domingo, 9 de setembro de 2018

Os obstáculos da BR-319


O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPA), Valter Casimiro Silveira, disse essa semana ao jornal A Crítica que o maior obstáculo para a liberação da obra de pavimentação da BR-319, que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM) são as licenças ambientais. Em uma perspectiva otimista, o ministro acredita que o estudo de impacto ambiental indígena seja entregue apenas no início de 2019.

A BR-319 é o único caminho de acesso terrestre do Brasil aos portos de Manaus. Hoje toda a produção de alimentos do Brasil entra por Porto Velho pela BR-364 e segue à capital do Amazonas por meio da hidrovia do rio Madeira.

Ao longo dos últimos anos, foram inúmeras audiências públicas para tratar da situação da BR-316. Foram realizadas mobilizações entre as bancadas de Rondônia, do Acre, Roraima, Pará e Amazonas.  A rodovia é tão importante pra o Norte como é a BR-163, no Mato Grosso, para o Centro-Oeste.

A 163 tem sua relevância econômica por ser uma rodovia por onde passa a produção de soja de Mato Grosso com destino aos portos do Pará. No início do ano, a forte chuva resultou em um verdadeiro caos e levou o presidente Michel Temer a anunciar uma força-tarefa e a recuperação de trechos críticos da rodovia localizada em plena floresta.

A obra de manutenção da 319 coleciona um histórico de paralisações e não se sabe o verdadeiro motivo. Enquanto na 163 o governo investe pesado para garantir o tráfego de carretas ao ano todo, principalmente em período de chuvas, na 319 parece existir um caminho inverso. Todos os anos existem interrupções dos serviços por inúmeros motivos.

A Fiero é uma das principais apoiadoras da mobilização em defesa da manutenção da BR. Segunda a entidade, o  mercado rondoniense tem sede de comercializar seus produtos no Estado amazonense, mas a falta de logística tem comprometido desse desejo. Com a estrada em boas condições de tráfego, será possível transportar alimentos produzidos me solo rondoniense com qualidade, principalmente carne, frango e peixe. Todos ganham com a rodovia agrícola produzida Porto Velho chega ao Amazonas por meio de transporte fluvial. A viagem é longa e chega a ter uma duração de até quadro dias de barco – isso quando o rio está cheio. Pelo transporte via terrestre, os produtos vão chegar ao Amazonas em até 28 horas.

Fonte: EDITORIAL -  Jornal Diário da Amazonas.
Postado na cidade de Humaitá-AM.



Nenhum comentário:

Postar um comentário