Pode acontecer de novo. Não se sabe se hoje, se amanhã ou se daqui a algumas semanas ou meses. Mas pode acontecer sim, se não houver reação rápida. O caso da janela que caiu do oitavo andar do CPA Rio Madeira na cabeça de um médico, que passava lá embaixo (e que felizmente não corre mais perigo de morte), não foi um acidente isolado. Há denúncias de servidores que ali trabalham, de que não são incomuns as quedas de pequenos pedaços do prédio. Mas que o risco de outras janelas caírem também existe, porque elas foram colocadas através de um sistema menos seguro e não fixadas, com todos os cuidados com que uma obra desse porte deveria manter. O conjunto de prédios que forma o complexo Rio Madeira, sede do Governo, abriga milhares de servidores e recebe outros tantos milhares todos os dias, demorou a ser concluído. Como, aliás, ocorre com 99 por cento das obras públicas nesse país. Até pelo grande atraso, imaginava-se que a obra, quando entregue, não tivesse problema algum. Mas teve. Começou pela falta de obras complementares vitais, como um prédio de estacionamentos projetado e que nunca saiu do papel. Depois, com os elevadores. Agora, numa fase mais perigosa, caiu uma janela de enorme altura na cabeça de uma pessoa. Milagrosamente ela ficou apenas ferida com alguma gravidade, mas pouco mais que isso.
Espera-se, é claro, por novas medidas preventivas. Mesmo as janelas não tendo sido mal afixadas, como exagerou um crítico do governo, elas não têm a estrutura de segurança que deveriam. E isso é óbvio. Seria muito bom se o Governo informasse sobre as medidas que estão sendo tomadas e sobre a estrutura de prevenção existente ou implantada. O CPA é uma obra muito nova para ter problemas. Primeiro os elevadores. Depois pequenas peças do prédio caindo. Agora uma janela. Espera-se que fique por aí e não aconteça mais nada de perigoso aos servidores e aos frequentadores do lindo (mas aparentemente não totalmente seguro) Palácio do Governo.
CANDIDATOS NA SIC TV
O candidato tucano à Prefeitura de Porto Velho, Hildon Chaves, será sabatinado nesta quinta, a partir de dez pras seis da tarde, no programa Cidade Alerta Rondônia, da SICTV/Record. O apresentador Léo Ladeia e o jornalista Sérgio Pires farão as perguntas, esmiuçando os planos de governo de Hildon, as críticas que são feitas por seu adversário Léo Moraes e simpatizantes, principalmente nas redes sociais, colocando dúvidas que pairam sobre o tucano e sua carreira profissional e política. Hildon também vai falar sobre prioridades e e responder as perguntas sempre quentes da dupla. Hildon também será entrevistado no programa Papo de Redação da Parecis FM, na segunda. Léo Moraes participa da sabatina TV nesta sexta e na Parecis estará na terça.
CADÊ O IBOPE?
Parece que o Ibope desistiu de Porto Velho. Pelo menos não se ouve falar em pesquisa do instituto para o segundo turno. Depois do absurdo erro cometido no turno inicial, quando colocou Hildon Chaves em quinto lugar a poucos dias da eleição e quando se abriram as urnas ele ganhou de todos, provavelmente a TV Rondônia/Globo achou mais prudente não anunciar mais pesquisas tão cedo. O problema não aconteceu pela primeira vez. Na maioria dos casos, o Ibope errou em Porto Velho e em Rondônia. Na última eleição ao Governo, o instituto jamais detectou o crescimento de Confúcio Moura, que na reta final venceu Expedito Júnior sem grandes dificuldades. Quem fosse pelo Ibope, tinha certeza de que Expedito seria o Governador.
DOENÇA TERMINAL
Cinco assassinatos em 24 horas no Vale do Jamari. O 25º crime de morte na até há pouco pacífica Vilhena. Bandidos atirando na polícia em Porto Velho e um deles morrendo na troca de tiros. Assaltos em plena luz do dia próximo ao shopping, quase todos os dias. Nessa semana, uma jovem foi atacada no meio da tarde, com uma arma encostada na sua cabeça e teve que entregar não só celular, como o dinheiro que tinha. E ainda acha, até agora, que sobreviveu porque os bandidos desistiram, na última hora, de atirar nela. Quase não se vê polícia na rua. E quando a polícia age, a Justiça solta. Com as leis protegendo o crime, bandido é preso de manhã e solto à tarde. Quando não entra numa delegacia por uma porta e sai pela outra. Rondônia sofre a doença terminal do Brasil: o crime está mandando em tudo.
DESRESPEITO ÀS MULHERES
Quando um promotor público diz que “é recorrente os casos de abusos contra mulheres no ambiente universitário, especialmente após a utilização de artifícios para deixá-las inconscientes”, ele não está exagerando. Por isso, o MP da Capital, com apoio de outras entidades, exigiu que uma festa universitária preparada para esta quinta à noite, numa casa noturna da Capital, mude o nome de “Dopamina”, que insinua que mulheres poderão ser “dopadas”, é um incentivo ao estupro. O que se lamenta é que o evento seja promovido por acadêmicos de Medicina das universidades rondonienses, que deveriam ter, até pela opção que escolheram, um pouco mais de respeito não só pelas mulheres, mas por todas as pessoas. A festa teve o nome mudado e o MP quer também que qualquer mulher que se ache em risco, que denuncie o caso. Nota dez ao MP, nessa aí!
FEITOS DE IDIOTAS!
Um empurra para o outro. O outro empurra para o um. Como os dois não resolvem, procuram um terceiro ou até um quarto para responsabilizar. O jogo pode durar meses ou até anos. Enquanto eles ficam brincando entre si, como se estivessem tirando sarro da nossa cara, as coisas não andam. Exemplo: a escuridão na ponte sobre o rio Madeira, que já vai para o terceiro ano e a do viaduto recém inaugurado sobre a BR 364. Zero iluminação. O Dnit diz que a responsabilidade é da Prefeitura. A Prefeitura diz que não tem como resolver, porque depende de Nosso Senhor Jesus Cristo. Devolve a bola para o Dnit. Aí ficam nessa de enrolação, porque a lei diz isso, porque a lei diz aquilo e vão se fazendo de doente pra passear de ambulância. Enquanto isso, a população, feita de idiota, não sabe direito a quem cobrar. É assim no Brasil.. É assim em Rondônia.
PERGUNTINHA
Até quando malandragens e discursos bonitos vão ser usados para enrolar o contribuinte, tratando-o como doente mental e livrando as autoridades de assumir suas reais responsabilidades?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário