Um modelo de intervenção baseado em operações militares grandiosas que, na prática, reduziram um pouco o roubo de cargas, mantiveram estáveis os registros de crimes violentos e aumentaram o número de homicídios cometidos por policiais em atividade - um modelo a não ser seguido. Essa é a descrição da intervenção federal na área de segurança do Rio feita no relatório final produzido pelo Observatório da Intervenção, que acompanhou os nove meses da operação da União que deveria ajudar a solucionar a escalada da violência no Estado.
O documento foi apresentado no último dia 14, onze meses depois do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), que permanece sem solução. "O Brasil enfrentará outras crises de violência e criminalidade nos próximos anos e a experiência no Rio revelou que a intervenção federal de caráter militar não deve ser copiada", resumiu a coordenadora do observatório, Sílvia Ramos. "A medida que não resolveu problemas estruturais e acentuou o caráter bélico e letal das respostas na área de segurança".
O número de mortes violentas no Estado teve uma redução pífia, na avaliação do Observatório. Apenas 1,7% em relação ao mesmo período de 2017. Com o agravante de que a capital (-9,4%) e na Baixada Fluminense (-6,5%) foi contrabalançada pela explosão da violência no interior do Estado, onde o aumento de mortes violentas ficou em 15,8%. O movimento indica um deslocamento da atuação criminosa.
Entre fevereiro e dezembro de 2018, foram contabilizadas 6.041 mortes violentas (que engloba homicídio doloso, latrocínio, morte por intervenção de agente do Estado e lesão corporal seguida de morte). Deste total, 1.375 pessoas foram mortes por agentes do Estado - um número 33,6% maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior. No período da intervenção, 99 agentes foram mortos. A maioria deles (75,7%) era de baixa patente. Na Polícia Militar, os praças, subtenentes, sargentos, cabos e soldados.
Fonte: O ESTADÃO.
COMENTÁRIO DO BLOG: Apesar que este comentário vai ter opositores, mas vejo que a única saída é mudar o código penal, ou seja, endurecendo a lei e permitindo em alguns casos até a pena de morte (fora do período de guerra) destas pessoas que insistam em fazer mal a sociedade. Também term que ser feito mais justiça social, com empregos e combate a corrupção no seio do Poder. É claro que também irá acontecer mortes de até inocentes, mas é o único jeito de dominar a situação.
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