É gravíssima a denúncia feita no último dia 4, pelo Ministério Público Federal (MPF) apontando o envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) com a máfia italiana. Os criminosos, segundo os procuradores, participam de pelo menos 21 operações de exportação de cocaína nos últimos anos. De acordo com a Procuradoria, o PCC era responsável pela compra de drogas na Bolívia e o envio ao exterior. A quadrilha que atua dentro e fora dos presídios também era responsável pela logística dentro do porto de Santos.
Em fevereiro de 2013, 37 homens, que estavam detidos em unidades prisionais catarinenses foram transferidos para o Rio Grande do Norte e três para Porto Velho. Esse ano, o presídio federal da Capital abriu novamente as portas e recebeu novos "hóspedes" que promoviam onda de ataques nas ruas de Florianópolis (SC). Criminosos que integram o PCC, mesmo atrás das grades, controlam quadrilhas fora dos presídios. Eles costumam se comunicar entre os presídios, segundo apurou o serviço de inteligência da Polícia Federal.
Ao longo dos últimos anos, aconteceram dois ataques que chamaram a atenção da mídia nacional. Em Florianópolis, por exemplo, 70 ataques foram registrados contra ônibus e outros em delegacias. Talvez esses ataques foram planejados com a justificativa de trazer esses presos para Rondônia, Estado que faz divisa com a Bolívia. Também não pode descartar a possibilidade do envolvimento desses presos com a logística no transporte da droga da Bolívia para o porto de Santos.
Quando um preso do PCC é transferido pra um presídio federal, eles têm direito de receber visitas de familiares e advogados. Trata-se de um procedimento natural do sistema prisional. As famílias desses marginais acabam migrando também para essas regiões e fazem aceder o sinal de alerta das autoridades locais. Merece uma investigação profunda o possível envolvimento desse presos com o tráfico internacional e máfia italiana. Após mais de um ano de investigação, a PF descobriu ramificações do PCC em países vizinhos ao Brasil e também na Europa, África e Caribe. Os presídios federais, apesar de todo sistema de segurança moderno instalado, ainda se tornam palco de reuniões para deliberar decisões fora das celas.
Fonte: EDITORIAL - Jornal Diário da Amazônia
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