Moreira Mendes |
Seguros. Este era o apelido do ex-deputado federal Moreira Mendes (PSD-RO) citado pelo ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, em sua porposta de delação premiada encaminhada à Procuradoria da República. Moreira Mendes figura com outros 39 políticos cujos apelidos utilizados pelo "departamento da propina da Odebrecht" foram divulgados por Cláudio Filho.
De acordo com o Estadão de São Paulo, em um tópico específico de sua delação, Cláudio Filho detalha como era a relação da empreiteira com cada um dos políticos, os pedidos, trocas de favores e os pagamentos, ora por meio de dinheiro vivo do Setor de Operações Estruturadas - nome oficial do departamento da propina revelado pela Lava Jato - ora por meio de doações oficiais.
Em 2011, o então deputado federal Moreira Mendes foi condenado pelo Tribunal de Justiça (TJRO) sob acusação de improbidade administrativa - lesão ao erário, quando procurador da Assembléia legislativa de Rondônia, de 1993 a 1994, e ao mesmo tempo era sócio da Tamatur Tama, empresa que fornecia passagens aéreas à Casa de leis. O esquema era feito pela emissão e cancelamento de bilhetes aéreos sem que a devolução dos valores fosse feita aos cofres públicos, mas sim a particulares, além de vendas de bilhetes em duplicidade e cobrança de passagens aéreas sem a emissão de bilhetes. O caso ficou conhecido como "Escândalo das Passagens". Ele se manteve no mandato até o fim porque ainda cabia recurso, mas, pelas regras da Ficha Limpa pode ficar inelegível por oito anos. Entre os condenados no mesmo caso, está o então presidente da Assembléia Legislativa, Silvernani Santos.
Em dezembro de 2014, o Tribunal de Justiça de Rondônia negou recurso a Mendes, que saiu do cargo de deputado em 2015 por não ser reeleito.
Fonte: Jornal Diário da Amazônia.
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