Quando alguns dos ministros do Supremo Tribunal Federal, o STF, decidiram se tornar estrelas da mídia, abriram a porta para o outro lado da moeda: não teriam mais vida privada; suas decisões poderiam ser contraditadas por qualquer leigo e eles contestados, como o são personagens de novelas, pela plebe ignara; cada passo de suas vidas seria acompanhado; cada ação sua, também na vida privada, estaria publicamente exposta. Não se sabe quem começou exatamente, mas talvez o maior ego do Judiciário dos últimos tempos, o do ministro Marco Aurélio de Mello, tenha sido o que deu o pontapé inicial. Nos Estados Unidos, há ministros que se eternizam na função e cujos nomes sequer são conhecidos pelo público. Aqui, a TV Senado – muitas vezes reproduzida na mídia comum – começou a expor de tal forma os ministros, que, em alguns momentos, o STF chegou a parecer vizinhança em conflito; pura briga de egos e bate bocas preocupantes. Não parecia, nessas ocasiões, que ali é a última instância da Justiça brasileira. Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa (que se aposentou há pouco), Luiz Fachin, um dos maiores cabos eleitorais da ex Presidente Dilma Rousseff e até as mulheres, quase sempre muito mais cuidadosas, como a ex Elle Grace e até a presidente atual, Carmem Lúcia, embora menos apaixonadas pelos holofotes, começaram a flertar com eles. Retirou-se o STF, com isso, do patamar da superioridade, rebaixando-o ao baixo mundo das fofocas, troca de farpas públicas e até, (pecado capital!) comentários públicos sobre temas complexos, que ainda serão discutidos no Supremo ou estão na pauta.
Por tudo isso, torna-se muito mais grave do que se pode imaginar, a situação do ministro Luiz Fachin, que confirmou ter recorrido a executivos da JB$$$, para buscar apoio junto a senadores, no sentido de apoiar a indicação dele, que, afinal, se confirmou. Justamente ele, que é o relator da Lava Jato e que, por isso, pode jogá-la no lixo. Pior: terá que decidir sobre punições exatamente à empresa que o ajudou a chegar onde chegou. O exemplo tem que vir de cima: Luiz Fachin tem que renunciar à Lava Jato e todas as decisões que a envolvem. E seria sim um gesto de grandeza se ele renunciasse ao cargo. Porque quando o STF for, mesmo que apenas aparentemente, conspurcado, nada mais está a salvo da República da Corrupção. Lamentável.
MAIS DE MEIO BILHÃO - Há muita comemoração no ar, pelas bandas de Ji-Paraná. O sábado marca o último dia da Rondônia Rural Show, com resultados, sob todos os aspectos, muito acima das melhores expectativas. Tudo foi festa e bons negócios, na sexta edição do evento, realizada pela primeira vez numa área de quase 50 hectares, cedida pela Prefeitura ao Governo do Estado. Aliás, nessa semana, o prefeito Jesualdo Pires assinou o documento oficial, a escritura, da área, que passa a ser propriedade do Estado, num evento em que tanto o prefeito como o governador Confúcio Moura não cabiam de alegria, pelos excepcionais resultados da exposição agropecuária. Não há ainda números definitivos, porque muitos negócios iniciados durante a feira, serão concretizados mais à frente, às vezes, dependendo do tamanho deles, até alguns meses após o evento. Mas há uma expectativa que sejam superados os 500 milhões de reais em negócios, previstos para a Rondônia Rural Show. Agora, é esperar pela sétima edição que, sem dúvida, será ainda maior...
ATAQUE À HONRA - “Ao criminalizar uma conduta que é trivial em assembleias de trabalhadores, Hildon Chaves e seus advogados buscam intimidar a categoria dos servidores públicos municipais. Mesmo porque as centenas de pessoas que lá se encontravam eram servidores e servidoras. Seria inviável falar a esse público numeroso sem microfone”. Essa asneira assustadora está num texto distribuído por sindicato dos servidores da Prefeitura da Capital, tentando defender uma servidora que pegou um microfone e chamou o seu chefe, o Prefeito de Porto velho, de “golpista e canalha!”. Como se ao participar de uma reunião de sindicalistas, houvesse sinal verde para ofensas, calúnias, difamação, à revelia do bom senso e das leis que vigoram nesse país. Quem pensam que são esses sindicalistas? Muito bem fez Hildon Chaves que, através dos seus advogados, está processando a servidora que o ofendeu. Ela que prove, na Justiça, as graves denúncias que fez. Se não o provar, que pague os 20 mil reais de indenização que está sendo cobrada. Certamente, quando for condenada, aprenderá a respeitar os outros e não se auto vangloriar como “sindicalista”, que teria o direito de dizer e fazer o que bem entender. Inclusive atacar a honra dos que não pensam como ela.
