quinta-feira, 4 de agosto de 2016

CLIMA – Nasa divulga boletim que prevê temporada de seca intensa na região amazônica

A Agência Espacial Americana (Nasa), em boletim divulgado recentemente prevê para a região amazônica durante o mês de julho/agosto/setembro a uma das mais intensas temporadas de seca de sua história. Segundo o boletim a estiagem é reflexo do fenômeno El Niño que se formou no ano passado. Mas que também possui variantes em dois fenômenos naturais. Um dos possíveis influenciadores do clima seco no Estado são os cursos de águas invisíveis que circulam através da atmosfera, as ocorrências denominadas rios voadores são responsáveis por dispensar toda a umidade gerada pela floresta amazônica através do continente Sula-americano.

De acordo com o técnico do Sipam, Luiz Alvez, da Divisão de Meteorologia, a baixa umidade do ar e a escassez de chuva são normais para esta época do ano, uma vez que o Estado de Rondônia passa a sofrer influência de uma grande massa de ar quente e seco, que predomina sobre toda a porção central do Brasil neste período”, explica.

O clima não é o único responsável pelo problema, a temporada de queimadas costuma começar em julho e é justamente nesse período que se registram os picos de desmatamento.  A principal causa das queimadas é o uso irregular do fogo na produção agropecuária nas zonas rurais e as chamadas queimadas urbanas nos perímetros das cidades que por vezes saem do controle.


FOGO
Registro de diversos focos de incêndios vem deixando o Corpo de Bombeiros Militares do Estado (CBM/RO) em prontidão. Segundo o Tenente Coronel Leal, Coordenador de operações o aumento  no número de ocorrências é normal nessa época, tanto na zona urbana quanto rural devido as condições climáticas. A companhia conta com todo equipamento necessário. Caminhões de combate a incêndio a disposição, mas ocorre que nesse período do ano é muito elevado o numero de chamadas.

De acordo com os registros da própria Companhia, em 2015 houve dia em que foram notificados seis mil focos de incêndio e com um contingente de 700 bombeiros militares para atender o Estado, fica inviável a assistência pra todos os chamados.

O final da estação seca é onde a sensação térmica de calor é mais intensa. “Nós ainda estamos na metade da estação seca. Portanto, a tendência é da sensação térmica de calor se tornar ainda maior”, relata Luiz Alvez. Evitar fazer queimadas piora muito a qualidade do ar, agravando ainda mais o quadro clínico de quem já sofre de problemas respiratórios, instrui o meteorologista.


Fonte: Romeu Nóe / Jornal Diário da Amazônia


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