Desde pequena, lá em Salvador, Bahia, que meu sonho era ser jornalista. A Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no Câmpus de João Pessoa, onde morei por doze anos, me deu a oportunidade de ser Relações Públicas e Jornalista, além de um mestrado em Ciência da Informação. Mas, lá, em João Pessoa, aprendi muito mais do que as técnicas jornalísticas. Aprendi a compreender o indizível, apenas pelo olhar mais apurado de tudo que nos rodeia. E, para isso, contei com a ajuda de grandes mestres/nomes do jornalismo paraibano. Vou ser teimosa e talvez um pouco ingrata ao citar alguns nomes de seres preciosos para minha existência como jornalista. Vamos lá, Prof. Dr. Luiz Custódio, Prof. Dr. Carmélio Reynaldo, Prof. Dr. Silvino; uma pessoa admirável, Lourdinha Dantas, também minha professora na UFPB. Nossa, fui muito especial para Deus (olha, o ego inflado, aí, gente...) porque tive a oportunidade de conviver com mestres e doutores da arte de ensinar jornalismo. Especial mesmo, quando ainda me deparei em um estágio na Assessoria de Comunicação do INCRA-PB e conheci àquele que seria meu mentor na arte de assessorar, Joanildo Mendes, jornalista dos bons e um ser que mudou muito minha vida profissional para melhor. A todos, inclusive aqueles que amo muito e acabei não citando, meu muito obrigada. Ah! Que coisa feia, pensando que não iria citar seu nome na minha pequena lista de jornalistas que amo muito e admiro de paixão. É óbvio que não, porque você é inesquecível. Evandro da Nóbrega, considerado um dos mais brilhantes da área jornalística; ser humano simples e avesso às vaidades, apesar de seu elevado nível intelectual, cultural, linguístico, tecnológico e muito mais. Entretanto, com alto nível de credibilidade na imprensa paraibana, daquele tipo de jornalista que pensamos nunca alcançar, em uma simples estudante de jornalismo, às vésperas de concluir minha graduação, nos encontramos em meio a tantos outros jornalistas e, desde então, você é parte imensurável em minha vida. Evandro da Nóbrega você não apenas me ensinou a arte de ser jornalista, mas, sobretudo, a divina arte de viver e fazer a diferença no jornalismo e na vida das pessoas; Por ser um profissional completo e dinâmico, você me ensinou o compromisso com a ética, a isenção no fazer jornalístico e o estímulo e preservação ao direito à informação e ao conhecimento. Você conseguiu ir bem mais além: não desiste nunca de mim. Sempre me faz sentir-me um ser humano melhor. Você é o que de melhor existe no jornalismo brasileiro, quiçá do mundo, pelo seu amor e dedicação à profissão, além da extrema sabedoria em perceber o que aflige o coração e alma humana. Vamos seguir. Neste espaço, antes de finalizar não posso deixar de cumprimentar a todos meus colegas de imprensa em Rondonópolis. E, lá se vão quinze anos de Rondonópolis. Aqui, conquistei amigos indeléveis e excepcionais colegas de jornalismo. Não me peçam para citar nomes, seria uma lista extensa. Mas, me permitam agradecer a todos vocês e a todos os órgãos de imprensa, os quais tenho orgulho de trabalhar, trocar experiências muito mais do que pautas. Finalizo com o significado de ser jornalista por Gabriel Garcia Marquez, um dos meus autores preferidos: “Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade. Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte”. Parabéns a todos nós, hoje, no Dia do Jornalista, por fazer da nossa profissão, o nosso ofício e a arte de bem fazer e bem viver. Edileusa Pena
Fonte: Edileusa Pena – jornalista graduada e por paixão. Ser jornalista é coisa difícil, mesmo para os tarimbados. A mim, me parece ser o mesmo que ser professor de multidões. Mas, o amor ao ofício tudo compensa.
Pos-doutoranda da USP e pesquisadora associada do NACE-Escola do Futuro/USP
Professora Adjunto III do curso de Biblioteconomia
Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
Campus de Rondonópolis - Mato Grosso - MT
Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
Campus de Rondonópolis - Mato Grosso - MT
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