Falta ainda uma conversa definitiva. Deveria ter ocorrido há alguns dias, mas foi transferida porque o Governador teve que mudar sua agenda na última hora, para comparecer ao funeral da filha do deputado Edson Martins. Mas o encontro vai acontecer neste sábado, também conhecido como amanhã. Confúcio Moura e Daniel Pereira vão sentar, olhar nos olhos um do outro e começar a definir os compromissos políticos daqui para a frente, planejando o futuro de ambos e do Estado. Quando o encontro terminar, se saberá se Confúcio Moura será mesmo candidato ao Senado e renunciará em 5 de abril, abrindo caminho para que Daniel assuma o governo por nove meses ou se o atual Governador fica onde está, não concorrendo a nada e sem que seu vice seja o sucessor ainda neste mandato. A tendência, a princípio, era de um grande acordo, que já estaria alinhavado. Mas declarações de Confúcio Moura, a uma TV de Ariquemes, podem mudar o quadro. Porque do que ele disse, Daniel aceita tranquilamente a metade. A outra, não topa. E é aí que a coisa pode complicar. O que Daniel Pereira dirá ao seu companheiro de mandato? Primeiro, que manterá toda a estrutura de governo, as metas, as realizações e os projetos. Mexerá muito pouco na equipe. Vai dizer que o governo de Confúcio é diferenciado para melhor e vencedor. E que ele, Daniel, apenas colocará suas digitais aqui e ali, mas, na essência, nada vai mudar. Essa parte da exigência de Confúcio ele topa. Já topou. O problema é a parte política. Na entrevista de Ariquemes, Confúcio afirmou que só deixará o governo caso Daniel se comprometa com o seu (dele, Confúcio) grupo político. Daniel, como líder partidário do PSB, não vai topar. O que ele prometerá ao Governador é que o nome de Confúcio Moura será apoiado na disputa ao Senado totalmente por ele e por seu partido. Mas o PSB lançará um segundo nome, muito provavelmente o de Jesualdo Pires, o sempre elogiado prefeito de Ji-Paraná, para a outra vaga ao Senado. Ponto final. A partir daí, não tem mais acordo.
O que Daniel afirma é que ele e seu partido cumprirão um antigo acordo político com o PDT e seu líder maior no Estado, o senador Acir Gurgacz e que será ele, Acir, o nome aliado dos socialistas para concorrer ao Palácio Rio Madeira/CPA, nas eleições deste ano. Numa conversa com amigos e parceiros, Daniel encheu a bola do presidente da Assembleia, Maurão de Carvalho, que é o candidato do MDB e de Confúcio ao Governo. Mas reafirmou: “acho Maurão um grande candidato, mas meu partido vai apoiar Acir Gurgacz”. Essa questão, segundo tem repetido o vice governador, não é negociável. Esperemos para ver...
VAI TER ACORDO OU NÃO?
Até agora, esse é o resumo da ópera. Caso Confúcio aceite o apoio incondicional de Daniel à sua candidatura ao Senado e se contentar com isso, estará tudo resolvido. Mas se o Governador bater pé na exigência de que seu vice teria que abrir mão de outros compromissos partidários, para apoiar os nomes do MDB, como deixou transparecer na conversa com o repórter da TV de Ariquemes, não vai dar acordo. O jogo político está andando. Neste final de semana saberemos, enfim, se Confúcio sai do governo para disputar o Senado; se Daniel assume o poder, até 31 de dezembro próximo ou se tudo fica como está. O funil em direção às eleições de outubro está com seu bocal cada vez mais estreito. Todos os partidos e candidatos se mexem. O caso Confúcio/Daniel é um dos mais emblemáticos. No início da próxima semana, já se saberá o que os dois poderosos da política rondoniense decidiram. Acordo ou não? Respostas em breve.
HOMENAGENS À DONA SUZANA
Do jeito que está o Brasil, em breve a assassina dos pais Suzana Von Richthoffen será libertada, depois de cumprir menos da metade da sua pena de 39 anos e alguns meses. Já tem vários benefícios, mas sua liberdade é iminente. Os pais que ela matou, segundo a baderna jurídica que beneficia criminosos, poderiam ser convocados para cumprir o restante da pena no lugar dela, mas infelizmente não vão poder comparecer, por motivo de força maior. Ela poderá, em breve, ser convidada para uma novela da Globo, onde faria o papel de um transexual que se acasalará com um alienígena, sob o patrocínio da Coca Cola. Será lançada candidata por algum partido de esquerda, com apoio total dos defensores dos direitos dos bandidos, com a bandeira da defesa dos pobres coitados que, apenas por matar os pais, são obrigados a ficar um tempão na cadeia. Desfilará, como homenageada, por ter ajudado a manter o controle de natalidade (matou os pais e eles não poderão mais ter filhos, deu pra entender?), em alguma Escola de Samba do Rio e sua vida virará um filme, produzido com recursos da Lei Rouanet, onde poderá concorrer a um Oscar, representando o cinema brasileiro. É uma tristeza se pensar num país em que toda essa ironia corre o risco até de se tornar realidade. Lamentável!
BEM VINDOS, NOVOS VIZINHOS!
