Os módulos de injeção, ou do tipo piggyback, hoje são mais famosos pelas marcas que carregam: Power Commander, Bazzaz e Rapid Bike (único com importador oficial). São a maneira mais simples de elevar a potência, sem a necessidade de troca e alteração de componentes, ou mesmo a desmontagem do motor. Sua principal função é dar acesso à programação da central eletrônica da moto (ECU), permitindo alterar parâmetros como a quantidade de combustível que entra nos cilindros, limite de rotações, ponto de ignição, controle de tração e freio motor, entre outros.
A maioria dos usuários de módulos quer aumentar a performance do motor, algo relativamente fácil de se obter elevando a quantidade de gasolina injetada nas câmaras de combustão. Os motivos pelos quais a potência adicional é um resultado quase certo são três: a necessidade de “tropicalização” mais refinada para compensar até 27% de etanol em nossa gasolina; a programação original que injeta uma relação ar/gasolina pobre (em gasolina) para ajudar a reduzir emissões; e a eventual instalação de filtro e escapamento esportivos já ter ocorrido, aumentando a vazão de oxigênio na admissão e de gases na exaustão, ganhos que só são potencializados com a compensação correspondente em quantidade de gasolina para elevar a capacidade de combustão (a potência extra pode ultrapassar 10%).
Para instalar um módulo é necessário trocar o chicote elétrico original pelo que acompanha o aparelho. Este novo chicote capta dados dos sensores e altera as informações enviadas à ECU ou os comandos dela para os atuadores, como os bicos injetores de combustível. A ECU original continua comandando os atuadores, mas baseada agora nas novas informações enviadas pelo módulo adicional.
Alguns exemplos dos muitos sensores espalhados pela moto são os de posição do acelerador, temperaturas do ar admitido e do líquido de arrefecimento do motor, posição das borboletas, pressão no coletor de admissão, oxigênio na mistura ar/combustível, rotações do motor e marcha engatada. Com todas as informações coletadas um preparador especializado pode ajustar as respostas do motor às características desejadas pelo proprietário da moto, de acordo com o tipo de uso, pista ou estilo de pilotagem. Também pode retardar o limitador de rotações favorecendo, por exemplo, o encurtamento da relação final para pistas mais travadas. Os módulos mais sofisticados atuam até no controle de tração, freio motor e câmbio rápido (quickshifter).
É importante alertar que a nova programação é um procedimento delicado, difícil acertar todos os parâmetros para funcionarem bem em conjunto deixando o comportamento da moto “redondo” e seguro contra danos mecânicos. Por isso é preciso contar com a assistência de um profissional. O custo do equipamento varia de cerca de R$ 1 mil a R$ 3 mil, dependendo dos recursos que traz, e pode ser encontrado para a maioria dos modelos de motos a partir de 300cc.
Fonte: Revista Duas Rodas.com .br
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