Um grande estudo sobre mobilidade urbana em Porto Velho deve ficar pronto no final de novembro, depois de cumprido o prazo inicial de 120 dias dado para seu término. A partir daí, Porto Velho poderá ter profundas mudanças na estrutura do seu trânsito não só na região central, mas também em bairros importantes da zona leste e da zona sul e não só na área central. Algumas medidas, aliás, já estão sendo postas em prática, como, por exemplo, a conclusão do asfaltamento da rua Duque de Caxias, preparada, a princípio, para receber o fluxo de todos os ônibus ligando as diferentes regiões à zona central. Na verdade, essa inovação só poderá ser mesmo efetivada caso a Duque suporte o peso dos ônibus. Se não suportar, os estudos para essa questão específica terão que apontar outras opções. O secretário da Semtran, Marden Negrão é ainda reticente ao falar sobre o assunto, porque só pretende fazê-lo quando tiver em mãos todos os dados do profundo estudo de mobilidade urbana, que estão em andamento. Por exemplo, ele não fala oficialmente sobre a óbvia necessidade de implantação de um sistema de estacionamento pago, principalmente na área mais central da cidade, mas também em outros centros comerciais, embora deixe claro que essa possibilidade está inserida nos estudos prestes a ficarem prontos. O sistema de rodízio para estacionar é daquelas iniciativas lógicas, mas que não deram certo, até pela falta de mentalidade para isso. Numa cidade onde muitos comerciantes ainda estacionam seus carros em frente da sua loja, tirando a vaga do seu cliente, esperar o que?
Porto Velho tem um trânsito caótico, desorganizado, bagunçado desde décadas, por falta de planejamento e ações práticas. Aqui não se consegue sequer implantar sistemas de controle de velocidade, porque há mais de duas décadas, quando o então prefeito Carlinhos Camurça tentou começar essas ações, a Justiça mandou retirar os pontos de controle, alegando as tradicionais questiúnculas legais. Nas últimas duas décadas, muito pouco se fez tanto em planejar uma cidade que cresce de forma assustadora, como também o seu trânsito infernal, que leva para o Hospital João Paulo II, todos os dias, pelo menos 25 feridos em acidentes. Com suas ruas estreitas, com a falta de educação dos motoristas, com a ausência de controle de velocidade e ainda com um sistema bruto, em que se conseguir uma vaga para estacionar no centro é ganhar na loteria, Marden e sua turma têm um desafio enorme pela frente. Vão tentar resolver, em pouco tempo, problemas que se arrastam há décadas. Conseguirão?
A ELETROBRAS NA JUSTIÇA
Desde 2015, a OAB de Rondônia batalha na Justiça para que a Eletrobras Rondônia cumpra suas obrigações e mantenha um abastecimento de energia no Estado, ao menos dentro dos mínimos parâmetros de qualidade. Ou seja, que, ao cobrar uma das energias mais caras do país, numa terra onde existem três hidrelétricas, duas das quais entre as maiores do mundo, o abastecimento de energia é suspenso seguidamente e, ainda, a energia oscila constante, causando grandes prejuízos ao consumidor. Agora, a Justiça Federal acatou os pedidos da OAB e sentenciou: multa de até 100 mil reais para cada vez que a Eletrobras não cumprir com seu compromisso com seus clientes. A juíza federal substituta Jaís Leite, determinou que a estatal mantenha o fornecimento da energia em corrente contínua e voltagem suficiente para abastecer a rede elétrica em todo o Estado, sem oscilações ou apagões. Não é possível que a situação permaneça como está. O rondoniense vive assustado, com as constantes quedas de energia e com as eternas oscilações dela, mesmo com toda a energia de qualidade que é gerada por aqui. Tomara que a Eletrobras/Ceron cumpra suas obrigações e a decisão judicial. Por que como está, não se suporta mais...
ATAQUE, CONTRA ATAQUE, TRÉPLICA...
Os senadores Ivo Cassol e Acir Gurgacz, que apesar de adversários radicais, estavam se aturando e convivendo, agora partiram para a briga aberta. De novo! Gurgacz diz que quem começou foi o ex governador. O senador do PDT, então, distribuiu um vídeo em que Cassol critica pesadamente um projeto de sua autoria. A denúncia é de que a iniciativa legal foi apenas de interesse próprio de Acir e suas empresas, além de causar prejuízos a mais de 100 mil taxistas, em todo o país, proibindo-os de trabalhar em viagens intermunicipais. Acir não gostou e postou um vídeo nas redes sociais (que obviamente repercutiu em toda a mídia), com ofensas, palavreado duríssimo e ataques pessoais como poucas vezes se viu, contra aquele que é seu principal adversário. Só não chamou Cassol de Santo...Como Cassol não é de ficar calado, a tréplica veio, ainda no final desta sexta. Embora num nível bem menos agressivo, o ex governador voltou a bater duro no seu adversário. O caso pode se transformar numa batalha daquelas, de gente poderosa e ser duradoura. Quem conhece Cassol, sabe que ele não refuga uma boa briga. Enquanto isso, outros concorrentes dos dois ao Governo do Estado estão é gostando da confusão. Até onde isso vai, não se sabe...
