segunda-feira, 30 de novembro de 2015

DEUS NOS FALA

Evangelho de Lucas 21, 25-28.34-36

“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra a aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações pelo bramido do mar e das ondas. Os homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem sobrevir a toda a terra. As próprias forças dos céus serão abaladas. Então verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande glória e majestade. Quando começarem a acontecer estas coisas, reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se aproxima a vossa libertação. Velai sobre vós mesmos, para que os vossos corações não se tornem pesados com o excesso do comer, com a embriaguez e com as preocupações da vida; para que aquele dia não vos apanhe de improviso. Como um laço cairá sobre aqueles que habitam a face de toda a terra. Vigiai, pois, em todo o tempo e orai, a fim de que vos torneis dignos de escapar a todos estes males que hão de acontecer, e de vos apresentar de pé diante do Filho do Homem.” O evangelista Lucas nos encoraja, dizendo que o Senhor está para chegar. Essa é uma palavra de grande esperança. O retorno do Filho do Homem, de fato, é super consolidado e confirmado em todo o Novo Testamento. E como acontecerá isso? Todo mundo, desejoso de saber, encontra nesses versículos uma excelente descrição. Veja bem, essas imagens cósmicas, descritas aqui, o que nos sugerem de fato? Medo, terror, preocupação? Nada disso! Essas imagens têm na verdade um sentido positivo, porque nos ajudam a discernir o começo da nova criação, tão proclamada por toda a Sagrada Escritura, que vai substituir à antiga.

E essa nova criação tem a tarefa de manifestar a chegada do Filho do Homem, que introduz o início dos novos tempos, que é o Reino de Deus. Um Reino próximo das pessoas, bem humano; e as comunidades cristãs têm a missão de fazer da história da humanidade uma solidariedade com essa nova criação de Deus. Por isso, não podemos ficar parados, mas devemos nos ‘levantar e erguer a cabeça’ para sermos parte viva dessa nova realidade de Nosso Senhor Jesus. Essa certeza vai ajudar a derrubar todas as outras seguranças que o ser humano constrói na sua história.

Experimente a refletir somente alguns segundos para ver como a gente vai criando no nosso dia a dia as próprias certezas. É verdade que a gente precisa ter algo para não se deixar levar pelas inseguranças que podem gerar instabilidade, medo etc., mas precisa ver também quais são essas certezas, de que tipo. Nesse sentido,
devemos sempre nos confrontar com a proposta do nosso mestre Jesus para termos consciência das nossas opções cristãs. É nisso que seremos julgados. A vinda dele é garantida e não temos dúvidas; e por isso é nele que se concentram as nossas vidas. Além do mais, Lucas acrescenta que essa vinda, essa libertação é próxima.

Isto é, que a nossa vida é já envolvida na chegada das ‘últimas realidades’. Não somos mais assim estranhos à vida de Deus. Por isso, Jesus nos convida a prestar bem atenção a esses momentos de Deus que nos propiciam as riquezas da nossa vida. E como fazer isso? Através da constante vigilância e a oração. O que quer dizer isso? Sabemos com certeza máxima que Deus vem, agora quando Ele vem a gente não sabe, aliás Ele vai chegar quando menos esperar. Nesse sentido, precisamos ser sempre prontos para acolhê-lo. Como? Não se distraindo com as preocupações da vida, dissipações, bebedeiras; rezar todos os dias para confiar cada vez mais em Deus.

Portanto, vigilância e serenidade pela oração geram a paz que permitem o verdadeiro encontro com o nosso Deus. Assim sendo, as nossas seguranças se fundamentam nas Palavras de Jesus, porque o mundo de verdade passará, mas as suas Palavras não passarão. E Ele nos confirma que ninguém sabe quanto ao tempo do fim do mundo. Nós temos uma só coisa a fazer: seguir Jesus com toda a nossa vida. Esta é a única certeza por parte nossa. Concluindo: qual é a sua maior preocupação? O ensino de Jesus é determinante na sua vida?

Fonte: Claudio Pighin - Sacerdote, doutor em teologia, mestre em missiologia e comunicador.

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