Enquanto as autoridades da segurança andam correndo atrás do próprio rabo, tentando achar uma saída para a guerra civil que o crime organizado decretou contra o Brasil do bem, os bandidos morrem de rir. Ficam ouvindo discursos sobre “direitos humanos dos presos”; sobre um tal de “desencarceramento” e outros coisas nesse nível e, lá de dentro das cadeias, ignoram tanta besteira emanada de quem deveria resolver o problema: eles simplesmente mandam e desmandam no crime aqui fora. São práticos. Não discursam. Não ficam inventando “direitos”. Não dão bola para os que defendem o indefensável. Simplesmente, quando querem mandar matar, mandam matar e pronto. Quando querem organizar um grande assalto, um confronto com adversários; quando querem mandar executar policiais ou qualquer outro que se interpuser em seu caminho, dão as ordens. E elas são cumpridas. Por isso, só os ingênuos de sempre, para não dizer coisa pior, imaginam que os tais presídios de segurança máxima proibiriam os chefões do crime a se comunicarem e darem seus comandos. De onde vêm as ordens que culminaram com a morte de mais de uma centena de policiais no Rio de Janeiro, apenas esse ano? Do extermínio de adversários, nas ruas das grandes cidades? Ou das ações coordenadas de ataques a quartéis, ônibus, delegacias, como aconteceu recentemente em Santa Catarina? Ou ainda, de onde saiu a ordem para a guerra que está acontecendo agora na Favela (ops: Comunidade!) da Rocinha, no Rio? Claro que todo o comando é dado de dentro das cadeias. No caso da Rocinha, a ordem saiu aqui mesmo do Presídio Federal de Porto Velho, dada pelo chefão Nem da Rocinha, que aqui está preso. Ele confronta seu antes aliado Rogério 157, um criminoso temido, que está livre, leve e solto, por decisão judicial.
Que fique bem claro: o discurso ufanista de “recuperação de presos” é deles, nossas lídimas autoridades. Mas o sangue que escorre nas ruas é o nosso. Eles decoram seus discursos cheios de soluções que penalizam a sociedade e protegem os bandidos com o vermelho do nosso sangue. Discursam e nada resolvem, pelo menos para nós, vítimas de todos os tipos de crimes, incluindo os de absurda crueldade. Querem combater esse tipo de bandidos violentos e irrecuperáveis com frases de efeito. Talvez mudem de ideia, quando o crime sair das ruas e invadir a casas deles. Daí veremos se continuarão com a defesa intransigente de teorias de que “coitados, não tiveram oportunidade na vida!” ou “são vítimas da sociedade” e outras baboseiras que ouvimos todos os dias. Até lá, continuamos regando o discurso deles com nossas lágrimas....(Sérgio Pires)
SENTIMENTOS AMORTECIDOS
Nos principais sites de notícias da Capital (mas também nos do interior), ao menos sete entre dez das principais notícias são da área policial ou ligada a algum tipo de violência. É o noticiário com maior acesso, o que, nos jornais impressos de antigamente, se dizia que eram os fatos mais lidos daquela edição. Há aqui e ali alguma informação política, outra de alguma novidade na economia, aqui e acolá algo sobre esportes e evolução humana. Mas, na grande maioria das vezes, o destaque é para o arsenal de crimes, brutalidades, crueldade, mortos, feridos, acidentados, assaltados, violentados. O Brasil entrou num processo de perda da sensibilidade para quase todos os tipos de crimes, incluindo os que destroem a vida de crianças, idosos, aleijados. Fazem protestos, eventualmente, quando a violência atinge algum gay, porque é politicamente correto fazê-lo. Mas estamos ficando imunes às tragédias diárias que acabam com vidas e arrasam famílias inteiras, para sempre. A guerra civil no Rio de Janeiro já nem entra mais nas nossas prioridades de informação, tão comum são os tiroteios e os corpos jogados nas ruas. Perdemos 100 mil brasileiros por ano, assassinados ou mortos no trânsito. Uma Porto Velho a cada cinco anos. E não nos desesperamos mais. Muito menos nossas autoridades, que tratam tudo isso como se fosse a coisa mais normal do mundo. Trágico!
ROCHILMER BATE DURO!
Um dos advogados mais respeitados de Rondônia (é nome que pode entrar na disputa pelo comando da OAB, em breve), Rochilmer Mello da Rocha Filho publicou duro artigo, essa semana, contra algumas “liberalidades” que têm sido praticadas em ações contra a corrupção, o que ele diz ser louvável, mas, ao mesmo tempo, com claro desrespeito aos princípios constitucionais. Vale a pena ler o artigo “O combate à corrupção não pode ser travado com sacrifício aos princípios constitucionais”, em que ele aborda o complexo tema. Rochilmer promete voltar ao assunto, comentando mais algumas nuances do tema que tem causado grande debate nacional. Escreve a certa altura do texto: “é óbvio, que não há operação justa e/ou correta desenvolvida ao arrepio da lei. E são exatamente sobre essas manobras equivocadas a que me oponho”. O tema é realmente complexo e tem merecido, da classe dos advogados e de parte da sociedade, uma profunda reflexão sobre até onde vai o poder do MP, em suas investigações e ações e o que é ou não Constitucional. Rochilmer bate duro. Não deixe de ler...