OS AVANÇOS COM HILDON
A administração de Hildon Chaves entra, daqui a dois dias, no décimo mês. O que melhorou na cidade, nesse período? Já se sabe que, na essência, ou seja, nas questões mais importantes, mudança zero, até porque para transformações estruturais são necessárias décadas e não meses. Mas há avanços sim. Algumas regiões da Capital estão mais limpas. Há um programa sério de asfaltamento, realizado dentro de um cronograma sério e eficaz. Neste contexto, contudo, a Caerd anda jogando contra o Prefeito: ele manda asfaltar várias ruas da cidade e a empresa abre suas valas e não as fecha, obrigando que o trabalho seja feito todo de novo. Muitos canais que causam inundações, estão sendo limpos, mesmo que a população continua sendo suja. Pouco depois, vai no local da limpeza e joga lixo de novo. Da porta para dentro, Hildon deu uma reorganizada, já que seu antecessor, Mauro Nazif, permitiu que o funcionalismo mandasse e desmandasse no seu governo. Pelo menos nisso, há uma melhora clara. Nas relações com a Câmara, Hildon vai bem, apesar de um ou outro interesse contrariado, que transformam alguns dos eleitos pelo povo em inimigos do poder, se perderem um só carguinho. Enfim, os primeiros meses de governo apontam para avanços importantes. Talvez os resultados concretos, de maior porte, apareçam ao final de dois anos. Esperemos...
EPITÁFIO DA MÍDIA IMPRESSA
Dos principais jornais impressos do Estado, apenas um ainda sobrevive. Nos últimos anos, Rondônia perdeu o Estadão, a Folha de Rondônia e, agora, o Alto Madeira. Ficou ainda, embora com número de páginas bem menor do que nos bons tempos, o Diário da Amazônia. Em todo o mundo, a mídia impressa ou agoniza ou vive seus momentos de pré despedida. Jornalões do país, como a Folha de São Paulo, Estadão, O Globo, Zero Hora, estão cada vez vendendo menos, porque o hábito da leitura se transferiu para a internet e as informações imediatas das TVs. Claro que restará sempre aqui e ali, algum jornal amado por seus leitores. Principalmente os de comunidades pequenas e médias, que são ainda o principal meio de integração dessas sociedades. Mas no geral, os impressos estão indo embora, para sempre. Custam caro, são difíceis de serem gerados, precisam se florestas inteiras para produzir a madeira que vai virar papel e os equipamentos gráficos têm preços proibitivos. Na internet, basta o sujeito não ser totalmente analfabeto e abrir um site ou blog e já se estará fazendo “jornalismo” (ressalvando-se, é claro, todas as justas exceções, que são muitas!). A custo zero. A mídia impressa está escrevendo seus últimos epitáfios...
TENTATIVA DE SUICÍDIO
Eles tentam, tentam e tentam e...nada! É incrível o esforço do jornalismo da Rede Globo em destruir sua própria história, no episódio da luta, até agora totalmente inglória, para derrubar o Presidente Temer. A emissora colocou algumas das melhores cabeças do jornalismo brasileiro e todo o seu prestígio conquistado em pelo menos 50 anos, a serviço de uma esdrúxula tentativa de demonstrar que pode derrubar um Presidente quando quiser. Há quase um ano e meio tenta isso todos os dias, mas, derrubando sim é a audiência dos seus telejornais, porque cada vez menos gente suporta esse tipo de informação ridiculamente parcial. Na primeira denúncia contra Temer já foi assim. A Globo perdeu de goleada. Agora não segunda, a tendência é que seja pior ainda. Lamentavelmente, quem vai perder de novo será o bom, respeitado e imparcial jornalismo. A Globo partiu para um tipo de ação suicida, que a médio e longo prazo pode lhe custar todo o prestígio e respeito conquistado ao longo da sua existência. Lamentável!
O FIM DA VACINAÇÃO
Está oficialmente confirmado o que a coluna comentou, nessa semana: a partir de 2019, o gado rondoniense não será mais vacinado contra a febre aftosa e seremos considerados área livre da doença, sem vacinação. A medida representará uma economia anual de mais de 30 milhões de reais com os custos da vacinação aos pecuaristas e ainda abrirá vários novos mercados para nossa carne, que já é exportada para mais de 40 países. Com o sexto maior rebanho bovino brasileiro – hoje muito perto dos 14 milhões de cabeças- Rondônia passará ao status de estado livre de aftosa sem vacinação, já partir de maio de 2019. Todo rebanho continuará sendo imunizado normalmente, até que o Ministro da Agricultura determine oficialmente o fim da vacinação. A retirada gradual da vacinação, a partir do ano que vem, ocorrerá em 16 operações e 101 ações. O objetivo final, então, é que em 2019 nenhum bovino seja mais vacinado.
PERGUNTINHA
Você acredita que as pesquisas estão realmente retratando a verdade na situação atual, ao divulgarem que o Brasil preferiria ainda ser governado por Dilma Rousseff do que por Michel Temer?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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