A Agência Espacial Americana (Nasa), em boletim divulgado
recentemente prevê para a região amazônica durante o mês de
julho/agosto/setembro a uma das mais intensas temporadas de seca de sua
história. Segundo o boletim a estiagem é reflexo do fenômeno El Niño que se
formou no ano passado. Mas que também possui variantes em dois fenômenos
naturais. Um dos possíveis influenciadores do clima seco no Estado são os
cursos de águas invisíveis que circulam através da atmosfera, as ocorrências
denominadas rios voadores são responsáveis por dispensar toda a umidade gerada
pela floresta amazônica através do continente Sula-americano.
De acordo com o técnico do Sipam, Luiz Alvez, da Divisão de
Meteorologia, a baixa umidade do ar e a escassez de chuva são normais para esta
época do ano, uma vez que o Estado de Rondônia passa a sofrer influência de uma
grande massa de ar quente e seco, que predomina sobre toda a porção central do
Brasil neste período”, explica.
O clima não é o único responsável pelo problema, a temporada
de queimadas costuma começar em julho e é justamente nesse período que se
registram os picos de desmatamento. A
principal causa das queimadas é o uso irregular do fogo na produção agropecuária
nas zonas rurais e as chamadas queimadas urbanas nos perímetros das cidades que
por vezes saem do controle.
FOGO
Registro de diversos focos de incêndios vem deixando o Corpo
de Bombeiros Militares do Estado (CBM/RO) em prontidão. Segundo o Tenente
Coronel Leal, Coordenador de operações o aumento no número de ocorrências é normal nessa
época, tanto na zona urbana quanto rural devido as condições climáticas. A
companhia conta com todo equipamento necessário. Caminhões de combate a
incêndio a disposição, mas ocorre que nesse período do ano é muito elevado o
numero de chamadas.
De acordo com os registros da própria Companhia, em 2015
houve dia em que foram notificados seis mil focos de incêndio e com um
contingente de 700 bombeiros militares para atender o Estado, fica inviável a
assistência pra todos os chamados.
O final da estação seca é onde a sensação térmica de calor é
mais intensa. “Nós ainda estamos na metade da estação seca. Portanto, a
tendência é da sensação térmica de calor se tornar ainda maior”, relata Luiz
Alvez. Evitar fazer queimadas piora muito a qualidade do ar, agravando ainda
mais o quadro clínico de quem já sofre de problemas respiratórios, instrui o meteorologista.
Fonte: Romeu Nóe / Jornal Diário da Amazônia
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