Há um câncer na estrutura judicial que precisa ser tratado e, se não houver outra solução, que seja extirpado. A Justiça do Trabalho tem um custo tão absurdo que representa, hoje, o dobro do valor de todas as 3 milhões ações trabalhistas que ali tramitam, pela legislação obsoleta, que vai contra tudo o que se conhece no mundo moderno das relações entre capital e trabalho. Só para se ter ideia do absurdo, o orçamento da Justiça do Trabalho previsto para este ano é de 20 bilhões e 130 milhões de reais. O valor é superior à soma de todas as principais esferas da Justiça brasileira: do Supremo Tribunal Federal (686 milhões de reais); do Superior Tribunal de Justiça (1 bilhão e 410 milhões); da Justiça Federal (11 bilhões e 580 milhões) e até da Justiça Militar, com 530 milhões de reais. A Justiça Eleitoral, com 7 bilhões e 730 milhões também passa longe desses custos doentios. É essa Justiça que inexiste em outros países, a causadora de uma gastança sem fim; dos gastos com prédios suntuosos e ineficientes, com corrupção gritante (alguém aí já esqueceu do megaladrão, o Juiz Lalau?); com supersalários; com causas trabalhistas vergonhosas, onde apenas recentemente as mentiras assacadas por trabalhadores malandros começaram a ser punidas. É uma sucessão de absurdos e feitos que extrapolam qualquer razoabilidade. No ano passado, quando o hoje prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior ainda era deputado federal, ele levou ao plenário um número assustador: o custo da Justiça do Trabalho era então de 18 bilhões de reais. Todas as causas que estavam para serem julgadas, custariam 8 bilhões. Ou seja, a Justiça custou o dobro do valor de todas as causas somadas no Brasil inteiro.
A microreforma reforma trabalhista (um verdadeiro “puxadinho!”) que começa a valer a partir de 13 de novembro, lamentavelmente, não tocou nesse santuário ao desperdício e à inutilidade. Embora seja um pequeníssimo avanço, o fato de que as negociações entre patrões e empregados serem considerados acima de decisões judiciais, a JT se manterá como um elefante branco, suntuoso, caríssimo e desnecessário, para abrigar egos e encher bolsos, com uma gastança inominável, enquanto outros setores do Judiciário perdem recursos a cada ano. A Justiça comum, por exemplo, tem 100 milhões de processos para julgar, um para cada dois brasileiros. E o custo dela não é nem perto da Justiça Trabalhista, esse acinte antidemocrático, que ajuda a destruir a economia do país e dá base para a falta de emprego. São 20 bilhões jogados fora, no país das injustiças e da República Sindicalista, que ainda sobrevive. Até quando?
O DURO ATAQUE DE GURGACZ
Poucas vezes se viu um ataque tão virulento na política rondoniense, como o que o senador Acir Gurgacz, inimigo político de Ivo Cassol, praticou ontem, num vídeo divulgado nas redes sociais, contra seu colega de bancada federal e de Senado. Cassol havia criticado Gurgacz sobre uma questão envolvendo taxistas, acusando o representante do PDT de ser contra a categoria. Embora tenha falado com dureza, Cassol não ofendeu pessoalmente seu adversário, pelo menos no que foi divulgado na mídia e nas redes sociais. Não se sabe o que poderia ter acontecido nos bastidores. Dois dias depois, veio a resposta do homem da Eucatur: o vídeo que ele postou é uma sucessão de duríssimos ataques a Cassol, com ofensas como poucas vezes se viu no debate político, entre representantes do Estado no Congresso Nacional. Como se sabe que Cassol não leva desaforo para Casa, a tendência é que a discussão pública acabe ficando ainda mais agressiva. Como pano de fundo, está a disputa pelo Governo do Estado em 2018. Os dois estão se preparando para concorrer à sucessão de Confúcio Moura. Se o nível do debate for esse, pode-se esperar que a coisa vai ficar muito pior, daqui para a frente.
FOI PARA O LIXO
Não poderia ter sido outra a decisão do STF, em relação a uma denúncia absurda, contra a posse do reitor da Unir, o professor doutor Ari Ott. Dentro da Universidade, um pequeno grupo opositor, liderado pelo professor Fabrício de Almeida, tentava anular o ato do Presidente Temer, que nomeou Ari como reitor, no ano passado. Foram longos meses de tentativas do grupo, sem qualquer êxito. Todas as ações foram perdidas e todos os recursos não aceitos. No último, o ministro Dias Tóffoli não só decidiu favorável à manutenção do Magnifico Reitor, como ainda determinou que o processo fosse arquivado. As Universidades estatais brasileiras estão tomadas por grupos políticos, que vivem no entorno da política e não dos interesses maiores das instituições. Não é diferente o que ocorre na Unir. Ari Ott é considerado um dos mais atuantes reitores do país, tem feito um trabalho de qualidade e, ao mesmo tempo, tem que enfrentar opositores descontentes, entre os que, certamente, não têm espaço para ditar os caminhos da instituição de ensino superior. O grupo, agora, pode tentar outros caminhos. Esse, fajuto, está jogado no lixo do STF.
