terça-feira, 11 de setembro de 2018

Opinião de Primeira - ESPÍRITO PÚBLICO E PARCERIA: EMPRESÁRIO E GOVERNO ENSINAM COMO CONSTRUIR UMA PONTE EM APENAS 15 DIAS

Num país onde as coisas não saem do papel; onde há mais de sete mil obras públicas paradas; onde a burocracia infernal funciona contra os interesses da população; onde os órgãos de fiscalização interrompem obras sob qualquer suspeita, não importando o prejuízo que isso cause às pessoas, de vez em quanto aparece um filete de luz, nessa tenebrosa escuridão. Rondônia tem sido extremamente pródiga em criar inovações que beneficiam a todos e que deveriam servir de exemplo, em todos os níveis de poder, em nível  nacional. Um exemplo disso foi a parceria público privada que funcionou na prática e não ficou no discurso, entre o Governo de Rondônia e o grupo empresarial liderado por César Cassol, hoje um dos mais importantes empreendedores do Estado, com suas minas de calcário, que abastecem o Estado, nossos vizinhos e que começa a chegar à Bolívia, graças ao esforço pessoal dele, que luta, tal qual um Dom Quixote, para abrir nossas fronteiras aos negócios, enquanto nossa legislação faz de tudo para atrapalhar. Tanto Cassol quanto o governador Daniel Pereira deram, na prática, uma lição de como as coisas podem ser bem feitas, rapidamente, com qualidade, quando a prioridade é o bem estar da população. O exemplo aconteceu com a construção de uma ponte sobre o rio Araras, numa rodovia estadual que liga vários municípios da região sul do Estado, entre Parecis, Primavera de Rondônia, Chupinguaia e Pimenta Bueno. Ali, na Linha 75, uma ponte velha, caindo aos pedaços, ameaçava ruir a qualquer momento. Há quatro anos os usuários e moradores da região clamavam por uma nova ponte, moderna, segura, até porque caminhões e implementos agrícolas já tinham caído dela, pela total falta de segurança.

Investindo cerca de 300 mil reais da sua empresa, César Cassol entrou com parte dos equipamentos e com a contratação da mão de obra. O Governo forneceu equipamentos e parte da estrutura. Num tempo recorde de 15 dias a nova e moderna ponte, usando concreto e estrutura de aço, foi construída, resolvendo um problema que se arrastava há anos e que preocupava todos os que usavam a velha e decadente ponte, na Linha 75. Não foi nada complicado. Ignorando a burocracia infernal; dando uma banana para os que adoram dar carteiraço e interromper obras de enorme utilidade para toda a população; usando de bom senso e espírito público, tanto César Cassol quanto Daniel Pereira mostraram, com a ação conjunta, que quando há boa vontade, seriedade e trabalho em prol de quem realmente precisa, as coisas boas podem acontecer sim. É só uma ponte de apenas 20 metros, no interior do Estado. Mas é uma luz no fim do túnel nesse país em que tudo parece ser feito para não funcionar. 

CAMPANHA MORNA E SEM SAL
A campanha eleitoral ainda não pegou fogo. Os três candidatos principais continuam apresentando suas propostas, andando por todo o Estado e conversando com os eleitores. Ao menos até esse domingo, os programas eleitorais não esquentaram, aparentando que o pau não vai quebrar tão cedo, como se poderia imaginar. Expedito Júnior continua à frente nas pesquisas, enquanto Acir Gurgacz e Maurão de Carvalho correm atrás, tentando convencer o eleitorado que ambos são as melhores opções para Rondônia. Dentro das principais coligações, o clima deu uma amenizada, depois da tensão que ocorreu nos primeiros dias da campanha. Os demais candidatos, todos de partidos nanicos, tentam, tentam e tentam, mas estão ainda longe dos lideres. O único que se mexeu um pouco nas pesquisas foi Marcos Rocha, o candidato de Bolsonaro em Rondônia. Saltou de 1 ponto percentual do Ibope para 5 pontos no Big Data da Record. O coronel Charlon, do PRTB, foi um destaque na entrevista com os candidatos na SICTV e sua performance pode ajudá-lo a subir um pouco, mas ele ainda está longe dos líderes. Vinicius Miguel vai crescer? Não se sabe ainda, mas até agora é esse o cenário. Enfim, a batalha continua. Ficará assim, morna e sem sal? Veremos nos próximos programas eleitorais.

