A operação "Madeira Limpa", deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, no final de agosto de 2015, desmantelou uma rede de corrupção e comércio ilegal de madeira atuando em diversos municípios do Para e outros estados. Entre os envolvidos está uma madeireira, chamada Iller, que exportou para diversas empresa da Europa.
A investigação do Greenpeace mapeou a cadeia de custódia da Iller, observando para quem ele vendeu diretamente nos últimos 18 meses. O relatório expõe, mais uma vez importadores que têm falhado com a sua obrigação de mitigar os riscos de adquirir madeira ilegal. Ao todo são 26 empresas europeias que, por meio de comercializações com a Iller, estão importando madeira ilegal da Amazônia e assim contribuindo para a destruição da floresta.
A Operação Madeira limpa revelou que a Madeireira Iller Ltda usava documentos fraudados para lavar madeira ilegal. Todo esquema ainda contava com a ajuda de oficiais corruptos e intermediários. Dessa forma, a madeira conseguia deixar o Brasil como se fosse legal para ser vendido na Europa.
A Iller utilizou algumas das diversas formas de fraudar o sistema madeireiro que o Greenpeace vem expondo desde maio de 2014, na Campanha Chega de Madeira Ilegal. Essas fraudes no sistema de controle madeireiro na Amazônia brasileira tornam a documentação oficial irrelevante como garantia da legalidade da madeira.
O relatório descreve como importadores da União Europeia em vários países compraram madeira da Iller, apesar de, antes mesmo de a Operação ocorrer, já haver informações suficientes publicamente para concluir que a papelada oficial que acompanha a madeira da empresa não poderia ser confiável.
Fonte: Jornal Alto Madeira
Nenhum comentário:
Postar um comentário