A foto acima é uma montagem. Tirou-se uma cena do deputado Jair Bolsonaro, engolido por uma multidão no aeroporto de Londrina, no último domingo, para destacá-la, porque senão não haveria como identificar que é ele no meio de tanta gente. O vídeo está bombando há dias na internet. Fácil localizá-lo. Nele, ao menos duas mil pessoas, praticamente carregam o deputado dentro do aeroporto Governador José Richa, cantando palavras de ordem em apoio à candidatura dele à Presidência da República. Cenas semelhantes se tem visto em várias regiões do país. Bolsonaro não é o pior que poderia acontecer para o país, na Presidência, porque pior seria a volta de Lula ou qualquer petista. Mas tem quase o mesmo nível de perigo. Embora conquiste cada vez mais adeptos, mais admiradores e futuros eleitores, até pelo desespero em que se encontra o brasileiro comum, que não comunga com tudo o que está aí (e principalmente com a destruição do Brasil, ocorrida nos últimos 12 anos, pelas desastradas gestões do PT, da esquerda e seus aliados), Bolsonaro no poder racharia o país e poderia implantar um governo muito longe do democrático. Poderia fazer exatamente o que o PT e partidos de esquerda querem impor à Nação: um governo extremista, que, pouco a pouco, poderia sufocar a democracia, em nome de ideologias longe de serem as melhores ao nosso país.
Um governo de Bolsonaro seria sim positivo apenas sob alguns aspectos: ele trataria de extirpar, da vida brasileira, todo o pacote de sacanagens e maldades implantadas em nome da ideologia petista, que tanto mal causou ao Brasil. Ainda mais, trataria bandido como bandido; a segurança pública seria priorizada, muitas coisas mudariam radicalmente. Mas aí está a palavra perigosa: radical. Radicalismo. Ir para a extrema direita significa o risco de graves perdas nos direitos dos cidadãos; perdas para as minorias e nas questões dos direitos humanos, não só dos bandidos, como hoje é a prioridade, mas de todos os brasileiros. Além disso, uma volta ao militarismo não estaria fora de questão. Bolsonaro é menos pior do que Lula, mas o Brasil não merece o castigo de ser governado por nenhum dos dois. Na Câmara, a voz de Bolsonaro é importante. Fora dela, é um perigo.
O PONTO ELETRÔNICO NO ESTADO
O governo Confúcio Moura está lançando mais uma inovação que, na prática, vai elevar o Estado a um patamar ainda melhor e mais diferenciado, nas questões da administração pública, mas que, politicamente, terá um duro custo ao chefe do governo, principalmente. Nessa semana, foi decidida a implantação do Ponto Eletrônico para o funcionalismo, coisa que, em todo o país, foi tentada várias vezes, mas raramente funcionou. Os servidores públicos (tanto os efetivos como comissionados), não se consideram trabalhadores comuns. E bater ponto é para quem trabalha na iniciativa privada, na visão da imensa maioria dos quadros de empregados tanto nas Prefeituras quanto nos Estados e também na União, no Congresso Nacional e na maioria dos poderes, onde o que sempre valeu (e ainda vale) é a liberdade do livro ponto. Confúcio reuniu sua equipe e principalmente as equipes de RH para dizer que a decisão está tomada e que esse é um momento ímpar na história de Rondônia. A intenção é das melhores. Na prática, funcionará? Tomara que sim. Mas que é um desafio hercúleo, é sim. Não será fácil mudar uma forma que predomina há décadas e mais décadas. Confúcio conseguirá, mesmo sabendo o preço político que terá que enfrentar? Esperemos para ver...
O NOVO DONO DO COFRE
Se não foi ontem, será hoje ou amanhã. Começam as mudanças na equipe do prefeito Hildon Chaves. A maior surpresa pode ser o nome do novo responsável pela Secretaria de Finanças, a Semfaz. O conhecido advogado Amadeu Matzenbacher Machado, ex Conselheiro do Tribunal de Contas e com uma vida inteira de serviços prestados à Rondônia, foi convidado para o posto. Até a noite dessa terça, ainda não havia decidido se aceitaria ou não a nova (e duríssima!) missão. A saída de Breno Mendes, o mais poderoso assessor do Prefeito, já está confirmada. Breno já estava sendo fritado há semanas. Hildon decidiu tirá-lo da Chefia de Gabinete e colocá-lo na Semfaz, trazendo o atual secretário, Luiz Fernando Martins, para seu gabinete. Pouco depois, nova mudança. Breno iria para outra área, a do Meio Ambiente, mas na condição de sub, ou seja, subordinado a um secretário. Não topou e estaria caindo fora da administração, onde, por cinco meses, foi “o” cara. Novas mudanças serão realizadas, a partir de agora. Mas, a grande surpresa, certamente, é a possível volta de Amadeu Machado, do alto da sua experiência e competência, que até a noite desta terça, continuava estava pensando no convite. O novo dono do cofre municipal poderá ser anunciado ainda nesta quarta.
