“O senhor provoca em mim os sentimentos mais primitivos”! Quando proferiu essa frase, dirigida a José Dirceu, mentor do Mensalão, Roberto Jeferson começou a sacudir o país. Partiu dele a denúncia que destruiu a farsa do governo petista, que queria se eternizar no poder comprando, com dinheiro público, o voto de parlamentares corruptos. Jeferson, que acabou sendo preso e cumprindo pena, destruiu um esquema criminoso, com sua denúncia corajosa. Pois ele voltou. E trouxe consigo uma nova denúncia, essa muito mais grave: “o PSOL é um partido político ligado ao crime organizado”. Jeferson vai sacudir o país pela segunda vez, caso seja dado a esse tema tão tortuoso, o mesmo tratamento em nível de Ministério Público e Judiciário, que foi dado nos tempos do Mensalão. Numa entrevista nessa semana à Jovem Pan, Jeferson, ao lembrar dos seus tempos de cadeia, afirmou: “o PSOL é o lado ruim da prisão. Lá no Rio de Janeiro, todo o preso, não importa o quanto desqualificado seja e que tipo de crime tenha cometido, tem a proteção do PSOL”. Segundo Jeferson, há uma superestrutura, incluindo muitos advogados, de apoio aos criminosos presos, por parte de um partido político que, em sua essência, defende os bandidos e tenta livrá-los da cadeia”.
Para Jeferson, quem tenta fazer uma revolução contra o país, hoje, não são os operários, mas apenas membros da esquerda e especificamente do PSOL. “Eles não têm compromisso ético com a vida, com a segurança, com o país. O PSOL está ligado ao que de pior há nas cadeias brasileiras”. O ex deputado federal e até hoje presidente nacional do PTB, fez questão de dizer que o PSOL trata como gente do bem “traficantes de cocaína, assassinos, criminosos da pior espécie” e se posiciona sempre contra a polícia. Não fosse a maioria das redações dominadas por esquerdistas e parte do MP e do Judiciário estarem aparelhados pela esquerda, esses amigos do crime organizado já estariam na cadeia. Jeferson mais uma vez presta um serviço inestimável ao Brasil. Mesmo com todos os seus erros, merecia é uma estátua de defensor da Pátria.
PURA BAIXARIA
Lamentável, dos episódios mais tristes da campanha eleitoral em Porto Velho, foi um impresso apócrifo, levando o nome de um inexistente Movimento Cristão de Porto Velho, espalhado pelas ruas da cidade, no sábado. Com graves acusações, todas absurdas e doentias, contra o candidato Hildon Chaves, a publicação anônima representa o que há de mais doente, de mais canalha, de pior na política brasileira. Certamente o adversário de Hildon, o jovem Léo Moraes, jamais compactuaria com uma coisa dessas, por isso se deve descartar que ele tenha sabido do ataque covarde. Certamente a iniciativa partiu dos que, desesperados por perderem alguma benesse, algum poder, algum espaço na política local, com uma eventual vitória de Hildon Chaves, partiram para a infâmia. Uma pena mesmo que essas práticas ainda sejam usadas e que os responsáveis nunca parem na cadeia.
A ENÉSIMA HORA
Falando em debate. O da TV Rondônia/Globo, realizado na sexta, teve vantagem de Léo Moraes, mas nada que pudesse mudar os rumos da eleição, já decidida. E aí está o demérito do encontro promovido pela emissora. Com sua imensa audiência, deixa para a enésima hora a realização de um debate que acaba tendo influência zero na decisão do eleitorado. Ou seja, a menos que tivesse acontecido alguma coisa espetacular, alguma novidade inacreditável, o que é claro, não ocorreu, se poderia dizer que houve alguma modificação na tendência de que Hildon Chaves já ganhou a eleição, a menos que o Ibope tenha cometido mais um erro histórico em sua última pesquisa. Deixar para pouco mais de 36 horas antes da abertura dos postos de votação para fazer um debate, é impedir que qualquer repercussão que ele possa ter tido tivesse tempo suficiente para chegar à base do eleitorado. A organização impecável e a forma positiva do confronto, merecem elogios. Afora isso, foi dispender muito esforço para quase nada.
BEIJANDO UMA FREIRA
A menos que Hildon Chaves seja preso em flagrante, assaltando um banco; roubando comida de um sem teto ou beijando uma freira dentro da igreja, nada mais lhe tira a vitória na eleição desse domingo. Brincadeiras à parte, mesmo que o Ibope tenha errado (mas apenas se errou muito, muito feio), o que se ouve nas ruas, desde que Chaves ganhou o primeiro turno, é de que ele sempre esteve na frente de Léo Moraes, na reta final da disputa. No final da tarde deste domingo, já se saberá se o Ibope acertou em cheio ou se errou para mais ou para menos. Mas o quadro parece estar desenhado. Se não houver uma enorme surpresa de última hora, o que pode acontecer, mas é muito raro, o ex promotor pode começar a experimentar o terno para a posse, em 1º de janeiro do ano que vem.
PEQUENAS ILHAS
O trânsito na BR 364, embaixo das duas pistas dos viadutos do Trevo do Roque, na Capital, pode ser liberado ainda nesse final de semana,. Na segunda ou terça, a outra pista do viaduto, a que chega para entrada na cidade, também deve estar pronta. Finalmente, depois de tantos anos, a população de Porto Velho vê uma obra importante concluída. A ponte sobre o rio Madeira é uma beleza, mas até hoje não está totalmente pronta, já que lhe falta iluminação. Na semana que vem, o INSS entrega, depois de oito anos, o prédio reformado da sua sede da Capital, dando um atendimento mais digno aos usuários, que ficaram durante todo esse tempo perambulando por prédios improvisados. Outra boa notícia sobre obras em Rondônia foi dada pelo Ministério dos Transportes. No orçamento do ano que vem, existem 200 milhões de reais para construção da ponte binacional Brasil/Bolívia. São pequenas ilhas de coisas boas, num mar de coisas ruins. Mesmo assim, há que se comemorar!
PODE MATAR POLICIAL
Dá pra entender as leis brasileiras? Três envolvidos na morte de dois PMs, em Porto Velho, foram presos. Entraram por uma porta da Delegacia e saíram pela outra. Mataram um agente da lei e, quem sabe um dia, em meados da próxima década, sejam julgados. Se condenados, ficarão algum tempo na prisão e em seguida estarão livres de novo. Terão uma segunda chance. Sairão da prisão para cometer outros crimes. E a história continuará assim, em milhares de casos semelhantes, , já que quem decide sobre a aplicação das nossas leis pífias, são geralmente magistrados muito preocupados com os direitos humanos dos criminosos. Ninguém dá bola para o fato de que os mortos não terão segunda chance, obviamente. Meia dúzia de torcedores corintianos que fizeram uma baderna no Maracanã, estão na cadeia preventivamente e são tratados como facínoras. Gente que mata policial, aí não! Esses “pobres coitados” merecem outra chance. Que leis são essas? E que interpretações dão a elas muitos dos nossos magistrados?
PERGUNTINHA
Se vc pudesse falar com o prefeito eleito de Porto Velho, no final da tarde desse domingo e pudesse lhe fazer um pedido, qual a prioridade que você exigiria dele, logo após tome posse?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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