Decisão da justiça federal do Rio de Janeiro transfere para o presídio federal de Porto Velho, mais um daqueles criminosos que faz parte do rol dos grandes inimigos da sociedade brasileira. E ele virá exatamente para encontrar-se com quem? Isso mesmo: com seu maior rival. Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que aterrorizou favelas do Rio de Janeiro, tentando tomar o poder que era de Antônio Bonfim Lopes, o Nem,,, esse outro bandidão já está numa cela do nosso Presídio Federal, vão se encontrar. Agora, dois dos maiores rivais do crime, que certamente trarão para seu entorno parceiros e seguidores, como outros já o fizeram, estarão se confrontando dentro de uma cadeia considerada de segurança máxima, mas que pode, com essa decisão infeliz, se transformar num verdadeiro caldeirão. Ora, a decisão, que pode ter sido emanada de alguém que ainda acha que Porto Velho é capital de Roraima, deixa clara a não preocupação em manter, juntos, dois criminosos deste porte, que mesmo dentro da cadeia, continuam mandando no crime do lado de fora. E que continuarão seus confrontos, seja no Rio de Janeiro, seja por aqui mesmo. É daqueles presentes gregos que enchem o saco da gente. Mas reclamar pra quem? Ninguém que nos representa protesta com veemência contra esses absurdos.
NAZIF E A MELHOR VOTAÇÃO
Ele voltou! Depois de longo tempo distante das ruas, o ex prefeito Mauro Nazif está de volta. Vai participar da eleição deste ano, concorrendo a uma vaga à Câmara Federal. O otimismo ronda ele e sua turma. O vice governador Daniel Pereira comentou, essa semana, que o partido não só quer eleger Nazif, mas o quer com a maior votação entre todos os candidatos a deputado federal, em outubro. Nazif teve passagens bastante vitoriosas pelo parlamento. Tanto na Assembleia como na Câmara, sempre teve atuação destacada. Seu problema foi com o Executivo. Eleito Prefeito de Porto Velho, depois de um mandato controvertido e abaixo de críticas, de apenas quatro anos, ele tentou a reeleição, mas sequer chegou ao segundo turno, ficando com uma votação muito aquém do esperado. O PSB considera que a administração de Mauro Nazif foi bastante positiva e que sua história como parlamentar que seu partido considera diferenciada, podem levá-lo a uma eleição consagradora. Vamos ver se esse otimismo se confirmará nas urnas!
PT AINDA NÃO DECIDIU NADA
Marcos Pereira, membro do PT, é um nome quase desconhecido da porta para fora do partido, em Rondônia. Mas teria sido lançado como pré candidato ao Governo, há alguns meses. Só que a cúpula petista nunca confirmou oficialmente essa decisão. A tal ponto que o presidente regional, Lazinho da Fetagro, emitiu nota oficial contestado a indicação. Diz o texto, ao se referir diretamente ao assunto: “O Partido dos Trabalhadores não definiu e nem discutiu nenhum nome para representar a sigla nas eleições de outubro de 2018. A Executiva Estadual vem analisando o quadro político e discutindo com as bases do partido e no momento oportuno irá propor ao Diretório e a militância, a tática eleitoral a ser implementada em Rondônia pelo nosso partido”. Ou seja, qualquer indicação de nomes, seja para que cargo se quiser comentar, não tem ainda o aval do diretório estadual. Obviamente que, além do próprio Lazinho, o PT tem analisado candidaturas como as de Fátima Cleide, Roberto Sobrinho e Padre Ton, seus principais nomes hoje, no Estado. Mas, por enquanto, não há nada oficial sobre futuras candidaturas tanto ao Governo como ao Congresso ou à Assembleia.
SE NÃO É DITADURA, É O QUE?
Como chamar um projeto de governo que acaba com a liberdade individual e com a liberdade religiosa; que quer engessar a imprensa, ameaçando com julgamentos sumários e penas duríssimas, a jornalista que escreverem contra os poderosos de plantão? Qual o nome que se daria a um governo que pretende ter o controle das empresas e as propriedades privadas? Pode-se chamar de democracia, um governo que pretende criminalizar as manifestações legítimas da população, a menos que elas lhes sejam favoráveis? Tem algum apelido, que não ditadura plena, a tentativa de criminalização da atuação dos médicos, dos caminhoneiros e que pretende até controlar o deslocamento da população dentro do país? E isso é apenas uma pequena parcela das intenções do presidente da Bolívia, Evo Morales, em eternizar-se no poder e transformar seu país num estado socialista, onde só o governo tem razão, mexendo profundamente no Código Pena e na Constituição. Ora, se isso não é ditadura, o que é então? Qual o novo nome que se pode dar a isso tudo? Certamente que nem arremedo de democracia é. Respeita-se as opiniões em contrário, é claro, mas Don Evo está sim tentando transformar seu país no quintal de sua propriedade ideológica. É, claramente, tentativa de impor uma ditadura!
PERGUNTINHA
O que você achou das declarações da senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT e do senador Lindenberg Farias, de que a esquerda tem que radicalizar contra a Justiça e que se prender Lula, “vão ter que matar muita gente”?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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