Quem não apoia, não respeita, não valoriza o trabalho do Ministério Público, certamente está vivendo num mundo absurdo e na antidemocracia. O MP é uma instituição vital para esse país. Sua importância tem aumentado mais ainda nos últimos anos, depois do mar de lama em que se transformou a administração pública e os governos, obviamente sempre ressalvando-se as exceções, conquistadas por merecimento. Em sua grande maioria, os promotores e procuradores são gente competente, dedicada, trabalhando arduamente em defesa da sociedade. Mas, como em qualquer atividade humana, há sempre reparos que precisam ser feitos, por ações isoladas. Há, em todas as atividades, alguns poucos que se acham a última Coca Cola no deserto. Há sim um ou outro que querem impor à sociedade questões que ela não aceita. Não foram eleitos para isso, mas, embora raramente, fazem questão de tentar adaptar as leis às suas ideologias. Gostem ou não, o caso recente que envolveu o Prefeito de Ariquemes, o jovem Thiago Flores, foi sintomático. Ele decidiu retirar das salas de aula, parte de livros escolares para crianças, que tratavam de sexo, de homossexualismo, com desenhos que muitos pais consideraram grosseiros e exagerados. A ação da Prefeitura, legítima e em defesa das famílias, acabou transformada, na denúncia do MP, assemelhada a um crime lesa Pátria. A tal ponto que foi pedido ao Judiciário não só a punição do Prefeito, como autoridade pública, mas ainda a aplicação de uma multa milionária. O caso se transformou em notícia nacional e Thiago Flores teve apoio não só de mais de 95 por cento da sua comunidade, mas também o teve da ampla maioria da opinião pública nacional.
Não se está criticando a ação de membros do MP. De forma alguma. O que se questiona é o exagero, a forma como a ação foi encaminhada ao Judiciário, denotando, claramente, questões ideológicas e ignorando totalmente a voz da coletividade. O MP, assim como o Judiciário, os governos e governantes não têm vida própria. Todos servem ao país e ao povo. Por isso, todas as ações, não importam quais sejam, têm que levar isso em consideração. No caso de Ariquemes, ainda bem que a Justiça corrigiu tudo e nem sequer acatou a ação. Mas que foi um exagero, uma tentativa de impor vontades à grande maioria da população, foi sim. Na grande maioria dos casos, o MP acerta. Nesse, contudo, errou. E errou muito feio...
CADÊ AS AMBULÂNCIAS?
Das 21 ambulâncias que o SAMU de Porto Velho possui, apenas três estão funcionando e, ainda assim, a meia boca. A atual administração diz que o problema é uma “herança maldita” do governo anterior, de Mauro Nazif, mas não se entende como, em quase cinco meses, nada tenha se resolvido. O maior problema é burocrático, esse inferno que destrói a administração pública brasileira e, claro, só quando é para prejudicar os mais pobres. Quando é para encher os bolsos dos políticos, a burocracia não existe. Falta documentação das ambulâncias, a maioria ainda tem problemas legais e três outras simplesmente sumiram, sem pistas. Enfim, é uma vergonha generalizada. Mesmo com uma grande equipe, de gente dedicada e que está sempre pronta a salvar vidas, o SAMU não funciona na Capital, porque não tem ambulâncias. Até quando essa situação vai perdurar? Ninguém sabe...
O ANEL, ATÉ QUE ENFIM!
Tem notícias de que se tem prazer de dar. Uma delas é a perspectiva, depois de mais de duas décadas, de se ver uma importante obra em Rondônia, até que enfim, ser entregue à comunidade. Pois é o que deve acontecer, provavelmente no último trimestre deste ano, com o Anel Viário de Ji-Paraná. Planejada para ser concluída nos anos 90, só agora, no atual governo, a obra deverá ficar pronta. O Anel Viário tem um total de 13 quilômetros e meio. O asfalto já chegou para cerca de seis quilômetros, com toda a estrutura e nada menos do que 12 centímetros e meio de espessura. Os sete quilômetros e pouco que faltam, se tudo correr como o planejado, receberão drenagem, base asfáltica e depois o asfalto. O diretor geral do DER, Ezequiel Neiva, está inspecionando pessoalmente os trabalhos praticamente toda a semana. E está otimista de que tudo ocorra dentro do planejado. Agora vai, garante ele.