OS DESCEREBRADOS E DE SUA RAINHA
Claro que o grande tema nacional continua sendo o ataque a faca contra o presidenciável Jair Bolsonaro. Ele correu sim risco de vida. Não tivesse sido atendido rapidamente e por uma equipe médica especializada, poderia ter morrido, já que teve atingidos órgãos internos importantes e enfrentou uma perigosa hemorragia. Como se esperava, em todo o país os brasileiros decentes repudiaram o ato de violência, como o fariam se fosse contra qualquer dos candidatos. Alguns descerebrados, os idiotas de sempre, contudo, continuam vomitando asneiras nas redes sociais, enojando as pessoas de bem que acabam lendo essas asneiras doentias. Mas, é claro, esses nojentos representam uma minoria insignificante, as maçãs apodrecidas moralmente, que sempre existem em qualquer sociedade. O que se espera daqui para a frente é que tenhamos um clima menos tenso; de respeito às ideias e às propostas, sejam quais forem e que os brasileiros, em sua maioria, decidam, pelo seu voto, quem querem na Presidência. Ainda a se lamentar, as declarações desconexas da ex presidente Dilma, que insinuou, com sua frase idiota de que “quem planta violência, colhe tempestade”, que Bolsonaro foi atacado merecidamente. Mas ela não conta. É a Rainha dos Descerebrados, pobre coitada!

JUSTIÇA TIRA POLÍTICOS DA ELEIÇÃO
A região de Pimenta Bueno e outros municípios da região, certamente perderão muito com a ausência do deputado Cleiton Roque, da relação dos concorrentes à uma cadeira na Assembleia Legislativa. A Justiça Eleitoral o condenou por abuso do poder econômico, o que o parlamentar sempre contestou com veemência e, depois da decisão do Judiciário, Cleiton anunciou que renunciava à disputa. Ele foi um atuante parlamentar durante todo o seu mandato. Condenados pela Justiça Eleitoral Cleiton e sua esposa, Juliana Roque, que também está prestes a perder o mandato de prefeita de Pimenta Bueno, são nomes de peso e de importância na política regional, que estão excluídos dela, ao menos momentaneamente. Outro prefeito que pode sair do cargo a qualquer momento, é o de Rolim de Moura. Luiz Ademir Schock, o Luizão do Trento.  Ele e seu vice foram cassados pelo TRE e estão apegados ainda apenas a recursos junto à terceira instância, com pouquíssimas chances de se manterem no posto. A tendência é de que assuma em breve o presidente da Câmara de Vereadores, Aldair Júlio Pereira. E seja convocada nova eleição para fevereiro do ano que vem.  A situação de muitos prefeitos no Estado e país afora está assim. Com a judicialização da política, muitos dos que foram eleitos pelo voto popular, estão caindo fora.

O HOMEM DO TREM BALA
Como se destacar quando não há horário de TV; não há acesso aos debates (só os seis primeiros colocados participarão) e nem praticamente dinheiro algum, para uma campanha pesada, como é a disputa ao Governo? Uma das formas é apresentar factoides, ter criatividade de inventar propostas diferentes e um discurso de duro opositor ao sistema atual. Foi o que fez o candidato do PMB (o partido das mulheres que tem só homens à frente), o Comendador Valclei Queiroz. Ele está anunciando que, se eleito, vai construir uma obra inacreditável não só para Rondônia, mas para o Brasil. Segundo o Comendador, durante seu mandato, caso chegue lá, vai implantar o Trem Bala, ligando Porto Velho a Vilhena. Não é pra rir. Ele fala sério. Diz que se recuperar o dinheiro da corrupção; se acabar “com essa quadrilha que está aí”!, embora não nomine que quadrilha é essa e quem faz parte dela; se cobrar dos verdadeiros devedores a dívida do Beron; se conseguir apoio internacional (chegou a citar entidades alemãs, que teriam interesse no projeto), o Trem Bala pode sim se tornar viável. Ele repetiu o assunto em entrevista aos Dinossauros, na SICTV, nesta sexta. O Comendador diz que vai ganhar a eleição, com o voto dos indecisos. Não é incrível?