FOLLADOR, O MAIS VOTADO
Eleito para um segundo mandato com o dobro da votação do primeiro (saltou de perto de 9 mil para 19 mil votos), o deputado Adelino Follador é um dos destaques da atual legislatura, na Assembleia Legislativa. Ele vai tentar pela terceira vez manter-se na cadeira estadual, enquanto seu filho Lucas, atual vice prefeito de Ariquemes, concorrerá à Câmara Federal. Follador fala de seu mandato, das questões mais complexas que envolvem sua região, a Grande Ariquemes, sobre o futuro de Rondônia, sobre assuntos como o fim da vacinação contra a febre aftosa no gado de Rondônia e muitos outros temas, em entrevista a Sérgio Pires, neste sábado, a partir das 11h30 da manhã. Vai ao ar pela Record News Rondônia/SICTV, Canal 31, pela TV aberta; pela SKY, Canal 331 e pela Claro TV, Canal 441.1. Já neste domingo, você assiste na íntegra o bate papo, no site Gente de Opinião e, durante a semana, em outros sites de notícias do Estado.
A QUESTÃO AÉCIO NEVES
A quinta-feira foi de debates, discussões, polêmicas sobre a decisão do STF de afastar Aécio Neves do Senado e proibi-lo de sair de casa. A questão envolveu opiniões das mais respeitados no meio jurídico nacional, a maioria, aliás, questionando se os ministros do Supremo não teriam ferido a Constituição, ao criar uma pena que equivaleria a uma pena de prisão, o que, no caso, não poderia ter sido determinada. Incrível como o mundo jurídico debate questões como essas, defendendo preceitos e direitos dos suspeitos ou denunciados. Claro que a coluna nem vai entrar nessa seara, por absoluta falta de conhecimento jurídico. O que se pode questionar, contudo, é sobre o senador. Ora, se ele não tivesse cometido falcatruas; se não tivesse sido gravado pedindo dinheiro – 2 milhões de reais – a um criminoso; se estivesse defendendo o povo brasileiro, para o que foi eleito e não o próprio bolso, certamente não seria passível de passar mais uma vez, toda essa vergonha. Ídolo, quase Presidente eleito, nome respeitado em toda a Nação, Aécio deixou-se levar pelo amor ao dinheiro sujo. Sobre essa vergonha que ele impôs ao país e principalmente aos seus eleitores, certamente não há debate nem discussão.
MAURÃO QUER VOAR MAIS ALTO
O deputado Maurão de Carvalho gostou do Poder. Como presidente da Assembleia, ele pode decidir sim, mas tem que repartir suas ideias e posições com outros 23 parlamentares, que têm o mesmo poder de voto que ele. No Executivo, tudo é diferente. É o chefe quem manda e decide, que contrata e que demite, que manda fazer e manda desfazer. Governador por menos de uma semana, com as viagens de Confúcio Moura e Daniel Pereira ao exterior, Maurão aproveitou cada momento para mostrar que está preparado para o desafio de governar o Estado. Sua pré candidatura à sucessão de Confúcio se consolidou ainda mais, nesse curto espaço de tempo. Apoiando pela turma palaciana e pelo comando do seu partido, o PMDB, ele se firma como o principal nome da poderosa sigla, como o pré candidato em 2017. Maurão vai enfrentar nas urnas pesos pesados como Acir Gurgacz e provavelmente Ivo Cassol, de quem já foi aliado, afora muitos outros que virão, daqui para a frente. Duas vezes Prefeito e cinco vezes deputado, Maurão agora quer voar mais alto. Por isso está se esforçando tanto em se apresentar como nome viável ante o eleitorado rondoniense.
ADEUS A JOÃO TAVARES
Poucos dias antes do fechamento definitivo do centenário Jornal Alto Madeira, um dos seus mais antigos colaboradores não esperou o triste desfecho e se despediu da vida. Morreu esta semana o jornalista João Tavares Pinheiro, deixando atrás de si uma longa história de serviços prestados ao jornalismo da terra. Rondoniense, desde menino ele se apaixonou pela profissão, que exerceu durante várias décadas. Já envelhecido e adoentado, mesmo assim João Tavares não deixava de percorrer os caminhos que o levavam à Redação do Alto Madeira, até recentemente. O jornalista Lúcio Albuquerque, último editor do AM, registrou, num texto criativo e cheio de lembranças, não só a rica história de João Tavares, misturando-a com a de vários outros personagens do jornalismo e da política local que já se foram. João deixa entristecida toda a classe dos jornalistas rondonienses, que o acompanharam durante toda uma trajetória de vida, dedicada à mídia impressa. Que, aliás, está morrendo com ele!
PERGUNTINHA
Quando será que todas as obras abandonadas em Porto Velho, que são quase três centenas, serão enfim concluídas e entregues à tão necessitada população desta Cidade tão cheia de deficiências?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires - Porto Velho/RO.
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