GUERRA AO IBGE
O censo do IBGE diz que várias cidades rondonienses encolheram, em termos de população, entre 2011 e 2017. A Associação dos Municípios do Estado, a Arom, que representa os prefeitos, protestou com veemência. Não aceita esses números e muito menos os de cidades que, em seis anos, teriam tido crescimento praticamente zerado. Pelo censo, Cabixi, por exemplo, teria tido um aumento de apenas três habitantes, nesse período. E Presidente Médici teria quase 900 habitantes a menos hoje do que no início da década, enquanto o número de residências, por exemplo, aumentou em mais de 11 por cento nesse período. Como o IBGE explicaria esse tão significativo contraste? Alta Floresta, Alvorada, Jorge Teixeira, Candeias do Jamari, Mirante da Serra e várias outras comunidades, em que o IBGE detectou diminuição de moradores, são cidades que contestam os dados também. Como pano de fundo desse debate, a perda de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) pela diminuição da população. É coisa séria, que precisa ser corrigida.
O PT COMEÇA A MURCHAR
De um lado, o PT quer expulsar um dos seus principais líderes de todos os tempos, o ex ministro Antônio Palocci, porque ele está negociando uma delação premiada da qual já deu algumas dicas, envolvendo o ex Presidente Lula na roubalheira que o partido impôs ao país, junto com seus aliados (o PMDB também, é claro!) e de outro, em alguns diretórios, o partido evita aceitar tantos pedidos de desligamento. O fato mais notório aconteceu essa semana em Campo Grande, no Mato Grosso, onde mais de 350 pedidos de desfiliação foram apresentados num só dia. Para não ter que receber tanta gente e todos os pedidos ao mesmo tempo, a secretaria do PT fechou a portas, ao menos até que as coisas amenizem. Em Rondônia, o número de filiados do partido também está diminuindo, apesar dos esforços de algumas lideranças, como o novo presidente regional, o deputado Lazinho a |Letargo, tentar manter o maior número possível de membros da sigla. A vida não está fácil nem para o PT e nem para os demais partidos mais à esquerda. Depois de três décadas influindo diretamente na política do país e metade desse tempo no comando, o PT começa a murchar.
SAÚDE E TRANSPORTE ESCOLAR
Não há como negar alguns avanços concretos, conquistados pela administração Hildon Chaves, em pouco mais de oito meses e meio. Até que esse avanço não foi tão difícil, até porque o governo Mauro Nazif foi muito aquém do que se esperava e, depois dele, qualquer coisa além do mínimo já daria bons frutos. Há muitas obras em andamento na Capital; há limpeza nos bairros; melhorou a iluminação pública; algumas obras importantes começam a ser entregues, como os viadutos sobre a BR, que embora sejam ações federais, teve o empenho direito de Chaves para que andassem rapidamente. Há melhoras reais? Há sim. Mas o Prefeito ainda não conseguiu resolver duas questões essenciais. Uma extremamente complexa. A da saúde pública, que é enxugar gelo, mas pelo menos algumas medidas já poderiam ter sido tomadas para melhorar o que está muito ruim. O outro é da área da educação. Estamos em setembro e há centenas e centenas de crianças em Porto Velho sem aula, principalmente nos distritos, por falta de transporte escolar. Tem que resolver. E já!
ECONOMIA DE 20 MILHÕES DE REAIS
A energia solar é o futuro! Pelo menos para diminuir em muito os custos da energia elétrica para os cofres públicos. O presidente da Assembleia, deputado Maurão de Carvalho, é um entusiasta da iniciativa. A ponto de estar preparando uma estratégia para que a energia fornecida no novo prédio da instituição, que começa a ser ocupado no primeiro trimestre do ano que vem, seja gerada pelo sol. Mas Maurão quer ir mais longe: ele acha que o projeto de energia solar, que deverá ser implantado no novo prédio do Legislativo Estadual, seja um modelo que possa ser utilizado pelas mais de 400 escolas estaduais de Rondônia. A ideia é que as escolas possam ter placas de captação de energia solar. Além de ser energia limpa e barata, a medida reduziria em pelo menos 20 milhões de reais ao ano os valores que o Estado paga pelo consumo atual nos seus educandários. Maurão esteve em São Paulo, conhecendo mais detalhes sobre as pesquisas e avanços nesse tipo de instalações elétricas e voltou entusiasmado com a ideia. Técnicos paulistas já vieram a Rondônia, conhecer o novo prédio da Assembleia, para prepará-lo para receber a futura estrutura de energia solar.
PERGUNTINHA
Vai passar, na Câmara Federal, a aprovação para que o Presidente Michel Temer seja investigado na segunda denúncia que o agora ex procurador Rodrigo Janot apresentou contra ele, pouco antes de se despedir do cargo?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires - Porto Velho / RO.
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