Não foi por falta de aviso! Nessa semana ainda, a coluna alertou que estava em andamento a preparação de uma grande operação policial, para tentar acabar com a violência no campo. O primeiro passo foi dado contra ex policiais, que formavam um grupo de ataque na região de Urupá. Lá, o grupo estaria aterrorizando os assentamentos Padre Ezequiel em Mirante da Serra e Margarida Alves, em Nova União, realizando espancamento, cárcere privado e ameaças. Agora, começou a segunda parte da ação conjunta das polícias: o combate ao outro lado do crime, que envolve invasores de propriedades. Um dos principais alvos são membros da terrorista Liga dos Camponeses Pobres, a LCP, que aterroriza fazendeiros em várias regiões do Estado, mas principalmente na área de Seringueiras. Pelo menos uma dezena de prisões foram decretadas pela Justiça e serão cumpridas por uma equipe comandadas por delegados. O objetivo da ação que reúne policiais de vários setores da segurança, é acabar com o terrorismo causado pela organização criminosa contra a população da região, assim como contra os produtores locais. Membros dessa organização criminosa invadem as propriedades, destroem residências, executam os animais e destroem as produções agrícolas da região de Alvorada do Oeste, Seringueiras, Ji-Paraná, Jaru e Theobroma. Na região de Seringueiras, aliás, há pouco tempo, os terroristas atiraram contra helicóptero da PM, que estava se preparando para uma reintegração de posse numa fazenda.
O nome “Nuvem de Gafanhoto”, criada para a ação, é condizente com a operação . Gafanhotos atacam plantações e as destroem. É assim que fazem alguns dos membros da LCP, MST e outros movimentos semelhantes. Não trabalham, quando ganham terra, a vendem e invadem outras áreas para fazer dinheiro e, mais que isso, desrespeitam as leis, andando fortemente armados e utilizando táticas de guerrilha, ensinadas por membros da agora pacificada FARC colombiana. Claro que a responsabilidade é dos líderes, porque a maioria dos membros são apenas massa de manobra. A ação da polícia, enfim, pretende acabar com a baderna dessas organizações. Os produtores rondonienses estão comemorando a ação das nossas polícias. Ela é muito bem vinda!
POBRES DOS POBRES!
Não é invenção, infelizmente. Porto Velho também vai acabar nas redes sociais, como aquele caso do paciente de Santos, que faz hemodiálise num posto de saúde, usando um guarda chuva, pelas goteiras que caem na sua cabeça. Aqui não é diferente. No Posto São Sebastião 1, na Capital, a sala de atendimento aos pacientes fica tomada pela água, em qualquer dia de chuva. Há inclusive extensões elétricas no local que podem causar graves acidentes. É uma vergonha ver um local de atendimento ao público nessas condições. Pior de tudo é que, ao se ouvir as autoridades responsáveis, todas dizem que está tudo sob controle. Claro que está. Para elas. Porque jamais usariam um serviços desses, em caso de necessidade. Já os pobres, bem, os pobres que se lasquem!...
CHAME A POLÍCIA!
É bom que aqueles que andam loucos para investir no outro lado do Madeira, agora que há o acesso fácil da ponte, que se cuidem e não caiam em golpes dos malandros de plantão. Tem gente vendendo terras, lotes, áreas gigantescas, em alguns casos com preços de barbada, mas no geral por custo alto. Faturam muito, porque o futuro da cidade está mesmo para aquela área da Capital. O problema é que, atendendo ação do Ministério Público, a Justiça determinou a imediata suspensão de qualquer negócio envolvendo venda, comércio, aluguel de loteamentos ou qualquer tipo de área. Qualquer obra iniciada deve ser embargada pela Prefeitura. Só podem viver naquela região, ao menos até decisão posterior, aquelas famílias que ali foram alocadas, por terem perdido suas casas com a construção da ponte. Portanto, se alguém oferecer alguma área ou negócio de terra do lado de lá do Madeirão, chame a polícia!
NADA DE GASTAR
Sem grana. Foi o que o Governo do Estado disse, em nota oficial, para avisar os policiais grevistas que estão acampados na Assembleia de que não enviará o projeto do Plano de Cargos, Carreira e Salários para votação dos deputados, porque isso implicaria num gasto de 80 milhões a mais no orçamento de 2017. E que tal gasto implicaria em ir contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. Ou seja, o impasse está formado. Os policiais tomaram conta da Assembleia e inclusive estavam, até ontem, dormindo lá. Não se sabe agora qual o caminho que tomarão, já que o Palácio Rio Madeira/CPA avisou que não vai atender as reivindicações que impliquem em novos gastos. A contenção de despesas do governo continuará como meta principal.
EFEITO DOMINÓ
O problema todo nem é a questão dos policiais. Com boa vontade e apertando um pouco aqui, um pouco ali, seria até possível atender o pedido da categoria. Mas, é claro que isso acarretaria num efeito dominó. Todos os demais servidores iam também parar ou irem para as ruas, exigindo direitos ou aumentos salariais, que não estão sendo concedidos há bastante tempo. Com o controle total dos gastos, sem dar qualquer passo que possa descontrolar as finanças do Estado, é que a administração Confúcio Moura está conseguindo pagar os salários e os fornecedores em dia, mesmo nessa imensa crise que se abateu sobre a grande maioria dos Estados brasileiros.
CHORAM O BRASIL E A AMAZÔNIA
Dom Paulo Evaristo Arns morreu nesta quarta, aos 95 anos, em São Paulo. Sua história de vida é recheada de lutas, de defesa dos mais pobres e oprimidos, de confrontos com os governos militares. Foi uma grande perda para o Brasil. Enquanto o país chorava a morte de Arns, a Amazônia perdia e lamentava a morte, no mesmo dia, de um dos seus grandes personagens. O empresário Phelippe Daou, diretor da Rede Amazônica, afiliada à Globo, deixa um pequeno império de comunicações. Foi embora aos 87 anos de idade, depois de uma vida inteira dedicada, de corpo e alma, à região que o abrigou e à sua família. Aos colegas da TV Rondônia e aos demais que fazem a grande Rede Amazônica, a coluna registra também com tristeza, o falecimento de tão importante figura da nossa história.
PERGUNTINHA
Você aí, que andou afanando os cofres públicos, tanto em Rondônia como em outras regiões do país, não anda com medo que o Papai Noel, este ano, venha fantasiado de Polícia Federal?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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