma boa notícia, que ameniza o clima de tensão que estava rondando a sucessão estadual. Confúcio fala em reconciliação e a turma no entorno de Daniel Pereira o tem aconselhado a falar menos e se reaproximar do parceiro que anda pelo estado o elogiando. A tendência, a menos que surja um fato novo, muito negativo, é que os dois voltem a conversar e que tudo siga o rito que já estava anunciado: Confúcio sai para disputar uma cadeira ao Senado, com grandes chances de atingir seu objetivo e Daniel assume o governo do Estado até dezembro. Podendo ou não ser candidato à reeleição. O quadro, que estava coberto por nuvens de tempestade, aparentemente voltou a ser de céu de brigadeiro, depois da primeira entrevista de Confúcio Moura. Resumindo e repetindo: ele vai!
BOMBA, BOMBA!
Se não foi ontem, será hoje ou amanhã. Dessa semana não passa. Mas é bom saber que vai explodir aí uma bomba, não das que destroem nada, mas das que mexem com as estruturas, no contexto da política rondoniense. A coluna não pode antecipar ainda, por compromissos com a fonte, mas pode-se dizer, com todas as letras, que o anúncio que está prestes a ser feito muda muito a sucessão estadual. O assunto já está definido por um poderoso grupo político e o lançamento de um nome com reais possibilidades de chegar lá, vai trazer à disputa de outubro, uma perspectiva que, embora já tivesse sido aventada, ainda estava longe de ser definida. Afora isso, também nos próximos dias pode haver outra definição importante no grupo que quer sentar na cadeira de Confúcio Moura. O procurador Héverton Aguiar está sendo pressionado por todos os lados para que oficialize sua aposentadoria e entre na briga pelo Governo. Ele vai liderar o partido PODEMOS no Estado (o antigo PTN), que tem como candidato à Presidência o ex governador do Paraná, Álvaro Dias, que, aliás, virá a Rondônia para ofi8cializar o nome de Héverton na disputa. O procurador do MP, contudo, ainda não bateu o martelo se entrará ou não na disputa, porque há algumas questões que precisam ser discutidas. Em poucos dias, surgirá a decisão final.
QUEBRADA, MAS CHEIA DE AMIGOS...
É vergonhosa a situação da Caerd. A empresa, quebrada, sem dinheiro para pagar o salário dos seus servidores, atrasados há quatro meses; sem condições de investir em nada; sobrevivendo na base do milagre, achou dinheiro para contratar mais 31 cargos comissionados, com salários entre 4.500 e 12 mil reais, totalizando, apenas com as contratações deste ano que recém começou, uma despesa mensal de mais 191 mil reais. E há informações de que a destroçada empresa pública vai chamar mais 40 apaniguados, ao menos, nos próximos meses. Sem pagar o salário de dezembro, de janeiro, de fevereiro e nem o 13º salário referente ao ano passado, a gastança que a Caerd está fazendo com comissionados é algo absurdo, quase inacreditável. Aliás, é bom lembrar que se fala na urgente necessidade de privatizar a Caerd. Mas qual o idiota que vai comprar quase uma massa falida, com dívidas que só com a Eletrobras chegam a 200 milhões de reais? Não se compreende o que está acontecendo, sem que o Governo do Estado tome medidas imediatas, ao menos para não parecer que está lavando as mãos e aguardando apenas que a empresa, da qual ele é o acionista maior, simplesmente exploda.
CRIANDO UM FACTÓIDE
Quando a vereadora Ada Boabaid apresentou proposta para debater o fechamento de bares à noite, na Capital e acabou bombardeada por opiniões esdrúxulas, que nem sequer permitiam o debate democrático, essa coluna saiu em defesa dela. Portanto, tem equilíbrio suficiente para, dessa vez, discordar completamente da posição da vereadora, quando ela criou um factoide em relação à inauguração da piscina do Colégio Padrão. Foi algo exagerado e desnecessário, tentando deslustrar o trabalho da Prefeitura e principalmente da secretária Ivonete Gomes, que tem dado um duro danado para tocar em frente ações do esporte. A posição de dona Ada foi exagerada e com uma pitada de fel, como se a preocupação fosse atacar pessoalmente membros da administração municipal e não atender os interesses da comunidade. Deveria, isso sim, ter elogiado o trabalho, que colocou novamente em funcionamento uma estrutura abandonada há anos. Uma pena não não o fez! A sugestão à vereadora é que procure fazer denúncias onde elas realmente existem. E no governo municipal há muitas a fazer, principalmente na área da saúde pública. Criticar por criticar, tentando criar uma notícia que não existe, é um caminho perigoso para político que quer ser respeitado.
