Enquanto o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, envia velados recados à CPI da Petrobras na Câmara de que é injustiça ser alvo de desconfiança e de eventual quebra de sigilo bancário, causa estranheza na Polícia Federal o seu esforço de ter o controle absoluto sobre as investigações da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.
Os delegados federais suspeitam de que o tema dos encontros do PGR com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, seja o modelo de atuação da PF. O receio é que esteja sendo negociada a diminuição do poder de investigação da Polícia.
Janot perdeu no Congresso a queda de braço dos procuradores com os delegados na PEC 37 que dava mais poderes de investigação ao MP, em detrimento do inquérito policial. À ocasião da guerra dos lobbies, Janot chegou a visitar o presidente do Congresso, Renan Calheiros, quando ainda estavam de bem.
O receio dos Federais é o de que se repitam as incoerências técnicas da lista formulada por Janot quanto aos eventuais arquivamentos e indiciamentos de políticos.
Fonte: Coluna Esplanada - Brasília/DF
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