RENOVAÇÃO – Concluí em conjunto com o instituto Visão uma pesquisa abrangendo os vinte e dois maiores colégios eleitorais do estado para verificar o humor do eleitor e as probabilidades de cada um dos nossos prováveis candidatos às eleições estaduais de 2018. Embora haja uma repulsa coletiva com a política e seus protagonistas, os números apurados indicam contraditoriamente que a indignação do eleitor rondoniense não afetou de forma fatal nossos parlamentares. Os percentuais tabulados indicam que oitenta por cento da bancada federal retornaria ao Congresso Nacional, caso as eleições fossem hoje.NUVEM – Como já filosofava o ex-senador mineiro Magalhães Pinto, política é como nuvem: você olha ela está de um jeito. Olha de novo e ela mudou. Mesmo com um quadro favorável aos atuais parlamentares – estaduais e federais -, ano que vem tudo pode mudar. Mas não ache o leitor que o eleitor mais indignado deixa de votar num amigo ou por um mero favor de caráter pessoal mesmo sabendo que o candidato não mereça ser eleito. Nuvem carregada mesmo para varrer político ruim só na “literatura” do Facebook.MONITORANDO – Os principais caciques devem estar monitorando a tendência eleitoral e sabem que os números não mentem quando são apurados honestamente. Esta deve ser a razão pela qual o PMDB tenha rifado momentaneamente a pretensão legítima do deputado estadual Maurão de Carvalho. Exceto Cacoal e Andreazza onde pontuou bem melhor que os demais pesquisados, as probabilidades de o deputado suceder o correligionário Confúcio Moura são mínimas.FÊNIX – Para surpresa desse cabeça chata, o dado mais significativo consolidado é o ressurgimento do nome do ex-governador Ivo K-Sol (PP), que aparece em todos os cenários como o mais cotado para o governo. Os percentuais caem apenas quando é incluído o nome de Expedito Júnior (PSDB), entre os candidatos pesquisados. Ainda assim, o pepista com uma pequena vantagem. Na hipótese de K-Sol ficar impedido judicialmente de disputar o pleito, amplia-se o favoritismo em favor do tucano.FORÇA – Na capital – principal colégio eleitoral – nenhum dos prováveis candidatos ao governo bate o atual prefeito Hildon Chaves (PSDB). Em pouco mais de nove meses na administração municipal de Porto Velho, Chaves consegue a proeza de repetir os percentuais que obteve no primeiro turno das eleições municipais passadas. Uma força que vai impulsionar a candidatura tucana ao governo que a convenção homologar.FRAQUEZAS – Campeã de votos em Porto Velho nas eleições estaduais passadas, Mariana Carvalho perdeu musculatura e pontuou ao governo menor do que os percentuais que andaram sendo publicados por aí. Até mesmo para a reeleição de deputada federal, ela perdeu terreno para o deputado estadual Léo Moraes, embora ambos estejam tecnicamente empatados.SURPRESA – Quem surpreende mesmo é o deputado federal Expedito Neto que, em 2014 obteve a menor votação dos eleitos, hoje é o mais bem posicionado entre os atuais deputados federais. O jovem parlamentar pontua em todos os municípios pesquisados. Na maioria está em primeiro lugar. Ele e o deputado federal Marcos Rogério (DEM) são os mais bem postados, com uma ligeira vantagem para Neto. Uma surpresa que confirma os aplausos que o deputado estreante tem colhido pelas posições firmes que tem adotado no Congresso Nacional.COBIÇA – Com duas vagas em disputa para o Senado Federal, esses são os cargos de maior cobiça pelos outsiders de plantão, mas as pesquisas revelam que no cenário atual as probabilidades de mudanças radicais são meras conjecturas dos palpiteiros. Uma pesquisa isenta e bem tabulada comprovará os fatos. Não aquelas que são divulgadas por encomenda na vã tentativa de anabolizar nomes que não possuem respaldo eleitoral.SURFANDO – Caso opte em disputar uma vaga senatorial, o tucano Expedito Júnior tem a possibilidade neste momento de conseguir uma vitória extraordinária. Jr. surfa em geral na onda de todos os cenários, em particular na capital, colégio eleitoral em que sempre obteve resultados ruins.TITÃ - Na segunda vaga, pasmem os incrédulos, vem o atual senador Valdir Raupp (PMDB), seguido de perto pelo pastor Aluízio Vidal (REDE) e, em terceiro, pelo atual governador Confúcio Moura (PMDB). Um quadro que desenha uma disputa bem forte. O diferencial nesta disputa é que Raupp e Moura são profissionais em ganhar campanha e restará a Vidal uma luta desigual para superar esses titãs, já que a Lava Jato e o desgaste natural do segundo mandato não estão sendo capazes de desbancar os dois peemedebistas.INSTABILIDADE – Tecnicamente Moura tem feito um segundo mandato elogiável e melhor que o primeiro, fato que nem os críticos mais responsáveis deixam de reconhecer, inclusive esta coluna. No entanto, as pesquisas não confirmam este reconhecimento junto ao eleitor. Por esta razão K-Sol, seu principal desafeto, está conseguindo se sobressair entre os prováveis candidatos a sucedê-lo. Uma curiosidade que somente uma pesquisa bem-feita é possível de revelar. Contudo, a coluna tem alertado que são cenários feitos nuvem: podem mudar a qualquer momento. E o tempo anda instável para todos.ALCAIDES – A pesquisa aferiu também a popularidade dos prefeitos eleitos ano passado e o eleitor em geral tem aprovado os novos alcaides. Jesualdo Pires (Ji-Paraná), Glaucione Rodrigues (Cacoal) e Hildon Chaves (Porto Velho), são os mais bem avaliados nestas respectivas posições.
PRESIDENTE – O milico Bolsonaro e o ex-presidente Lula dividem atualmente a preferência do eleitorado rondoniense na disputa presidencial. Lula larga com uma boa vantagem na capital e Bolsonaro vira com um desempenho excepcional na preferência do eleitor do interior de Rondônia. Um quadro que pode mudar radicalmente na hipótese de o ex-presidente ficar inabilitado judicialmente em disputar as eleições. Sem Lula no páreo, o milico perde o discurso de lei e ordem, que invariavelmente não diz nada com coisa nenhuma. A boa nova dessa pesquisa é que o eleitor percebeu que a verve ambientalista anteriormente ostentada pela candidata Mariana Silva não passa de uma rede furada.PASSEIO – Quanto aos atuais deputados estaduais, metade teria muita dificuldade em retornar ao cargo caso as eleições fossem hoje. Já para Léo Moraes, Maurão de Carvalho, Jesuíno Boabaid, Rosângela Donadon, Laerte Gomes, Lebrão, Aécio da TV, Dr Niedson, Cleiton Roque e Ribamar Araújo, a reeleição seria um passeio. Nesta ordem.JULGAMENTO - O Supremo Tribunal Federal deverá impedir que uma lei aprovada pelo Congresso Nacional regularizando terras sem critérios justos provoque retrocessos na questão fundiária do país, a lei esta na pauta desta quarta-feira para ser votado na corte suprema. Quem compreende seu conteúdo com o mínimo de isenção verifica que esta lei foi feita sob encomenda do latifúndio que, aliás, tem uma bancada numerosa no Congresso Nacional.
Fonte: Jornalista Robson Oliveira - Porto Velho/RO.
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