domingo, 4 de setembro de 2011

Aventura pela Transamazônica






RELATÓRIO DE VIAGEM


1.    INTRODUÇÃO:  
Três irmãos realizam um sonho juntos de se deslocarem até a cidade de naturalidade, Belém-PA, desbravando a rodovia transamazônica e outras rodovias de nosso País, conduzindo motocicletas durante todo o trajeto.

2.    EQUIPE:
Paulo Simplicio Sobrinho
João da Silva Simplicio
Pedro Silva Simplicio

3.    PERÍODO:
Partida: 30 Julho 2011
Chegada: 19 Agosto 2011;

4.    VEÍCULOS ENVOLVIDOS:
- 02 (duas) motocicletas XRE 300, 2011
- 01 (uma) motocicleta TENERE 250, 2011
Obs. Todas as motocicletas estavam equipadas com: bagageiro, bauleto, peito de aço, protetor de motor (mata cachorro) e bolha;

5.    APOIO:
Viagem realizada com recursos próprios

6.    PERCURSOS:
a)    Nosso primeiro percurso foi traçado saindo de Porto Velho-RO, com destino a Santarém-PA, percorrendo 1.627 km, destes apenas 340 km de estrada com asfaltamento,  tendo como ponto de partida a Balsa que atravessa o rio madeira na cidade de Porto Velho. O percurso foi distribuído em dois dias e meio, passando pelas cidades de Humaitá-AM (201 Km), Apuí-AM (600 km), Jacareacanga-PA (880 Km), Itaituba-PA (1.260 Km), Rurópolis-PA (1.410 Km) e finalmente Santarém-PA (1.627 Km), trafegando nas BR 319 até Humaitá, BR 230 até Rurópolis e BR 163 até Santarém;
b)    Nosso segundo percurso partiu de Santarém com destino a Belém-PA, percorrendo 1.258 Km, destes 630 Km de estrada com asfaltamento, distribuído em dois dias, passando pelas cidades de Uruará-PA (230 Km), Medicilândia-PA (336 Km), Brasil Novo (381 Km), Altamira-PA (426 Km), Anapú-PA ( 566 Km), Pacajá-PA (671 Km), Novo Repartimento-PA ( 751 Km), Breu Branco-PA (825 Km), Goianésia do Pará-PA (880 Km), Tailândia-PA (979 Km), Mojú-PA (1.131 Km) e finalmente Ananindeua-PA (1.258Km), trafegando nas rodovias PA-370 até Uruará, BR- 230 até Novo Repartimento, PA-156 até a Usina de Tucuruí, PA-263 até Goianésia do Pará e PA-150 até Ananindeua;
c)    Nosso percurso final trata-se do retorno partindo da grande Belém-PA, para nossa cidade de origem, percorrendo 4.122 Km, destes apenas 40 km de estrada sem asfaltamento, distribuídos em quatro dias e meio, passando pelos Estados do Maranhão, Tocantins, Goiás e Mato Grosso até chegarmos em nosso Estado de Rondônia, trafegamos nas BR-316, BR-010, BR-226 BR-153, denominações da rodovia Transbrasiliana, até cidade de Alvorada-TO,  GO-164, até a cidade de Araguapaz-GO, GO- 530, até a cidade de Aruanã-GO, BR-070, BR-174, até Vilhena-RO e BR-364 até Porto Velho.

7.    DESENVOLVIMENTO:
Saímos de Porto Velho, Rondônia, ás 07 h, tendo como ponto de partida a Balsa, fazendo uma parada na divisa do Estado de Rondônia com o Estado do Amazonas, existindo um posto de fiscalização do IDARON. Chegamos a Humaitá-AM, por volta das 09:25 e ficamos aguardando até ás 10h para travessia da balsa no rio madeira que dá acesso a BR-230 (Transamazônica). Após a travessia da balsa percorremos 120Km e nos deparamos com uma barreira realizada por uma comunidade indígena a qual cobra pedágio para os transeuntes naquela BR, em nosso caso fora cobrado R$ 10,00 (dez reais) por motocicleta. A 185 km da balsa existe uma comunidade conhecido como KM 180, onde há todo tipo de apoio logístico necessários para quem se encontra viajando(postos de combustível,  farmácia, restaurantes, oficinas e etc.). Por volta das 18h45min  chegamos na cidade de Apuí, onde pernoitaríamos. Na seqüência nos deslocamos para cidade de Jacareacanga, tendo encontrado uma comunidade no trecho, SUCUDURI, onde existe uma balsa sobre o rio. Chegamos a Jacareacanga por volta das 11h30min, onde almoçamos e abastecemos as motocicletas e seguimos para Itaituba. O deslocamento para Itaituba foi um tanto conturbado devido ser um trecho muito longo, 380 km, em um terreno muito acidentado (terra solta, serras, curvas sinuosas, ribanceiras e etc), fazendo com que houvesse necessidade de entrarmos pela noite pilotando as motocicletas em local totalmente desprovido de apoio, caso houvesse algum imprevisto. Conseguimos chegar a nosso destino por volta da 01h da manhã, praticamente 18 horas em cima da motocicleta ocasionando bastante cansaço na equipe, porém não desanimando seguimos viagem ao amanhecer o dia para cidade de Rurópolis onde deixaríamos a BR-230 e seguiríamos na BR-163 com destino a Santarém. No trecho Rurópolis/Santarém nos deparamos com parte do trecho asfaltado, dando maior rapidez na conclusão do nosso primeiro percurso. Permanecemos naquela cidade por 03 (três) dias para além de revisar as motocicletas conhecer alguns pontos turísticos.
Após nossa estadia na cidade de Santarém, seguimos viagem para alcançar nosso destino que era a cidade de Belém.  Ainda na cidade de Santarém fomos informados da existência de uma estrada, PA-370, a qual servia de atalho, evitando voltar na cidade de Rurópolis e dava acesso a cidade de Uruará, diminuindo assim aproximadamente 150 km do deslocamento. Embora o trecho tenha 80 km de estrada com asfaltamento, até a usina de Cura Una, o restante do trecho cerca de 150 km se encontra em péssimo estado de conservação com atoleiros, estrada muito esburacada, além de intenso trânsito de veículos transportadores de madeiras em toros e, segundo moradores a estrada é mantida por madeireiros da região. Dando continuidade a nossa viagem seguimos até a cidade de Anapú-PA, onde pernoitaríamos. Moradores daquela região nos alertaram para tomarmos cuidado com aquele trecho, principalmente Altamira/Anapú devido ser considerado com alto índice de periculosidade ocorrendo constantes assaltos a motocicletas e ônibus. No dia seguinte acordamos dispostos para concluir o percurso e pernoitar em Belém e, por volta das 20h chegamos em nosso destino.
Na cidade de Belém, realizamos diversos deslocamentos para conhecer pontos turísticos como Ver-o-peso, orla de Icoaraci, praia de Mosqueiro, praia de Salinas, município de Santa Izabel, bem como alguns balneários de água doce.
No dia 15 agosto 2011, por volta das 07h iniciamos nosso regresso para Porto Velho, sendo que no primeiro dia percorremos 938 Km, trafegando no Estado do Pará, Maranhão e parte de Tocantins, pernoitando em Colinas-TO, nesse primeiro percurso a estrada se encontra em perfeito estado de conservação, porém o trânsito é intenso. No dia seguinte percorremos 936 km, concluindo o deslocamento no Estado de Tocantins e parte do Estado de Goiás. A GO-164 se encontra bastante danificada, havendo necessidade de maior atenção da pilotagem da motocicleta, mesmo assim conseguimos pernoitar na cidade de Aruanã-GO, na  beira do rio Araguaia. Continuamos trafegando no Estado do Goiás e Parte do Estado do Mato Grosso, até chegarmos em Várzea Grande, onde pernoitamos, percorrendo 782 km. Neste percurso encaramos 40 km de estrada sem asfaltamento entre as cidades de Aruanã/Britânia-GO, porém não valeu a economia de 80 km que fizemos ao evitar ir para cidade de Jussara-GO, pois a estrada está em péssimo estado de conservação, além do risco iminente ao trafegá-la. Seguindo nos deslocamos, 916 km, até a cidade de Pimenta Bueno-RO, deixando para trás o Estado do Mato Grosso e a primeira cidade de Rondônia, Vilhena. A BR- 174 que liga Mato Grosso a Rondônia, se encontra com asfalto novo, aumentando o prazer em pilotar. Em nosso quinto dia de viagem, por volta das 14h chegamos a nossa cidade e concluímos nossa aventura.


8.    CONCLUSÃO:
Embora o percurso apresente adversidades nos terrenos trafegados, logramos êxito em nossa viagem, pois percorremos mais de 7.000 km, destes mais de 1.900 km de estrada desprovida de asfalto, sem que ocorresse qualquer imprevisto com a equipe e com as motocicletas. Existem muitos condutores de veículos trafegando nas rodovias com irresponsabilidade e, por vezes tivemos que sair para o acostamento a fim de evitar acidentes.
 
9.    SUGESTÕES:
·        Fazer um planejamento prévio, listando locais para pernoite, quilômetros a serem percorridos diariamente, locais de abastecimento e alimentação;
·        Evitar trafegar no período noturno, principalmente nas estradas desprovidas de asfaltamento;
·        Nos percursos longos de estrada sem asfaltamento o ideal é fazer a substituição dos pneus adequado para o terreno;
·        Levar suplemento de água e alimento rápido;
·        Evitar viajar sozinho em estradas desprovidas de moradores locais;
·        Realizar paradas esporádicas para alongamento, evitando o cansaço da pilotagem por longo tempo;
·        Criar campanha publicitária buscando conscientizar os motoristas que utilizam as rodovias para respeitarem as sinalizações, principalmente de ultrapassagem, pois caminhoneiros abusam da situação e trafegam de maneira irresponsável colocando a vida de pessoas em risco;


Paulo Simplicio Sobrinho
Relator


João da Silva Simplicio
Relator


Pedro Silva Simplicio
Relator


        

2 comentários:

VICENTEDESOUZA disse...

É muito bom saber que tem Homens de coragem, pois fazer uma viagem destas. Estou planejando uma viagem desta para 2013, quando estou completando 50 anos de vida. Este vai ser meu presente. Pretendo ir de Yamaha 250cc tenere. Gostaria de saber em off. Velocidade media, consumo, das duas motos, qual das duas deu mais despesas de manutenção, etc.
Moro em Itabuna-Ba e estou pretendendo ir até Tucurui-Pa. Gostaria de mais conselhos, pois já estou planejando desde já.
Meu email adj.adelano@gmail.com
Muito grato.
do amigo Vicente S de Souza

JACKIE disse...

"AMIGOS" , VOCES ESTÃO DE PARABÉNS, POR REALIZAREM UMA AVENTURA DESSAS,QUE COM CERTEZA FICARÃO PARA HISTÓRIA! A POSTERIDADE, AGRADECE, E SUA REALIZAÇÃO PESSOAL, QUE NÃO TEM PREÇO NÉ AMIGOS...MAS CONFESSEM PRA MIM?
JÁ ESTÃO PLANEJANDO OUTRA AVENTURA?
UM ABRAÇO SIMPLÍCIO.

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