Pressão para atingir metas cada vez maiores. Medo constante de assaltos, violência e até ameaças contra familiares. Salários ridículos, que colocam os profissionais numa situação sempre ruim e sem perspectiva. Esse é o quadro, em resumo, dos cerca de meio milhão de bancários do Brasil e cerca de 2.500 em Rondônia. Qual o resultado disso tudo? Ao menos 20 por cento de todos os trabalhadores em agências bancárias do país, estão com problemas de desequilíbrio emocional, a maioria vivendo à base de medicamentos para controlar a angústia e doenças mentais, com todos os outros problemas advindos da vivência de um stress que só aumenta. No país inteiro, há mais de 100 mil profissionais afetados por doenças deste tipo. Em Rondônia, são perto de 500. Os banqueiros, bilionários, estão se lixando para os seus funcionários e os clientes. Só vivem em função de lucros exorbitantes e de juros de agiotagem e estão pouco se lixando. A ponto de, na última negociação salarial, aceitarem conceder apenas o percentual da inflação do ano aos servidores, sem qualquer aumento.
A pressão começa pela exigência de aumento contínuo de produção. Nunca há um percentual definitivo e quem não cumpre s exigências, está meio caminho o desemprego. Gerentes e funcionários e confiança ainda ficam com as chaves dos cofres, expondo suas famílias à violência dos bandidos. Muitas famílias são mantidas como reféns, enquanto os criminosos obrigam os gerentes a lhes dar acesso ao cofre. No ano retrasado, 67 pessoas foram mortas dentro e na saída das agências. Neste ano, foram 27 mortes. Toda essa pressão, sem fim mudou o problema de saúde dos bancários. Antes era a LER (Lesão Por Esforço Repetitivo). Hoje são as doenças emocionais. Antes, ser bancário era um sonho. Hoje, é um pesadelo diário. Lamentável!
LAERTE VAI - O deputado Laerte Gomes tem sido incentivado por amigos e eleitores a disputar a Prefeitura de Ji-Paraná. Ele ainda não bateu o martelo, mas tendência é de que tope, até porque não teria nada perder. Duas vezes prefeito de Alvorada do Oeste, Laerte mudou seu domicílio eleitoral para a segunda maior cidade do Estado e tem trabalhado, na Assembleia, em projetos que a beneficiem. O maior problema de Laerte, um político em ascensão, será enfrentar Jesualdo Pires, considerado um dos melhores prefeitos do Estado e que deve ir à reeleição. Laerte contudo, estaria decidido a entrar na corrida municipal em Ji-Paraná. Esperemos para ver...
CONFIRMOU - Outro deputado, Adelino Follador, também segue os mesmos passos. Eleito e reeleito prefeito de Cacaulândia, ele foi para Assembleia e está no seu segundo mandato. Ocupa sua cadeira como o parlamentar eleito com a maior votação entre os 24. Agora, Follador deve confirmar sua candidatura à Prefeitura de Ariquemes. Ele já concorreu na eleição passada, mas acabou perdendo para o atual prefeito, Lorival Amorim, apoiado pelo governador Confúcio Moura. Agora, ao menos em todas as pesquisas recentes feitas na cidade (não oficiais), Follador aparece como favorito.
ANTIPT? SÓ AGORA... - Grande repercussão ainda tem comentário publicado nesse espaço sobre a transformação da Veja de melhor e mais importante publicação da mídia brasileira em uma revista de oposição ao governo. O líder sindical Itamar Ferreira foi um dos que comentou, destacando o equilíbrio da coluna. Errou apenas ao afirmar que o colunista é antiPT. Não é. Como a maioria dos brasileiros, também acreditou no partido, na época dos sonhos e quando Lula e seus companheiros surgiam numa oposição forte, criativa e se diziam salvadores do Brasil. Com relação ao PT de hoje, não dá mesmo para ser a favor!
TRAGÉDIA FAMILIAR - A tragédia familiar do ex secretário de saúde de Rondônia, Alexandre Muller, trouxe à tona novamente a questão das dificuldades de relacionamentos de pais e filhos e suspeitas de envolvimento dos jovens com drogas e bebidas. Por motivos fúteis, o filho de Alexandre o matou a facadas, destruindo a família, tirando a vida do pai e tornando o filho, mesmo menor, aquele que cumprirá sua pena enquanto viver. Não importante quanto anos se passem, ele nunca deixará de ser o matador do pai. Conflitos como esses se repetem diariamente em todos os quadrantes do país, mas quando os personagens são conhecidos, a história se torna pública e é mote de lamentos e tristezas.
VAQUINHA VIA NET - Dinheiro pra sacanagem tem. Dinheiro público pra ser roubado tem aos borbotões. Grana para fazer fortunas de políticos e autoridades é o que não falta. Mas quando se trata de investimentos para educação, para a pesquisa e a ciência, é claro que não há verbas. Pesquisadores estão tirando dinheiro do próprio bolso para manter suas pesquisas. E quando não têm mais como usar essa fonte, partem para outro sistema: o de fazer “vaquinha” pela internet. Por exemplo, professora Suzana Herculano Houzel quer levantar 100 mil reis para prosseguir suas pesquisas sobre distribuição de células nervosas no cérebro e vascularização. Um vergonha!
PERGUNTINHA - Até quando o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, vai usar das prerrogativas do cargo e ter apoio dos seus pares para não ser processado como corrupto?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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