Apesar de todas as obstruções possíveis e imagináveis e da liberação de emendas e troca de cargos públicos por votos, o plenário da Câmara Federal resolveu, na noite de domingo, 17, dar prosseguimento ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, com 367 sim e 137 não.
Agora, o futuro de dona Dilma está nas mãos dos 81 senadores. Mais do que nunca, ficou comprovado que essa história de golpe não convenceu. Pelo contrário, só irritou a população e parlamentares.
A bancada de Rondônia votou fechadinha pela cassação, inclusive aquele deputado, acusado de negociar seu voto por dois cargos federais, honrando, assim, os votos que recebeu nas urnas.
A presidente, seus assessores e integrantes da base governista até que se esforçam para convencer o povo de que as peladas fiscais e sua aproximação com a operação Lava-Jato são obras de ficção, orquestrada por adversários políticos, mas não conseguiram capitalizar o sentimento do povo, que exige mudança.
Na prática, começa, assim, a ruir o projeto de poder do PT. É hora de mudar o discurso. Se bem que, a essa altura do campeonato, com o país descendo ladeira abaixo, arrastado pelos altos índices de inflação e desemprego, não sei se adiantará alguma coisa. Melhor seria jogar a tolha. Seria menos doloroso e demorado para a presidente e para o país.
A presidente foi vítima de si mesmo. Ela até começou bem o seu governo, mas acabou metendo os pés pelas mãos e o resultado é o que se está vendo, com a população nas ruas exigindo a sua cabeça.
A cassação se transformou no processo de purificação da Nação. A fogueira do civismo mostrou que não basta ser detentora de um mandato político para alcançar a impunidade. Os políticos espertinhos, acostumados a viver de futricas, trocas e baldrocas, que comecem, desde já, a colocar as barbas de molho.
Fonte: Valdemir Caldas / Tudo Rondônia.
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