terça-feira, 25 de agosto de 2015

SAÚDE - CLIMA QUENTE: SAIBA COMO REDUZIR OS DESCONFORTOS

Nariz entupido e escorrendo, espirros, tosse, olhos vermelhos e congestionados, garganta seca e irritada, dor de cabeça, dificuldade para respirar e sensação de cansaço. Quem costuma sofrer com alergias conhece bem esses sintomas. E não é pouca gente. "Estima-se que no Brasil haja cerca de 40 milhões de pessoas com esse tipo de problema, quase 20% da população", conta Jarmal Azzam, otorrinolaringologista de São Paulo. Nos grandes centros, o número chega a 40%.

Entre o outono e o inverno, o suplício fica maior. Primeiro porque o frio irrita o sistema respiratório. Há ainda a baixa umidade do ar (que pode chegar a 10% nesses meses, quando o ideal é dentre 60 e 80%), que dificulta a dispersão de poluentes, poeira e pelos de animais domésticos e colabora para ressecar a pele e as mucosas. "No caso da população, além de irritar a mucosa respiratória (provocando problemas como rinite), pode atingir a gastrointestinal (e desencadear alergias alimentares) e a do trato genital e urinário (o que pode causar cistites de repetição)", conta Luiz Vicente Rizzo, imunologista e diretor de pesquisa do Hospital Israelita Alberto Einstein, em São Paulo.

A secura do ar também aumenta os riscos de contrair viroses e infecções  bacterianas, pois, sem umidade, os micro-organismos aderem com mais facilidade em regiões ressecadas e o organismo não consegue limpar as vias áreas como deveria. Por último, as aglomerações em ambientes fechados para amenizar o frio pioram a situação, pois favorecem a troca mais intensa de micróbios.

Existem indícios que as próximas temporadas de alergias podem ser ainda piores. Os números confirmam essa informação. Um estudo americano revelou que 60% dos entrevistados afirmaram ter tido uma piora nos sintomas recentemente. E tudo indica que as principais culpadas são as alterações climáticas. Mas não precisa comprar remédios ainda. Aposte neste plano de três passos contra as alergias e respire aliviado:
  1. AJUDE SEU CORPO A AJUDAR VOCÊ - O sistema imunológico enfraquecido é um prato cheio para os invasores. Faça-o trabalhar a todo vapor. O uso exagerado de antibióticos e nossa moderna mania de limpeza contribuem para deixar as defesas do organismo preguiçosas porque as privam de combater germes. Para reverter a situação, é preciso agir em um lugar surpreendente: a sua barriga. Pesquisas revelam que um micro bioma intestinal (o ecossistema de bactérias boas e ruins) saudável é a chave um sistema imune potente. Alguns fatores capazes de desequilibrá-lo estão fora do seu controle (predisposição genética e remédios), mas outros, como hábitos do dia a dia e alimentação, também contam. Açúcar, álcool e stress podem diminuir as bactérias benéficas no intestino. Aposte nos iogurtes e leites fermentados com probióticos, bactérias do bem produzem substâncias com ação antiviral, que aumentam a imunidade e melhoram a absorção de nutrientes.
  2. INVISTA NA PREVENÇÃO - Alguns cuidados simples ajudam a amenizar o desconforto. Beber bastante água é o primeiro passo para combater a secura do corpo e do ambiente. Hidratar as narinas com soro fisiológico e pingar colírio são outras medidas úteis, mas o certo é consultar um oftalmologista para indicar a melhor opção para você. Utilizar um umidificador de ar ou espalhar toalhas molhadas e bacias com água pela casa também ajuda. E evitar a prática de exercícios ao ar livre entre às 10 e 16 horas evita crises.
  3. SE NÃO TIVER JEITO, A PELE PARA OS MEDICAMENTOS -  Antes de correr para a farmácia, o melhor é consultar um médico, que deve prescrever um dos seguintes : Spray de esteroide nasal. Reduz a inflamação causadora da congestão. Evite comprar os descongestionantes não esteroide, vendidos sem prescrição, mas que podem piorar o quadro alérgico. Anti-histamínicos: Vendidos na forma de comprimidos, aliviam o nariz inchado e escorrendo e os olhos coçando. Montelucaste de sódio: Costumam entrar em cena se a pessoa estiver espirrando muito ou com o nariz pingando, já que conseguem diminuir o circuito da inflamação mais rápido do que o spray nasal.
Fonte: Diário da Amazônia/Revista


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