domingo, 10 de fevereiro de 2019

DESENVOLVIMENTO - Fapero deve consolidar estrutura de investimento em pesquisas que contribuem com a economia de Rondônia

Alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado auxiliam nas pesquisas

Principal fomentadora na área de pesquisas de geração de conhecimento em Rondônia, a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia (Fapero) busca a implantação da Lei da Inovação, focada em consolidar estrutura jurídica para desenvolvimento do Estado no setor produtivo por meio de pesquisas financiadas, garantindo melhor posição de mercado econômico.
A Fapero é uma agência de amparo responsável em promover fomento financeiro, jurídico, contatos de investidores, criando um ecossistema, científico, tecnológico e de inovação, atribuindo pesquisas que beneficiam o setor produtivo, agregando valores aos seus produtos. Criada em 2011, realizou os primeiros editais apenas quatro anos depois, e até 2018 proporcionou publicações e chamadas públicas voltadas aos recursos humanos com destinação de bolsas e às pesquisas de geração de conhecimento de pesquisadores atuantes em Rondônia, com a participação de instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos, como é o caso do Ifro (Instituto federal de Educação, Ciência e Tecnologia), FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz: Ciência e tecnologia em saúde), Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e Universidade Federal de Rondônia.
Um dos trabalhos da Fundação é buscar recursos sem utilizar a fonte 100 do Estado. Como o Fundo de Desenvolvimento (Finder), que arrecada recursos do setor produtivo e aplica em áreas estratégicas, onde a indústria ou pessoa jurídica que investiu pode deduzir alguns tributos estaduais. Este Fundo financiou dois programas de apoio à pesquisa, publicados em editais em dezembro de 2018, voltados à piscicultura e agricultura. Outro meio de investimento em pesquisas é o Fundo de Sanidade Animal (Fesa), com arrecadação dos produtores agrícolas. A Fapero viabilizou o recurso de R$ 2 milhões para um programa de apoio à pesquisas em sanidade animal, fomentando ações de contenção desta causa no rebanho bovino e outras categorias.
Presidente reforça a necessidade de implantação da Lei da Inovação do Estado
A Fundação planeja expandir a captação de recursos em fundos fora do Estado, como o Sistema de Convênios Federal (Siconv), onde Rondônia conta com um especialista nesta área, que criará um núcleo de pessoas qualificadas para submeter propostas no Sistema. Além, de parceria com as secretarias estaduais de Planejamento (Sepog), que conta com um núcleo de captação de recursos externos de outras fontes, neste caso para ciência e tecnologia, Agricultura e Saúde, com ações de fomento em legislação, informação e recursos.
Com a Lei de Inovação em construção, a Fapero pretende avançar nas pesquisas de inovação, facilitando modalidades de financiamentos para pessoas jurídicas do setor privado. Dentre os editais de subvenção, há o meio econômico, onde é possível recursos para investir em programas de pesquisa e desenvolvimento (PeD). É possível também a modalidade de financiamento de inovação junto aos entes privados, com empréstimo com juros atraentes para programas de PeD. E os incentivos fiscais, onde as indústrias ou empresas com programas de desenvolvimento poderão deduzir parte dos impostos dentro do programa de pesquisas. “Não é um recurso que será enviado à Fapero, mas aplicado às pesquisas destinadas. Esse pacote jurídico auxiliará na implementação do ecossistema de inovação do Estado”, explicou o presidente Leandro Soares Moreira Dill.
O novo presidente graduou-se em Licenciatura Química na primeira turma do curso de química na Universidade Federal de Rondônia (Unir) (2006). Possui mestrado em Biologia Experimental (2009), e doutorado pelo Programa de Pós Graduação em Biologia Experimental da Unir (2014). Com ampla experiência na área de pesquisa nas linhas de Biotecnologia, Bioquímica, Química Orgânica e Química dos Produtos Naturais, recentemente concluiu o Pós-doutorado (2016) em Prospecção de Moléculas da Biodiversidade Amazônica de importância para saúde. Já atuou na iniciativa privada como gestor em uma indústria de produção de gás carbônico, também trabalhou no desenvolvimento de projetos na área de saneamento básico e inovação.
Atua como pesquisador convidado no Centro de Pesquisa em Biomoléculas Aplicadas a Saúde – CEBio / Fiocruz Rondônia e no Grupo de Pesquisa em Tecnologia e Inovação na Unir. E, leciona para os cursos de Engenharia Civil e Engenharia Florestal em instituição privada de Porto Velho. Desde outubro de 2016 já atuava junto a Fapero como Diretor de Inovação e Transferência de Tecnologia, onde conduziu importantes programas de apoio a inovação como o Programa de apoio à pesquisa de inovação em Piscicultura – PAP-INTEC/PISCICULTURA; Programa de Apoio a Pesquisa em Inovações Tecnológicas PAP-INTEC/AGRITECH dentre outros. “A Fapero soube captar recursos de agências nacionais e alocar recursos do Estado que dinamizaram a execução de iniciativas científicas e inovadoras que visam à solução de problemas locais, com consequente formação e fixação de novos pesquisadores e potenciais empreendedores em Rondônia”.
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Fonte
Texto: Gaia Bentes
Fotos: Daiane Mendonça e Jeferson Mota
Secom - Governo de Rondônia

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