É óbvio que as condições das rodovias federais e estaduais são ruins. Tanto quanto a maioria das ruas das cidades. É claro que falta uma infraestrutura melhor, mais asfalto, mais sinalização, mais fiscalização. Mas tem que se falar a mais pura verdade: na grande maioria dos acidentes que matam mais de 45 mil brasileiros todos os anos, o grande culpado é o motorista. Excetuando-se falhas mecânicas e algum problema mais grave nas rodovias, é o condutor quem pratica atos absurdos, alguns que podem ser considerados tentativas de homicídio ou suicídio, dependendo do caso. O trânsito brasileiro há décadas é uma praga, uma doença mortal, nunca tratada adequadamente. Com o advento das motos, que em algumas cidades já chegam perto de superar o número de carros, a situação ficou muito pior. Motoqueiros sem preparo, sem frequentar auto escolas, sem habilitação muitas vezes, que jamais pilotaram, começam no zero andando pelas ruas, como se isso fosse uma coisa simples. Algumas, em poucos dias, já se acham pilotos completos e sábios, aproveitando para fazer nas ruas, as peripécias mais incríveis, que, em número cada vez maior de casos ou os mata ou os deixa com ferimentos e sequelas para sempre.
O enorme custo para a saúde pública de tantos feridos e os que viverão com lesões eternas (além das milhares de mortes), transformam o Brasil num país entre os campeões mundiais de acidentes e o que mais têm gastos, para cuidar de acidentados. Solução? Tudo o que está sendo feito e muito mais. Principalmente o ensino do trânsito, obrigatório desde o primeiro dia de escola. O resultado da formação da criança para enfrentar com sabedoria, no futuro o inferno das ruas, demora uma ou duas gerações. Mas, afora isso, os resultados das estatísticas terríveis serão cada vez piores.
UMA SEMANA DAQUELAS! - Semana complicada, cheio de complexidades. A defesa do governador Confúcio Moura deve, nestes dias turbulentos, encaminhar o pedido de suspensão da pena de cassação imposta a ele pelo TRE rondoniense. Ao mesmo tempo, entra no TSE com recursos para manter Confúcio no poder. Até que saiam as decisões definitivas no TSE (principalmente a que confirma ou não a cassação do Governador e de seu vice), as coisas ficarão bastante nebulosas no Estado. Enquanto isso, o grupo de Expedito Júnior também trabalha duro, para colocá-lo como Governador.
PEDINDO SOCORRO - Os prefeitos de Rondônia estão em polvorosa. Marinho da Caerd, de Machadinho do Oeste, presidente da Arom, está convocando uma reunião da entidade para esta quarta-feira, dia 11, num hotel da Capital. Na pauta, um encontro com o governador Confúcio Moura e secretários, pela manhã e reuniões internas à tarde. Sem dinheiro, cofres vazios, endividados, sem ter como investir, os prefeitos vão pedir socorro, de novo. E vao denunciar que o governo federal deixou de repassar mais de 650 milhões de reais para as cidades rondonienses, colocados no famigerado "restos a pagar". A reunião vai pegar foco.
NA LISTA - Infelizmente, dois rondonienses fazem parte da lista de autoridades e políticos envolvidos na Operação Lava Jato e denunciados pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot ao Supremo. O senador Valdir Raupp e o ex deputado federal Carlos Magno terão que responder pelas suspeitas colocadas na denúncia. Ambos, certamente, vão vir a público para explicar a situação. É importante dizer que, ao menos até agora, todos os nomes (mais de 40), citados na denúncia, não foram citados e não tiveram chance de defesa. Em b reve, certamente, a terão.
NO COLO DA OPOSIÇÃO - Neste domingo, tem pronunciamento de Dilma Rousseff, em rede nacional de rádio e TV. O mote principal é o Dia Internacional da Mulher, mas petistas bem informados juram que a Presidente da República vai aproveitar a ocasião para contra atacar a oposição, em relação às duras críticas que seu governo tem sofrido, principalmente em relação ao escândalo da Petrobras. A ideia seria começar a colocar no colo da oposição a responsabilidade por uma espécie de campanha para destruir a Petrobras e entregá-la ao capital internacional. Se for verdade, será que cola?
GREVE E FERIADÃO - Dois dias de paralisação dos servidores públicos: mais um ingrediente no momento complicado pelo que passa o Estado. Mesmo depois de uma longa reunião, quando o Governo abriu suas contas e mostrou que não tem condições de reajustar salários sem ultrapassar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, as lideranças sindicais já avisaram que não toparam as explicações. Querem grana. Dias 18, 9 e 20 (por coincidência quarta, quinta e sexta, que formarão um feriadão emendado com o sábado e domingo), haverá uma parada geral do funcionalismo. Se mesmo assim não houver avanço na questão salarial, pode haver greve geral.
PERGUNTINHA - Será que a anunciada reação das forças de segurança em Rondônia vai ser suficiente para diminuir uma das maiores ondas de violência que o Estado já sofreu em toda a sua história?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires
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