quinta-feira, 16 de outubro de 2014

OPINIÃO DE PRIMEIRA

UMA LINHA TÊNUE QUE PODE DECIDIR OS DEBATES

Os debates esquentam, levam o eleitor a pensar e repensar, mesmo quando descambam para a baixaria, como eventualmente acontece e como aconteceu tanto no recente confronto entre Confúcio Moura e Expedito Júnior, quanto no que colocou frente a frente Dilma Rousseff e Aécio Neves. O primeiro foi na semana passada e repete-se nesta sexta, no grande encontro promovido pela TV Candelária/Record. O último foi na noite de terça, em rede nacional pela Band. Nos dois casos, os debates são importantes porque há um nível de indecisos muito grande e que, a partir do que assistem nesses encontros, podem afinal definir seu voto. Uma das questões vitais nos confrontos, contudo, é uma linha tênue que separa o que é palatável para o eleitor, nas baixarias e agressões que chegam ao nível pessoal. Quem consegue manter-se equilibrado nessa corda bamba, se sai melhor. O que exagera, o que não mede palavras, o que desrespeita o adversário, a democracia e até o eleitor, acaba saindo perdendo.
Todo mundo gosta de um debate quente (o eleitorado adora ataques duros de um adversário ao outro), mas são poucos os que querem ver a disputa política transformada quase numa luta física, de agressões desmedidas e palavreado descontrolado. No encontro da Band regional entre Expedito e Confúcio, a linha que separa a agressividade da falta de bom senso foi ultrapassada algumas vezes. No encontro nacional entre Aécio e Dilma se pode dizer o mesmo. Quem ganhou e quem perdeu? Só o eleitor vai responder, lá na frente, nas urnas. Quem conseguir se manter no equilíbrio, sem se diminuir, mas também sem diminuir seu adversário pessoalmente (mas apenas no campo das propostas, ideias e argumentos), esse sim terá será o grande vencedor. Sem dúvida, veremos depois, nas urnas, que esse raciocínio está correto...
 COMEÇOU A NOVELA - Crise série entre Prefeitura e Câmara, antecipada nesta coluna, teve novos capítulos esta semana. Num deles, o presidente Alan Queiroz mandou a segurança retirar da Casa um assessor do prefeito Mauro Nazif, Bruno Miranda. Uso de máquinas e equipamentos em distritos, que teriam finalidade de conseguir votos a um candidato apoiado por Nazif, além do caso da contratação emergencial de empresas para coleta de lixo também entrou na pauta, com pesadas críticas contra a administração. O caso ainda vai longe, se não houver uma negociação política rápida.
  ROLO EM CACOAL - Não é apenas o prefeito Mauro Nazif que está enfrentando problemas com a Câmara de Vereadores da sua cidade. Em Cacoal, o rolo está grande. Com dez votos favoráveis e apenas um contrário, os edis da cidade decidiram criar uma CPI para investigar ações do prefeito Padre Franco Vialetto, principalmente na área da saúde. Várias acusações são feitas e a troca de 12 secretários em poucos anos acelerou a crise. As investigações serão de90 dias e podem culminar no pedido de cassação do prefeito de Cacoal.
 VIVENDO NA SUJEIRA - Nas redes sociais, continuam os ataques, baixarias, "informações" anônimas, meias verdades. Tanto na disputa presidencial como pelo governo de Rondônia, gente que defende um ou o outro lado desce aos mais baixos degraus da dignidade e do relacionamento humano, para expressar toda a sua pequeneza. O face book é o campeão desta vergonha que nos assola, mas o whatts app não fica atrás. Sacanagem, lamaçal. Tem gente que adora viver nesse tipo de sujeira!
 PERDEU TUDO - Em Rondônia, a estratégia do PT de ter candidatura própria ao governo deu errado. Além de ficar atrás, inclusive da estreante Jaqueline Cassol, o candidato Padre Ton não conseguiu eleger nenhum nome para a bancada federal. É a primeira vez em 12 anos que isso acontece. Além disso, perdeu uma das três cadeiras que tinha na Assembleia Legislativa. O único petista mais antigo que se deu bem, conseguindo a reeleição, foi Ribamar Araújo, exatamente um dos políticos que mais criticavam seu próprio partido. E que chegou a ser ameaçado de expulsão. No mais, o petismo rondoniense deu vários passos para trás.
 CÍRCULO VICIOSO - O fracasso da segurança pública é notório em todo o país, mesmo com o esforço das forças policiais. O problema é a legislação, que solta bandidos um atrás do outro e, pior de tudo, não pune menores criminosos. Sem mudanças nas leis, não haverá qualquer avanço contra a criminalidade. Vários casos de assaltos, roubo, vandalismo, são creditados a grupos de menores em Porto Velho também. Eles são "apreendidos" e pouco depois estão soltos de novo. Um círculo vicioso desses, é claro, transforma o caso em questão insolúvel.
 DÉCIMA PRIMEIRA - Suspeita-se, para ficar dentro do mesmo tema, da participação de grupos de "di menor" em arrombamentos e vandalismo, incluindo ataque, na semana passada, a um posto da Polícia Militar no bairro Jardim Santana. Pela décima primeira vez, a Escola Maria Carmosina foi atacada e  vandalizada, além de ver perdidos computadores, móveis e até fios da rede elétrica. Não se sabe se os líderes são menores, que eles estão no rolo, estão mesmo!
PERGUNTINHA - Até quando as autoridades chamadas responsáveis vão fazer de conta que não é com elas as constantes invasões de propriedades praticadas por grupos que se dizem sem terra, em várias regiões do Estado?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires

Nenhum comentário:

Postar um comentário