FALTA A PASSARELA
No mesmo contexto, outra notícia positiva em relação a obras do governo pode surgir essa semana. Dessa vez, relacionada com a Capital. O último grande passo para que o Espaço Alternativo seja concluído, a passarela de metal, está prestes a ser dado. Nos próximos dias, deve ser anunciado o resultado da licitação para a compra do último estágio, que está atrasando a finalização de tudo o que foi planejado. O DER garante que no segundo semestre deste ano, o Espaço ficará todo pronto. É o que se espera, aliás. Ali, milhares de pessoas se habituaram a fazer suas caminhadas e corridas, a usufruir da estrutura de esportes e convivência, mas também a ver uma grandiosa obra, que há pelo dois anos deveria estar toda pronta, ainda andando a passos muito lentos. Afora essa, outas 53 obras importantes estão atrasadas, andando com lentidão ou totalmente paradas, em Porto Velho.
RUSSOS CONTRA O CHÁ
No Brasil, o chá ayahuasca, também chamado de mariri ou ainda chá do Santo Daime, não é considerado droga, embora seu uso seja daqueles temas dos mais controvertidos. . Utilizado por religiões como a União do Vegetal, uma seita da Amazônia, que se espalhou por várias regiões do país, o consumo do chá alucinógeno tem tido cada vez mais adeptos. Já em outros países, a situação é diferente. Na Rússia, um importante pesquisador brasileiro foi condenado a seis anos e meio de prisão, por ter sido pego com quatro garrafas cheias do ayahuasca, no aeroporto de Moscou. Mesmo tendo apresentado como defesa que o chá não é droga e que é utilizado em terapias e rituais religiosos no Brasil (em Porto Velho e outras cidades de Rondônia, existem vários núcleos da União Vegetal e o uso do chá é totalmente normal), o pernambucano Eduardo Chianca está preso desde 2016 e agora terá sentença decretada pela Justiça. Vários recursos estão sendo interpostos, para liberar o pesquisador, mas até agora, sem sucesso. As autoridades russas e de vários outros países consideram o ayahuasca como droga.
INFERNO EM CANDEIAS
Candeias do Jamari vive seu inferno astral. Desde o início desse ano, só más notícias para a pequena cidade da região metropolitana. Primeiro, foi o assassinato brutal e covarde do prefeito Chico Pernambuco, por uma quadrilha liderada por um dos parentes do atual Prefeito, vice de Pernambuco, o jovem Luiz Ikenohichi. Nessa semana, mais dois fatos que deixam claro a difícil situação na cidade e, principalmente, a falta de segurança. Assaltantes foram à casa de um dos gerentes do Banco do Brasil e, em plena luz do dia, tentaram um assalto à agência, que acabou não dando certo. Mas deixou a comunidade em pânico. No mesmo dia, outros criminosos pararam um ônibus e tentaram assaltar os passageiros. O motorista reagiu e foi morto a sangue frio. Na frente de todos. Pior ainda: nenhum dos criminosos foi preso, nos dois casos. Assaltos, roubos, furtos, agressões fazem parte do dia a dia do morador de Candeias. Até quando isso vai perdurar?
OLHO NA GASOLINA!
Alguma coisa muito estranha está acontecendo com o preço da gasolina. Em Porto Velho, depois de anos em que os preços ou eram iguais ou tinham centavos de diferença, num claro esquema de cartelização, agora a concorrência finalmente reapareceu. E com força. Há postos vendendo o litro muito próximo a 4 reais, mas há outros com preços que se aproximam dos 3 reais. É fundamental que as autoridades intensifiquem a fiscalização, porque já há denúncias, embora ainda não confirmadas oficialmente, de suspeitas de que algumas bombas poderiam estar marcando um volume de gasolina colocada no tanque, abaixo do que realmente o consumidor recebeu. Há pelo menos um caso concreto de um porto velhense, denunciado à imprensa, que, se fosse verdadeiro o volume de gasolina marcado na bomba, no tanque do veículo, médio, caberia ao menos 60 litros. Isso pode?
PERGUNTINHA
Com o anúncio da delação premiada do ex ministro Antônio Palocci, um dos homens mais próximos aos poderosos dos governos petistas, sobrará pedra sobre pedra, quando ele começar a contar tudo o que sabe e que participou?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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