ATÉ O EDWILSON!
Entrando no sexto mês da administração, além de várias mudanças na equipe e pelo menos duas centenas de demissões de comissionados, Hildon Chaves começa a enfrentar outro sério problema: alguns vereadores, antes aliados, começam a chiar, ao ver seus interesses contrariados. Um deles, o vereador Edwilson Negreiros, sempre aliado de primeira hora do Prefeito (foi assim com Mauro Nazif e estava assim com Hildon), discursou na Câmara, essa semana, criticando secretários. Segundo ele, alguns assessores diretos do Prefeito, estariam dando um tratamento aos edis porto velhenses muito aquém do que deveriam. Já se ouve, aqui e ali, alguns protestos contra a equipe que recém assumiu o Governo. Pode até ter algum fundo de verdade, mas sabe-se que, em muitos casos, os edis protestam não em nome da coletividade, mas sim quando seus interesses pessoais são prejudicados. Não se quer dizer que seja esse o caso, mas é preciso separar o joio do trigo. A verdade, no final, é que, não importa qual seja o contexto, um confronto com a Câmara é tudo o que Hildon Chaves não precisa, nesse momento.
LEITOR ESPECIAL
O respeitado professor Aluizio Vidal (daqueles nomes que merecem reverência até ao serem apenas citados), comenta tópico publicado nessa coluna, sobre a ONG Rio da Paz, criticada duramente por se mobilizar contra a corrupção apenas agora e não o ter feito durante as mazelas dos governos petistas. Aluízio lembra que a ONG carioca é ligada mais ao tucanato do que a outros setores e, pelo que sabe o mestre, a entidade não recebe dinheiro público. Em primeiro lugar, o agradecimento da coluna por ter um leitor desse calibre. É um orgulho. Com relação à ONG, basicamente se criticou a omissão. O escrito: “Nada contra as ONGs, mas...muitas delas vivem do dinheiro público, apesar de se dizerem Não Governamentais”... Não houve referência direta à “Rio da Paz”, nesse quesito, mas a centenas e centenas de outras que só vivem do dinheiro público. Como, aliás, a maioria das mais de 100 mil ONGs (segundo o Google), que atuam na Amazônia, contra meia dúzia em regiões pobres, como o Nordeste.
NOMES PARA 2018
Nomes conhecidos na Capital começam a ser citados como pré candidatos à Assembleia Legislativa. Nos últimos dias, se confirmaram as pré candidaturas de Chagas Neto; do médico Macário Barros, que já foi vereador na Capital e só não se reelegeu por causa da legenda e, por último, o historiador Anísio Gorayeb, o Anisinho, figura das mais queridas da cidade. Quem está voltando também é José Guedes, que já confirmou que vai colocar seu nome para disputar o Governo do Estado. Pelo interior rondoniense, há também muitas figuras conhecidas que poderão estar na briga por cadeiras da ALE, em 2018, concorrendo com os atuais parlamentares. Deve ser, novamente, uma disputa das mais acirradas. Para o Senado, nomes quentes também andam sendo constantemente comentados, como os do competente prefeito Jesualdo Pires, de Ji-Paraná e do deputado federal pelo DEM, Marcos Rogério. Ao Governo, por enquanto, há apenas dois nomes oficialmente cotados: Maurão de Carvalho, o presidente da Assembleia e o senador Acir Gurgacz. Mas vem muito mais gente por aí....
TRÂNSITO MATOU 33.347
Os números são impressionantes; as vítimas, mais do que a maioria das guerras espalhadas pelo Planeta; os prejuízos financeiros absurdos. A violência do trânsito no Brasil matou 33.347 pessoas no ano passado. Embora o número de vítimas fatais tenha caído bastante (em 2015, foram 42.501 mortos), com 32,3 por cento a menos, o volume de dinheiro gasto com as vítimas e os danos materiais superaram os 146 bilhões e 800 milhões de reais, algo em torno de 2,3 por cento do Produto Interno Bruto, o PIB nacional. Em 2015, além das mortes, outros 57.798 brasileiros ficaram gravemente feridos, alguns com sequelas para toda a vida, todos considerados com invalidez permanente. São milhares de casos de pacientes paraplégicos e tetraplégicos. Em 2016, diminuiu um pouco: foram 28.032 casos de invalidez permanente, queda de quase 50 por cento, mas ainda com resultados extremamente assustadores. O trânsito é uma guerra real. Todos os anos...
PERGUNTINHA
Você corre o risco de esquecer que tem 2 milhões de reais em contas no exterior, como o ex ministro da Fazenda, Guido Mantega?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.