O contribuinte já não tem escapatória. Os governos (federal, estaduais e municipais), criaram uma superestrutura de faturamento às custas dele, pobre coitado, com retorno em serviços de qualidade cada vez pior. Ao entrar em casa, só não está pagando para respirar. Por enquanto. Paga altas taxas de água, energia, gás (onde há), iluminação pública (até onde não há), IPTU e por aí vai...Da porta para fora, está mais ferrado ainda. Ao sair na rua, se está a pé, paga um preço alto da passagem de ônibus, porque boa parte da tarifa é abocanhada pela tributação e pelos custos (esses também, sem exceção, super tributados). Se tem carro, aí sim é que está ferrado. IPVA, taxa de bombeiros, taxa de seguro e muito mais. Mas, perigo tão grande quanto isso é a indústria da multa, um sistema injusto, em que os guardas de trânsito, que deveriam proteger e ajudar motoristas e pedestres, esquecem-se dessa parte da lição. Na prática, só aplicam multas, como se isso fosse guindá-los a cargos superiores ou, só por isso, fossem cair nas graças de seus chefes. Claro que não se pode considerar todas as multas como erradas. Não mesmo. Mas são aqueles esdrúxulas, aplicadas aos montes e muitas pela má vontade dos guardas, que nunca são aliados dos pobres motoristas, que movimentam essa milionária e faminta indústria.
Paga-se tudo e exageradamente. Tem-se como retorno um serviço público lastimável, como se não houvesse dinheiro para nada. Quando a gente pergunta onde está toda a fortuna que se arrecada em impostos, chegam a ser ridículas as respostas que se ouve e lê. Um dia, quem sabe, esse achaque contra o pobre brasileiro vai acabar. Que não demore muito, porque senão não sobrará ninguém para pagar tanto imposto e taxa e sustentar essa voracidade oficial, em toda a estrutura de poder.
ANTICORRUPÇÃO - A corrupção e seus males: esses são alguns dos temas centrais da imperdível entrevista concedida pelo deputado Ribamar Araújo a Sérgio Pires, no programa Candelária Debate deste sábado, na TV Candelária/Record, em rede estadual. Um dos poucos sobreviventes do PT nas eleições passadas em Rondônia, Ribamar completa 20 anos de vida pública sem responder sequer a um processo. Ele fala sobre isso e muito mais. O programa vai ao ar neste sábado, a partir das 13h20, horário local.
SEQUELAS DA OPERAÇÃO - Os desdobramentos da operação da PF e MP que envolve nomes poderosos da administração, podem ser devastadoras para alguns dos personagens. E tudo é negativo, sob todos os aspectos, para Rondônia, porque tudo isso vai acabar influindo na economia, na vida do Estado, no governo como um todo. Uma investigação deste nível, que envolve o chefe de governo e muitos dos seus assessores, sempre traz sequelas. Agora, é torcer para que esse caso seja logo resolvido e que as coisas voltem ao normal.
INFERNO ASTRAL - Pouco depois da eleição, o governador Confúcio Moura vive seu inferno astral. Primeiro, foi denunciado pela Procuradoria Eleitoral por abuso de poder econômico, na campanha que o reelegeu. Em seguida, é atingido em cheio pela Operação Plateias, que chegou até sua própria casa e a pessoas muito próximas a ele. Confúcio, que estava concentrado na preparação do seu time para um segundo mandato, vai viver ainda um longo período de dores de cabeça, até que a turbulência passe...
CUNHADO NÃO É PARENTE? - Durante longo tempo, Confúcio Moura foi alertado para o perigo de manter por perto o cunhado dele, Francisco de Assis. Em todo o período da administração, desde antes da posse, já se ouvia zumbidos relacionados com o cunhado, que não é parente. Mesmo depois do afastamento de suas irmãs da administração, Confúcio não ordenou que Assis ficasse longe do poder, até como prevenção. Agora, é Assis o principal acusado na Operação Plateias. Para PF e MP, é ele o chefe do grupo que desviou 57 milhões de reais.
NÃO COMPACTUA - Mesmo notadamente abatido e triste - e não poderia ser diferente - Confúcio Moura falou com os jornalistas, no final da fatídica tarde pós Operação Plateias. Avisou que não aceita desvios de conduta, não compactua com ilegalidades e que, todos os envolvidos que forem comprovadamente culpados, vão "voar" do seu governo. Tão importante quanto isso foi ter afirmado que o governo como um todo continua trabalhando normalmente. Mesmo entristecido, o governador tem mesmo é que continuar governando, para que o Estado não seja afetado.
USANDO O BISTURI - A hora é a exata para que Confúcio faça uma verdadeira limpeza, uma profilaxia, uma devassa em seu governo, tirando tudo o que está podre e até o que é apenas suspeita de podre. Tem uma oportunidade rara de dar uma geral, preparando para começar um segundo mandato livre de alguns câncer que afetaram sua administração e que estão nela não para ajudar o Estado, mas para se locupletarem com os recursos dele. Desse limão, se souber agora agir com sabedoria, Confúcio pode fazer uma limonada das boas. Basta saber onde colocar o bisturi (ele é médico e saberá, com certeza!) nas feridas certas.
PERGUNTINHA - Não seria de bom alvitre, para algumas personalidades de Rondônia e do Brasil, deixarem uma malinha com roupas e produtos de higiene sempre prontinha, para quando forem chamados pela Polícia Federal?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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