HILDON TROCA O TIME - Foram dezenas de mensagens, telefonemas, pedidos para mais esclarecimentos. Muitos leitores estão com a curiosidade aguçada sobre comentário aqui publicado, da profunda mudança que o prefeito Hildon Chaves promoverá em sua equipe, nas próximas semanas. Aliás, ele já fez vários convites a nomes dos mais quentes na comunidade da Capital. Alguns dos convidados já deram o sim; outros pediram alguns dias para pensar e, ainda, há os que agradeceram a lembrança de seus nomes, mas não aceitaram o desafio. Hildon está fazendo uma série de contatos, em busca de montar o seu time ideal, agora que entra no seu sexto mês de governo. A mudança radical não será só no primeiro escalão, mas também no segundo e até em cargos menores. Muitos dos indicados pelo PSDC e pelo vice prefeito afastado (pelo escândalo da JB$), Edgar do Boi, vão ser defenestrados. Claro que oficialmente o assunto sequer é comentado na Prefeitura. Mas em breve, as trocas profundas serão anunciadas.
SAI UM, ENTRAM DOIS - Sai Fernandinho Beira Mar; entram seu braço direito, Marcos Chapolin e um dos cinco filhos de Beira Mar. O Presídio Federal de Porto Velho continua sendo brindado com essas grandes personalidades do crime. De dentro da cadeia, como sempre ocorreu e como sempre ocorrerá (a menos que mudem-se as leis que protegem apenas os bandidos neste país), eles continuarão comandando o crime aqui fora. Beira Mar foi para o Rio Grande do Norte, onde a criminalidade por lá, que já é enorme, triplicará em breve. Por onde andam esses chefões, segue uma turma da pesada que, vivendo próximo aos presídios de onde eles mandam e desmandam, executam todas as ordens que vêm de dentro das celas. O tráfico de drogas nunca foi tão intenso em Porto Velho e região, do que no período em que Beira Mar esteve por aqui. Além disso, armas potentes (incluindo metralhadoras e aquelas que até derrubam aviões), acabaram sendo apreendidas por aqui. Quem será que lida com esse tipo de armamento? Enfim, pode-se discursar o que quiser. Mas qualquer ingênuo sabe de onde o crime é comandado.
PARCIALIDADE TOTAL - Raramente, na história recente do jornalismo brasileiro, se viu juma cobertura tão parcial como a que está sendo praticada pelas emissoras da Rede Globo, tanto na TV aberta quanto na por assinatura, no caso das gravações contra o Presidente Michel Temer. É evidente que alguma coisa muito importante nessa história não esteja sendo contada, porque a Globo só faria algo assim se seu$ intere$$s estive$$em sendo contrariado$. A parcialidade do noticiário começou com a divulgação das fitas antes que fossem comprovado se elas eram mesmo reais e continuaram no mesmo patamar, embora até o momento, a questão das fitas ainda esteja sendo discutida. O noticiário da poderosa Globo começou com uma inacreditável tomada de posição contra Temer e continua no mesmo contexto, não importa o que ocorra no contraditório. Pode parecer que a Globo esteja apenas querendo mostrar seu poder de derrubar Presidentes quando quiser, mas a verdade é que tem coisa aí por trás, que certamente só ficaremos sabendo no futuro. Nos momentos históricos, é assim: a emissora faz jornalismo apenas voltada para suas próprias verdades e só décadas depois se descobrem as reais razões. Quem não entendeu, basta pesquisar a recente história do nosso país...
PERGUNTINHA - Quem viveu os 20 anos dos governos militares e que sabe o que isso representa para o País, ainda acha que o poder deve voltar às mãos das Forças Armadas?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires - Porto Velho/RO.
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