EXPECTATIVA POR NOVAS PESQUISAS
Expectativa geral para nova pesquisa que o Ibope deve realizar nos próximos dias, já que não divulgou, ao menos até o final de semana, os dados levantados recentemente no Estado e o fez apenas para os números da sucessão presidencial, em nível de Brasil, através do Jornal Nacional. O roer unhas não é somente nos membros das equipes e dos principais candidatos ao Governo, já que em duas pesquisas diferentes, deu Expedito Júnior à frente. Seus dois principais concorrentes (Acir Gurgacz e Maurão de Carvalho), estão contando que seus programas eleitorais tenham podido alavancar seus nomes, entre o eleitorado. Tanto a primeira pesquisa do Ibope quanto a do Big Data (Record), ainda não avaliaram os primeiros resultados depois do início do horário eleitoral gratuito. Contudo, o que mais deve estar angustiando os candidatos – principalmente os de ponta – serão os próximos resultados na corrida pelo Senado. Três dos concorrentes (Confúcio Moura, bem à frente; Valdir Raupp e Fátima Cleide, ambos praticamente empatados), estão disputando voto a voto. Mas há que se registrar o crescimento de Carlos Magno, Marcos Rogério e Jesualdo Pires, que vêm logo depois. Os partidos continuam fazendo suas pesquisas internas e, no geral, elas têm sido ao menos aproximadas com o que apresentaram Ibope e Big Data. Há outras pesquisas, registradas no TRE, mas que, contudo, estão longe de ter alguma credibilidade. Vamos ver o que os próximos levantamentos confiáveis de intenção de votos vão dizer...

O 13 DO AZAR SERÁ NOSSO DIA DE SORTE?
O 13, apesar de parecer dia de azar, pode ser o da sorte para Rondônia. Pelo menos no que diz respeito à pornográfica dívida do Beron, que já pagamos mais de uma vez, mas que nos cobram ainda algo em torno de 2 bilhões e 650 milhões de reais (240 parcelas de 11 milhões de reais). Uma dívida inicial de pouco mais de 50 milhões saltou para 500 milhões, quando da administração do Banco Central. Desse valor absurdo, já nos tiraram perto de 2 bi, deixando um enorme rombo nos cofres públicos do Estado. Querem nos arrancar a pele e chupar o sangue. Uma vergonha, que só o Judiciário poderá corrigir. Tomara que o faça, cedo ou tarde! Mas a batalha do Governo rondoniense, agora, é para não pagar, numa tacada só, algo em torno de 240 milhões, que não foram depositados nos últimos dois anos. Neste dia 13, um encontro de conciliação na Justiça Federal vai reunir o governador Daniel Pereira, sua equipe econômica e representantes do Banco Central, para tentarem chegar a um denominador comum. O governo de Rondônia exige o  parcelamento dessa conta. O assunto está nas mãos do ministro Edson Fachin. Todos na torcida para que não tenhamos que perder, uma tacada só, todo esse dinheiro, retido do Fundo de Participação dos Estados, o FPE.

PERGUNTINHA
Depois do atentado contra Jair Bolsonaro, você acha que a violência da campanha política chegou ao seu pior momento ou teme que possam acontecer outros atos para prejudicar o processo democrático, na escolha do Presidente da República?

Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO



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