OS VENDILHÕES DE SEMPRE CONTINUAM SE VENDENDO
Quando Zé Dirceu criou o Mensalão, seu raciocínio e o de seus companheiros era simples: muitos vendilhões que compunham o Congresso, pouco se importavam com o país, mas só com seus próprios bolsos e com o poder. Deu errado, porque no enredo inicial, ninguém imaginaria que Roberto Jeferson abriria a boca e contaria tudo, até se auto incriminando. Nesse final de semana, o caso Mensalão voltou com força, agora com aval aberto e público do Planalto, via compra clara de votos de deputados sem caráter, que negociam a alma para receberem alguns tostões e alguma esmola de poder. Claro que esse raciocínio não vale para todos. Incluindo os muitos que, por convicção e ideologia, continuarão ao lado do PT, de Dilma e de Lula, não importa o que ocorra. O que revolta os brasileiros decentes é a compra e venda aberta de votos, em que os corruptos de sempre se vendem para os corruptores de sempre, sem que haja qualquer reação contra essa ação vergonhosa. Um ex Presidente, instalado num hotel de Brasília, teria carta branca para negociar qualquer coisa, desde que o parlamentar que “converse” com ele, se alie aos que são contra o impeachment.
Nessas alturas do campeonato, a Presidente e sua “cumpanheirada”, deveriam sair, pelo bem do Brasil, dos sonhos que ainda são sonhados, de alguma chance de haver salvação para nossa economia, destruída por essa gente despreparada, que ganhou uma eleição na base da mentira e quer se manter no Poder por ela, a mentira, somada a compra de votos de gente que foi colocada no Congresso como esperança dos seus eleitores e que agora os envergonham. Se Dilma cair, ainda há chance para essa geração de brasileiros. Se não cair,entregaremos nosso futuro a esses corruptos, amigos de corruptos e os que se adonaram do nosso pais. Estamos mesmo ferrados!
CAPIXABA E SEUS ELEITORES - O líder da bancada federal, deputado Nilton Capixaba, ficou muito em dúvida sobre a questão do impeachment. Em muitos momentos, ele colocou na balança que poderia haver risco de Rondônia perder recursos federais. Mas bastou uma viagem por seu Estado para se definir. Capixaba praticamente não ouviu pedidos para que Dona Dilma se mantenha no comando do país. Quando chegou a conclusão de que, para continuar ao lado do governo, teria que praticamente brigar com seu eleitorado, ele foi direto ao ponto: vai votar a favor da saída da Presidente. Ele gravou um vídeo para as redes sociais, reproduzido inclusive na SICTV, dizendo que vai dizer sim pelo impeachment.
O ÚLTIMO VOTO - O deputado Luiz Cláudio, do PR, até a noite desse sábado, era o único parlamentar rondoniense a não informar publicamente sobre seu voto em relação ao impeachment de Dilma Rousseff. Todos os demais membros da banda federal, na Câmara, já tinham vindo a público para confirmar que votarão contra a Presidente. Luiz Cláudio ainda dependia do seu partido, que ameaçava fechar questão para apoiar Dilma, mas, preferiu não informar nada ao seu eleitorado. Só se saberá da posição dele, na hora da votação, que é aberta e, portanto, terá que ser muito clara. Dos onze votos da bancada no Congresso, há a dúvida sobre Luiz Cláudio e a certeza de que Acir Gurgacz vai com Dilma. Os outros nove estão a favor, mas do impeachment. Nas redes sociais, a assessoria de Acir divulga que ele ainda está ”indeciso”...
O MAIS JOVEM - Nesta sexta de manhã cedo, com a Câmara Federal lotada, o processo começou. Vários parlamentares eram, procurados pelas emissoras de TV,principalmente, para falarem sobre suas posições no processo. Os rondonienses também falaram claramente sobre como irão votar neste domingo. Expedito Júnior, por exemplo, ao falar para a TV do seu partido, o PSDD, repetiu novamente que há muito tempo se decidira pelo impeachment. O mais jovem parlamentar da bancada rondoniense foi um dos primeiros a vir a público, para marcar posição. O primeiro foi o peemedebista Lúcio Mosquini.
CADA VEZ MAIS LONGE... - Mariana Carvalho conseguiu se destacar nacionalmente, durante a Comissão do Impeachment, mesmo não sendo titular. Um discurso que fez, denunciando como golpe o que o PT está fazendo contra o Brasil, foi um dos grandes momentos da tumultuada comissão. A deputada tucana solidifica uma posição de destacada não só entre as mulheres na Câmara, mas também como uma novidade muito positiva, em nível nacional, para os novos ares da política brasileira. Quanto mais Mariana se destaca em Brasília, mais longe fica do sonho dos seus companheiros do PSDB local de sair candidatura à Prefeitura de Porto Velho.
A DIFÍCIL DECISÃO - De todos os membros da bancada rondoniense, o voto mais difícil, sem dúvida, será o da deputada Marinha Raupp. Amiga pessoal da Presidente Dilma, com quem falava várias vezes por telefone e de quem ouvia sempre muitos elogios por sua atuação, na batalha por mais recursos para Rondônia, Marinha, se dependesse apenas do seu desejo pessoal, não votaria pelo impeachment. Mas, partidária fiel e seguindo a orientação do comando do PMDB, ela optou por votar pela saída da sua amiga. At´[e porque, em casa, também recebeu pedido para seguir o que pede o comando partidário. Do seu marido, o senador Valdir Raupp, que quer o impeachment.
PERGUNTINHA - Será que no fim desse Domingo, os brasileiros em sua grande maioria vão estar comemorando ou enrolando a sua bandeira da esperança em dias melhores?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires - Porto Velho/RO.
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