Não será fácil. Pode-se até dizer que será impossível melhorar o Brasil e recolocá-lo nos trilhos, depois que o tsunami petista, eivado de incompetência, roubalheira, corrupção e desmandos, colocou nossa economia muito perto do chão. Há ainda algumas vozes equilibradas, defendendo os interesses do país, que sabem que sem cortes duros na ferida putrefata, ela jamais cicatrizará, no futuro. Mas o problema é da grande maioria. Essa sim, é a verdadeira responsável pela formação da crise, pela instalação da crise e por impedir que a crise seja superada. São os mesmos de sempre: discursam que o país precisa voltar a crescer; exigem medidas duríssimas para conter a gastança, o descalabro, o avanço nos cofres públicos. Querem cadeia para todos os envolvidos em qualquer tipo de falcatrua. Berram por soluções milagrosas. Esgoelam-se contra tudo e contra todos, culpando-os por tudo o que o Brasil está passando. Mas, então, qual o problema dessa gente? Simples: tentem tirar delas algum pequeno “direito adquirido” que seja; um real dos seus ganhos (muitas vezes milionários), qualquer vantagem ou benefício! Só tentem, porque não conseguirão. São os poderosos, que acham que o drama que os brasileiros estão enfrentando é culpa dos outros, nunca deles. Cada um quer é proteger o seu. Os outros que assumam os ônus. Eles e seus belos discursos de moralidade e amor à Pátria, só aceitam, claro, receber os bônus.
Juízes que ganham 180 mil reais por mês acham justo. Tentem tirar deles um só centavo, pra ver. Promotores públicos ganham duas, três vezes o máximo permitido pela Constituição, mas para eles podem. Sindicalistas que não abrem mão de nada. Deputados e Senadores têm tantos penduricalhos em seus ganhos, que eles podem chegar a dez vezes do salário base. Membros dos Tribunais de Contas, da Justiça do Trabalho (há um, no Nordeste, que recebe quase 200 mil reais/mês) e de outros poderes, ganham uma grana preta. São seres acima dos pobres mortais. Ficam defendendo que a pobretada aperte ainda mais os cintos. Mas os deles, estão cada vez mais longos e cheios de furos. Esse é um dos motivos pelos quais dificilmente sairemos da crise. Há uma casta que não aceita qualquer sacrifício. Já o povo....
CONTAS EM DIA
Ji-Paraná é mesmo uma cidade diferenciada. Enquanto a maioria dos municípios médios do país estão passando por enormes dificuldades financeiras, sem condições de honrar seus compromissos, na terra de Jesualdo Pires a situação é bem diferente. As contas estão em dia e o funcionalismo municipal comemora o final de ano com bastante dinheiro no bolso. Nesta quinta, por exemplo, a Prefeitura pagou o 13º salário e o mês de dezembro a todo o funcionalismo, injetando algo em torno de 16 milhões de reais na economia do município. Uma cidade limpa, sempre com novas obras, com uma iluminação natalina que encanta a todos e com suas contas em dia, significa que está sendo administrada com responsabilidade e bom senso.
DIFÍCIL DE CONTROLAR
Num ano em que praticamente não houve debates mais contundentes na Assembleia, a última sessão do ano, fugiu a regra. Com projetos polêmicos na votação, como o orçamento e o PCCS da Polícia Civil, os ânimos se acirraram. Destacaram-se o forte bate boca entre o deputado Luizinho Goebel e a deputada Rosângela Donadon; os protestos de Jesuino Boabaid contra mudanças no projeto original do orçamento e, mais que tudo, outro discurso agressivo e duríssimo do deputado Hermínio Coelho contra o governo e contra a própria Assembleia. Foram momentos de tensão, gritos e sussurros, em que o presidente Maurão de Carvalho teve que usar toda a sua experiência e espírito pacífico, para controlar. Conseguiu, mas teve dificuldades, porque o clima era dos mais tensos.
SÓ CINCO ANOS
Na entrevista exclusiva que concedeu essa semana ao jornalista Sérgio Pires, para as emissoras da SICTV/Record e Record News do Estado, o governador Confúcio Moura defendeu que o ideal para um governante é um mandato de cinco anos, sem reeleição. Ele acha que quatro anos é pouco para implementar todos os projetos e que os oito anos que a atual legislação permite, com dois mandatos, é exagero. Também disse que não está pensando em concorrer a algum cargo eletivo, em 2018. Para surpresa do repórter, afirmou que seu sonho mesmo é voltar para casa, voltar a lavar louça e cuidar dos netos. “Quando terminar meu mandato, terei 71 anos. Já será hora de viver um pouco mais para a família”, afirmou. O problema será convencer seus amigos, correligionários e eleitores a deixar a vida pública...
“CRECHÕES”
Outro detalhe importante da entrevista, que vai ao ar na íntegra nesse sábado, 10h20 da manhã, na Record News Rondônia e que está sendo divulgada nos programas jornalísticos da SICTV: Confúcio fez duras críticas a um projeto que a Seduc não conseguiu levar em frente. Quando ele assumiu, haviam 17 escolas de tempo integral no Estado. O Governador determinou prioridade para ampliação desse sistema. Seis anos depois, existem exatas...17 escolas de tempo integral. “Foi uma coisa que não funcionou. As pessoas que deveriam tocar o projeto, não o compreenderam. Queriam criar crechões e a filosofia não é essa”! Confúcio disse que, nos últimos dois anos da sua administração, assumirá pessoalmente a ideia e vai tentar ampliá-la. Aliás, esse é um dos motivos pelos quais haverá mudanças na Secretaria de Educação.
NOVE MESES
Parabéns ao ECA. Conseguiu criar uma geração de criminosos frios, que estão se lixando para a vida alheia e que, quando partem para o crime, tornam-se perversos, porque sabem exatamente que nada lhes acontecerá. Em Porto Velho, essa semana, mais uma cena trágica dessas. Um “dimenor”, junto com seu comparsa, assaltaram uma loja. Para ameaçar a todos que estavam no local, o menino usou uma pistola 765 (de onde essa gente consegue armas tão poderosas?) e a colocou na cabeça de uma criança de nove meses. Avisou que mataria o bebê, caso alguém reagisse. Preso pouco depois, em breve estará nas ruas de novo, para tocar o caos, ameaçar e matar. É uma tragédia diária, que ocorre em cada canto do país, com os “dimenor” cada vez mais cruéis, protegidos por essas leis absurdas, criadas por cabeças doentias. Lamentável!
PERGUNTINHA
Com o Natal batendo a porta, que índices de queda nas vendas o comércio varejista de Rondônia e do Brasil terminarão este trágico ano de 2016?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires - Porto Velho/RO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário