INCÓGNITA – Enquanto o governador Confúcio Moura não declara publicamente se renuncia da renúncia da pré-candidatura ao Senado, os emedebistas continuam reunindo a militância nos municípios para preparar a legenda para a disputa. A direção do MDB desconfia que o governador deixa a legenda e provavelmente se filie ao Democratas, razão pela qual decidiu retomar as reuniões regionais independentemente da decisão a ser tomada pelo governador. Os emedebistas estão corretos em seguir em frente com ou sem Confúcio Moura. Porém, a foto do governador é afixada nos locais em que a reunião é realizada.
SUSPENSE – Confúcio repete a mesma tática que utilizou na prefeitura de Ariquemes e antes das convenções das eleições estaduais passadas em deixar em suspense a pretensão em disputar o pleito. A confirmar as tendências anteriores, mais uma semana anuncia o que todos já sabem: é candidato ao Senado. O diferente das vezes passadas é que agora não reúne integralmente em torno dele nem o MDB. O suspense provocou muitos rachas e divisões no grupo que ajudou a elegê-lo.
LOROTA – A única pessoa que depende da renúncia de Confúcio Moura é Daniel Pereira para que possa definir o cargo que vai disputar em outubro. Os demais não dependem em tese de uma definição do governador para tocarem os seus projetos. Embora todos saibam que este suspense é mais uma lorota já que ele (Moura) trabalha vinte e quatro horas para ser senador.
ESTRADA – Quem está encarando com firmeza a disputa eleitoral é Aluísio Vidal. Na semana passada o pastor fez um périplo pelo interior e concedeu entrevista como pré-candidato a senador pela Rede. Será a terceira vez consecutiva que pastor Aluísio tenta a vaga como alternativa aos concorrentes já conhecidos do eleitor. Embora o desafio seja hercúleo para quem não dispõe de estrutura partidária sólida nem recursos financeiros, na capital ele (Aluísio) tem conseguido boas votações.
NOMINATAS – Algumas lideranças municipais que almejavam disputar uma candidatura a deputado federal estão reticentes em ingressar em legenda que se una numa coligação onde estão filiados os atuais deputados federais. Embora haja uma indignação coletiva contra os políticos e uma ânsia de mudanças, não há nada que possa confirmar antecipadamente que o eleitor deixe de votar nas figuras carimbadas, o que assusta quem não dispõe do grosso dos fundos partidários. A renovação tão decantada por aí, pode ser, infelizmente, infinitamente menor do que o esperado em se tratando de Congresso Nacional.
DIFERENTE – Estas eleições são as mais complexas de todos os tempos no país, pois estamos a pouco menos de três meses das convenções e as indecisões em face das candidaturas são maiores do que as certezas: seja no plano nacional, seja no estadual. Não está claro quem de verdade é candidato. Uma diferença abissal em relação às eleições nacionais e estaduais anteriores.
PESQUISA – Os partidos estão mais profissionais e aferindo junto ao eleitor os humores eleitorais. Os números internos não são animadores, mas indicam a cada dirigente o caminho a seguir e os riscos a correr. Será uma campanha atípica que exigirá de todos muita competência para evitar passar vexame. As caras novas terão muito o que explicar para ganhar a confiança de um eleitor incrédulo com a própria sombra. Já as velhas caras vão ser obrigadas a justificarem os malfeitos e a reinventarem os discursos. Do contrário, abstenção, voto nulo e em branco podem surpreender. A hora é pesquisar para encontrar saídas.
GREVE – Os professores da rede estadual e municipal estão dispostos a levar a cabo os movimentos paredistas até forçar os governos a negociarem algum percentual. Não estão intimidados com as ameaças nem com as provocações porque sabem que em ano eleitoral os governos são obrigados a ceder para evitar maiores desgastes. Pode parecer oportunismo desencadear um movimento paredista em período pré-eleitoral, mas não é. É uma oportunidade única que a categoria dispõe para repor perdas enormes em seus vencimentos e perder este momento é perder de vez a perspectiva de lutar por dias melhores. Caberá aos governos cortar gastos perdulários para priorizar um setor essencial à população. O problema do movimento é que existe muito representante que nem sabe mais o que é uma sala de aula e, não raro, vive num penduricalho governamental. Mas a greve é justa. Injusto é decretar que não seja!
OAB - As prováveis candidaturas à presidência da OAB/RO são os advogados Hilton Assis e Mara Oliveira. São dois nomes da atual gestão que andam se bicando . Embora dois profissionais respeitados. Outro de igual valor, doutor Diego Vasconcelos, mesmo indicado por um grupo de advogados oriundos da academia, declinou da indicação por está dedicado aos estudos científicos. Uma pena, pois é um nome da melhor qualificação.
Fonte: Jornalista Robson Oliveira / Porto Velho-RO.
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