A violência tem que ser repudiada. Todos aqueles que a defendem devem ter o desprezo da sociedade democrática. As leis têm que ser iguais para todos e o uso da força deve ser punida de forma exemplar. Por isso, não se pode ignorar o perigo que vivemos, acerca da questão agrária em Rondônia, com conflitos se acentuando, inclusive com incentivo de grupos sem terras, armados e treinados em táticas de guerrilha, contra gente armada e também violenta contratada para defender as propriedades. Os dois lados têm que ser contidos. O problema é quando entram em campo forças políticas irresponsáveis, que criam versões espúrias e parciais, que só servem para colocar mais gasolina no fogo. Políticos malandros, falando meias verdades, dizem que são os pobres coitados dos sem terras as vítimas. Claro que não dizem que muitos, principalmente os líderes, invasores profissionais, já ganharam terra três, quatro vezes, a vendem e depois entram de novo no movimento, para faturar mais e de novo. Já os mais pobres, os miseráveis, desesperada por uma chance na vida, são arrastados pela liderança dos movimentos violentos, como massa de manobra.
Nessa semana, foi feito um alerta sobre riscos de conflito em acampamentos do MST (olha o nome: Acampamento Hugo Chávez!), próximo a Fazenda Nova Vida. Denuncia-se pistoleiros, que atacaram os sem terra. Mas não há nenhum alerta sobre os invasores, que querem entrar numa fazenda produtiva, embora neguem e digam que estavam acampados numa área federal, como se essa ingênua informação merecesse crédito. A verdade é que tem que prender todos os pistoleiros, mas também todos os sem terras e os falsos sem terra que andam armados e pregam a violência. Nesse país, embora muitas vezes não pareça, a lei tem que ser para todos. Criminoso é criminoso, não importa de que lado esteja e que ideologia siga.
TORCIDA PELA DESGRAÇA - O presidente regional do PT, o ex Padre Ton, publicou nas redes sociais alerta sobre possíveis conflitos na área perto da Nova Vida. Para ele, os sem terra do acampamento Hugo Chávez é tudo gente boa, desarmada, sem qualquer intenção de invadir propriedades alheias. Tudo gente da paz. Claro que é uma ironia. Mesmo assim, tem que se protestar contra ataques de pistoleiros, o que obrigou as famílias acampadas a se retirarem e irem para um ginásio de esportes em Ariquemes. As autoridades da segurança tem que agir com dureza, contra quem anda armado e atacando quem quer que seja. Violência não, embora muita gente que vive dessa desgraça no campo torça para que ela aconteça.
MUITA CALMA NESSA HORA - Comemora-se, entre autoridades rondonienses e do Amazonas, a decisão da presidente do Ibama, Marilene Ramos, de conceder a licença ambiental para a continuação da sobras da BR 319, que liga Porto Velho a Manaus. É bom ter calma. Nesse país, uma decisão de algum órgão de governo só é válida se o Ministério Público, o Tribunal de Contas e a torcida do Flamengo estiverem de acordo. Qualquer um que tenha crachá pode interromper uma obra federal, estadual ou municipal a qualquer momento. Portanto, sugere-se muita cautela. Só depois que a obra recomeçar e estiver andando alguns meses é que se pode finalmente comemorar a ligação asfáltica entre as duas capitais. Antes, é coisa de otimista exagerado..
GUERRA CIVIL - Na guerra civil do Rio de Janeiro, que já vai para duas décadas, sempre com a vitória dos traficantes (ressalvadas algumas pouquíssimas exceções), as populações das favelas já aceitaram serem comandadas pelas leis do crime. Quem tem coragem de denunciar o tráfico é morto. O Estado, totalmente ausente, permite que muitos milhares de brasileiros vivam sob o tacão da bandidagem. Quando em algum confronto entre a Polícia e o tráfico algum inocente morre, a população se revolta contra a Polícia. Porque sabe que ao se revoltar contra os bandidos, decreta a sentenças de morte para si, suas famílias e até o risco de extermínio da comunidade. Deu pra entender?
CONFÚCIO SÓ OUVE - Há um clima de hostilidade, dentro do Governo, contra a superintendente de gestão patrimonial, Isis Queiroz. Não fosse seu jeito diferente de lidar com questões complexas, o governador Confúcio Moura já teria defenestrado dona Isis há muito tempo. Não há semana em que algum secretário ou assessor muito próximo ao Governador não vá a ele pedir a cabeça da poderosa superintendente. Confúcio ouve, ouve, ouve, mas não mexe no SUGESP. O diretor anterior, Valdo Alves, é lembrado seguidamente. Nos tempos dele, alegam até secretários poderosos, havia diálogo e entendimento. Com dona Isis, dizem as más (e boas ) línguas, não tem entendimento. Confúcio continua só ouvindo....
“O MAL TEMPO” - Não dá para aguentar mais tanta agressão à Língua Portuguesa. Os semi analfabetos que abundam nas redes sociais e até pessoas com formação superior, agridem a língua mãe de forma doentia. Muitos por preguiça de ler um pouco. Outros, incluindo profissionais da escrita, vivem publicando asneiras grotescas. Há os que não conseguem fazer, numa frase, que o sujeito, o verbo e o objeto direto concordem. Mas quem escreve “a cinco anos”,ou “ele teve um mau súbito” ou “ o mal tempo chegou à cidade!”, daí já é demais. Para ensinar aos que querem acabar com nossa Língua: o tempo passado, não importa em que circunstância, é sempre com H. Ou seja, há um minuto; há séculos; há 32 segundos. O futuro, sempre Sem H: daqui a cinco minutos; daqui a cinco anos. Em breve, novas regrinhas simples de graça!.
PERGUNTINHA - Se a proposta do senador Valdir Raupp de antecipação da eleição presidencial para outubro desse ano fosse aprovada, em quem você votaria para substituir Dilma Rousseff?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO
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