O ministro dos Transportes,
Portos e Aviação Civil (MTPA), Valter Casimiro Silveira, disse essa semana ao
jornal A Crítica que o maior obstáculo para a liberação da obra de pavimentação
da BR-319, que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM) são as licenças ambientais.
Em uma perspectiva otimista, o ministro acredita que o estudo de impacto
ambiental indígena seja entregue apenas no início de 2019.
A BR-319 é o único caminho de
acesso terrestre do Brasil aos portos de Manaus. Hoje toda a produção de
alimentos do Brasil entra por Porto Velho pela BR-364 e segue à capital do
Amazonas por meio da hidrovia do rio Madeira.
Ao longo dos últimos anos, foram
inúmeras audiências públicas para tratar da situação da BR-316. Foram
realizadas mobilizações entre as bancadas de Rondônia, do Acre, Roraima, Pará e
Amazonas. A rodovia é tão importante pra
o Norte como é a BR-163, no Mato Grosso, para o Centro-Oeste.
A 163 tem sua relevância
econômica por ser uma rodovia por onde passa a produção de soja de Mato Grosso
com destino aos portos do Pará. No início do ano, a forte chuva resultou em um
verdadeiro caos e levou o presidente Michel Temer a anunciar uma força-tarefa e
a recuperação de trechos críticos da rodovia localizada em plena floresta.
A obra de manutenção da 319
coleciona um histórico de paralisações e não se sabe o verdadeiro motivo.
Enquanto na 163 o governo investe pesado para garantir o tráfego de carretas ao
ano todo, principalmente em período de chuvas, na 319 parece existir um caminho
inverso. Todos os anos existem interrupções dos serviços por inúmeros motivos.
A Fiero é uma das principais
apoiadoras da mobilização em defesa da manutenção da BR. Segunda a entidade,
o mercado rondoniense tem sede de
comercializar seus produtos no Estado amazonense, mas a falta de logística tem
comprometido desse desejo. Com a estrada em boas condições de tráfego, será
possível transportar alimentos produzidos me solo rondoniense com qualidade,
principalmente carne, frango e peixe. Todos ganham com a rodovia agrícola
produzida Porto Velho chega ao Amazonas por meio de transporte fluvial. A
viagem é longa e chega a ter uma duração de até quadro dias de barco – isso
quando o rio está cheio. Pelo transporte via terrestre, os produtos vão chegar
ao Amazonas em até 28 horas.
Fonte: EDITORIAL - Jornal Diário da Amazonas.
Postado na cidade de Humaitá-AM.
Postado na cidade de Humaitá-AM.
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