Módulo de potência e computador bastam para melhorar a performance do motor sem alterar as peças originais
Os módulos suplementares, também conhecidos como módulos de potência, hoje são mais famosos pelas marcas que carregam: Rapid Bike (único com importador oficial), Power Commander e Bazzaz. São a maneira mais simples de elevar a potência, sem a necessidade de troca e alteração de componentes, ou mesmo a desmontagem do motor. Sua principal função é dar acesso à programação da central eletrônica da moto (ECU), permitindo alterar parâmetros como a quantidade de combustível que entra nos cilindros, limite de rotações, ponto de ignição, controle de tração e freio motor, entre outros. Além de permitir a reprogramação dos ajustes eletrônicos alguns módulos também permitem deixar mais de um mapa pronto para ser usado conforme a situação, bastando selecioná-lo no display do equipamento.
A maioria dos usuários de módulos quer aumentar a performance do motor, mas também há os que buscam uma “tropicalização” mais refinada para a qualidade de nossa gasolina com até 27% de etanol. Sentimos claramente em nossos testes a falta de cuidado de algumas marcas com a reprogramação eletrônica e adequação mecânica ao combustível, o que podemos afirmar porque andamos em grande parte dos modelos também no exterior, antes da chegada ao país, e percebemos que o funcionamento suave nem sempre se repete aqui. Nestes casos, os módulos suplementares podem salvar o prazer de andar com a motocicleta e às vezes até conciliar potência e racionalização do consumo de forma mais eficiente.
Para instalar um módulo é necessário trocar o chicote elétrico original pelo que acompanha o aparelho. Este novo chicote capta dados dos sensores e altera as informações enviadas à ECU ou os comandos dela para os atuadores, como os bicos injetores de combustível. A ECU original continua comandando os atuadores, mas baseada agora nas novas informações enviadas pelo módulo adicional, que “engana” o de fábrica ao interferir para conseguir os novos ajustes, como do tempo de injeção de combustível pelos bicos.
Alguns exemplos dos muitos sensores espalhados pela moto são os de posição do acelerador, temperaturas do ar admitido e do líquido de arrefecimento do motor, posição das borboletas, pressão no coletor de admissão, oxigênio na mistura ar/combustível, rotações do motor e marcha engatada. Com todas as informações coletadas o preparador especializado pode ajustar as respostas do motor às características desejadas pelo piloto, de acordo com a pista ou estilo de pilotagem. Também pode retardar o limitador de rotações favorecendo, por exemplo, o encurtamento da relação final para pistas mais travadas. Os módulos mais sofisticados atuam até no controle de tração, freio motor e câmbio rápido (quick shift).
Outro grande benefício, este específico do Rapid Bike, é a manutenção da originalidade da moto e facilidade de aproveitamento quando se troca de motocicleta, bastando para isso comprar um novo chicote específico para o modelo que acaba de entrar na garagem e reinstalar o equipamento. É importante alertar que os procedimentos são delicados e é difícil acertar todos os parâmetros para funcionarem bem em conjunto, deixando o comportamento da moto “redondo” e seguro contra danos mecânicos. Por isso implica em perda de garantia (se ainda estiver válida) e é preciso contar com a assistência de um profissional. O custo do equipamento varia de cerca de R$ 1 mil a R$ 3 mil, dependendo dos recursos, e pode ser encontrado para a maioria dos modelos de motos vendidos nos mercados internacionais a partir de 300cc.
Fonte: Revista Duas Rodas.
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