FALTA O HIDRÔMETRO
O empresário Antônio Gomes Araújo investiu em Porto Velho. Batalhou muito até conseguir construir um pequeno prédio, para sediar sua organização. Para a obra, ele teve que enfrentar toda a burocracia imposta pelos órgãos públicos, principalmente a Prefeitura, mas cumpriu tudo corretamente. Com grande esforço e dedicação, conseguiu o que queria. Mas não esperava enfrentar a maior de todas as dificuldades: conseguir um atendimento na Caerd, para ter água abastecendo a sede da sua empresa, já que ela tem apenas um pequeno poço. A informação que tem recebido cada vez que vai à Caerd é que a empresa não tem condições de colocar mais de um hidrômetro por dia em residências ou empresas e que existem mais de 120 consumidores na frente dele para serem atendidos. Para se entender essa complexa história, há ainda um dado importante que precisa ser incluído: “seu” Antônio fez o pedido no mês de julho do ano passado. Até hoje está esperando pelo hidrômetro, porque sem ele, não tem como ter a ligação de água da Caerd.
ARMADILHAS LEGAIS:
Preso por ter cão, preso por não ter! A Prefeitura de Porto Velho e as empresas que fazem o transporte de estudantes, principalmente nas áreas rurais e distritos, estão numa queda de braço há meses. As empresas dizem que não recebem em dia e nem têm correção dos contratos há pelo menos cinco anos. A Prefeitura alega que ela paga religiosamente, mas as empresas estão com documentação irregular. Neste imbróglio, pelo menos dois mil estudantes em Porto Velho ainda não começaram o ano letivo, por falta de transporte. Agora, o Ministério Público entrou em cena, exigindo solução. A questão é muito mais complexa do que parece. Se pagar as empresas que estão com documentação irregular, a Prefeitura (e o Prefeito), vão ter que prestar contas ao próprio MP e aos órgãos fiscalizadores. Se não pagar, a Prefeitura e o próprio Prefeito, podem ser processados, por não estarem cumprindo a missão de manter as crianças nas escolas. É por causa dessas leis complicadas, algumas verdadeiras armadilhas, que colocam o gestor contra a parede e muitas vezes não lhe dão escolha alguma, a não ser processado, é que tem muita gente boa que não quer entrar para a política. Para o lado que vá, corre o risco de ter que ficar anos e anos envolvido em processos sem fim. Pronto. Falei!
HERMÍNIO PROCESSADO. DE NOVO!
O polêmico Hermínio Coelho arrumou outro adversário forte. Depois de ser condenado num processo em que ofendeu o governador Confúcio Moura, Hermínio agora está sendo processo pelo prefeito Hildon Chaves, que é, aliás, ex promotor de Justiça. O prefeito entrou com uma representação criminal contra o deputado no Tribunal de Justiça do Estado, alegando que Hermínio teria praticado os crimes de calúnia, injúria e difamação contra ele, através de textos publicados em troca de mensagens com vigilantes, durante o episodio em que a Prefeitura anunciou que trocaria o sistema atual de vigilância de escolas e postos de saúde por monitoramento eletrônico. A denúncia contra o deputado do PDT foi distribuída às Câmaras criminais Reunidas, do tribunal de Justiça do Estado. Hermínio não poupa palavras quanto ataca seus adversários ou quando defende uma causa, seja qual for. Por isso, tem sido alvo de muitas críticas, por parte de adversários e muitos aplausos, por parte dos que defendem e que o apoiam. No caso de Confúcio, ele usou um palavrado chulo para ofender o Governador. Foi condenado, mas está recorrendo. No caso de Hildon Chaves, não foi diferente.Vamos ver o que om Judiciário diz de mais esse rolo envolve3ndo o polêmico Hermínio Coelho.
PERGUNTINHA
Confúcio Moura, Expedito Junior, Valdir Raupp, Jesualdo Pires, Aluízio Vidal, Bosco da Federal, Caetano Neto: entre esses nomes, quais os dois em que você votaria para as vagas do Senado para Rondônia?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires - Porto Velho/RO.
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